30 de nov. de 2010

Ilha Bela com jogos

Este final de semana foi o encontro anual dos ex-colegas de trabalho (e ainda muito amigos) de São Paulo que tradicionalmente ocorre em Ilha Bela, litoral norte de SP.
Para quem não conhece, Ilha Bela é muito bonita e vale a pena, principalmente para aqueles que gostam de uma caminhada ou pedalada. E mais ainda para quem leva um monte de jogos na mala e tem um bando de colegas dispostos a ficar até 04:00 jogando...
A principal novidade da noitada (para eles, pois eu tinha jogado em Essen) foi Small World.
Em Small World os jogadores escolhem raças que possuem, cada uma, habilidades especiais diferentes entre si, e, com os habitantes de cada uma destas raças, tentam conquistar a maios quantidade de territórios que, ao fim de cada rodada, trazem pontos de vitória. O problema é que para ocupar um território você tem que deixar um habitante ocupando o mesmo. Com este mecanismo você vai ficando cada vez com menos habitantes para expandir mais ainda seus domínios e, neste momento, é hora de fazer sua raça declinar e escolher uma nova para começar tudo mais uma vez.
O grande lance é saber quando escolher uma nova raça e qual combinação de poderes vale a pena em determinada altura do jogo.
Com um mecanismo simples e interessante, é um jogo que agrada grande parte dos jogadores (desde que não viciados em brain burners), principalmente os círculos de jogos ocasionais.
Curioso é que este jogo é uma reinvenção de Vinci, que eu joguei anos atrás e, se não fosse meu amigo Fábio Tola, nem iria ter me ligado. Uma das grandes diferenças é que a pontuação do Small World é escondida e revelada apenas ao final do jogo, quando no Vinci, era aberta, se bem me lembro.
Bom e, ao mesmo tempo ruim, é o fato de que fazer uma expansão para este jogo é extremamente simples (basta criar novas raças e poderes), logo, já existem umas 5 diferentes, tornando o jogo um Magic da vida... hehehehehehe...

18 de nov. de 2010

O Andar do Bêbado

Acabei de ler O Andar do Bêbado, de Leonard Mlodinow, um dos cientistas-autores que tem se tornado um de meus favoritos.
Nesta obra, Mlodinow pega inspiração nas idéias de Daniel Kahneman e Amos Tvesky, ganhadores do prêmio Nobel da economia por descobrirem alguns defeitos sistêmicos no modo de pensar dos seres humanos, os quais eles chamaram de viéses.
O mais conhecido dos viéses de Kahneman é o viés do sobrevivente, que demonstra como o simples acaso (ou sorte, se você preferir) é o principal responsável pelo sucesso ou fracasso, de modo que para cada sobrevivente (ou pessoa de sucesso) existem muitas outras pessoas com as mesmas ou até melhores qualidades mas que simplesmente não deram a sorte de estarem no lugar certo, na hora certa.
Com base nisto, Mlodinow faz uma análise científica de como as pessoas entendem estatística e probabilidade das mais erradas formas possíveis, ignorando o fato de que o mundo é caótico e imprevisível, por mais que tenhamos uma ilusão de controle, ou seja, o nossas vidas são muito mais governadas por uma espécie de andar de bêbado do que nós gostaríamos de acreditar.
Uma leitura bastante interessante para abrir a mente das pessoas e que deveria ser obrigatória para muitos executivos.

17 de nov. de 2010

E aí vão algumas notícias cinematográficas

Depois de algum tempo sem escrever nada que não fosse sobre jogos ou livros, consegui finalmente alguma inspiração nas novidades que estão por vir nas telonas.
A primeira notícia já é maio velha (eu estava sabendo desde início de outubro), mas não sei porque não comentei antes por aqui: Star Wars será convertido para 3D.
Isto mesmo... George Lucas ficou tão impressionado com a tecnologia utilizada pelo mega sucesso de Avatar que resolveu ele mesmo tirar algum proveito desta nova onda convertendo todos os 6 longas para 3D. Infelizmente ele preservará a ordem cronológica dos filmes, ou seja Episódio I em 2012, seguido do II e até o VI. Uma pena, mas uma decisão acertada, já que, como a nova trilogia foi praticamente rodada em tela verde, fica muito mais fácil de converter os cenários digitais em 3D.
A segunda boa notícia eu já havia escrito por aqui a um bom tempo atrás, embora naquela época tenha sido apenas um rumor. Peter Jackson (aquele do Senhor dos Anéis) confirmou a direção da adaptação para cinema de O Hobbit, história que se passa antes da trilogia do Anel e que será gravada em duas partes.

Dois excelentes motivos para esperar o que está por vir...

Ah, mais um detalhe: uma sequencia para Star Trek também já está anunciada....

12 de nov. de 2010

Thunderstone e Fresko

No último domingo eu estreei mais uma das minhas aquisições de Essen com minha esposa: Thunderstone.
Thunderstone é um jogo com mecanismo de "deck building", o que, trocando em miúdos, significa que cada jogador começa com um deck de cartas padrão iguais entre sí e, ao longo do jogo, vai "comprando" mais cartas para incrementar seu próprio deck, tornando-o único a cada novo jogo. Como o deck é constantemente reembaralhado, cada nova carta que você coloca no deck lhe proporcionará mais vantagens, mas também tornará o deck mais "inchado", o que fará com que as cartas que você procura sejam mais difíceis de chegarem à sua mão.
O jogo é composto de duas áreas: a vila e as catacumbas. Na vila vocês utiliza as cartas que você possui como dinheiro para adquirir novos itens ou heróis para seu deck, bem como as cartas de experiência acumuladas para melhorar os heróis que você já possui.
Nas catacumbas você utilizará os heróis e armas acumuladas para enfrentar os monstros em seu caminho para encontrar a Thunderstone.
Para tornar as coisas imprevisíveis, cada nova partida possui itens, heróis e monstros randomicos, o que tende a tornar, no meio de mais de 500 cartas, cada jogo único.
Nunca tinha jogado um jogo com este mecanismo antes e gostei bastante...

Já na quarta foi a vez de encontrar alguns velhos amigos na Ludus Luderia, em São Paulo: Skip e Fábio Tola... Conversamos bastante, demos muita risada e falamos, claro, de jogos...
Infelizmente o Tola não pode ficar até mais tarde, mas o Skip, eu e um outro colega que juntou-se ou grupo resolveu jogar Fresko.
Em Fresko cada jogador assume o papel de um pintor que está trabalhando na pintura do teto de uma igreja. Ao longo das fases do jogo, cada jogador possui 5 assistentes (que representam, cada um, uma ação) que deverão ser mandados ao mercado para compra de pigmentos, para a capela para pintura do teto, para o estúdio para pintura de retratos (e consequente ganho de dinheiro para os demais gastos) e para a oficina, para misturar os pigmentos adquiridos.
Para que se possa pintar um pedaço do afresdo da igreja, é necessária uma combinação única de pigmentos, os quais serão obtidos misturando os pigmentos adquiridos no mercado em cores cada vez mais complexas. Cada pintura vale uma quantidade de pontos que representa a complexidade dos pigmentos necessários para a respectiva parte pintada.
Os jogadores tem que, ao longo do jogo, gerenciarem que pigmentos serão comprados, que misturas devem ser feitas e quais pedaços do afresco devem ser pintados.
Um jogo bem interessante que, embora não tenha ganho o Spiel des Jahres, foi um excelente concorrente para Dixit. Acho que deve entrar na minha lista de compras... huahuahuahua...

7 de nov. de 2010

Dixit

Ontem à noite foi dia de jogar com os amigos, e estreamos um jogo que eu trouxe de Essen no final do mês passado: Dixit.
Em Dixit cada jogador possui um conjunto de cartas que mostram ilustrações muito bem feitas mas completamente "fora da casinha", como, por exemplo, um coelho branco de armadura em frente a um dragão ou um castelo flutuando entre as nuvens içado por um balão.
O jogador que tem a vez deve escolher entre suas cartas uma e, baseado nela, falar uma frase, palavra, título de filme ou música, som ou qualquer outra coisa.
Após o jogador, que é chamado de "Storyteller" dizer a frase inspirada por sua carta, os demais jogadores devem, entre as suas próprias cartas de mão, escolherem a que melhor se adapta à frase do Storyteller. Todas as cartas são reunidas (a que realmente inspirou o Storyteller e as escolhidas por cada jogador) e formando um conjunto de possibilidades da carta do Storyteller.
Agora cada jogador deve votar em qual a carta que realmente inspirou o Storyteller.
Este só ganha pontos no caso de alguns jogadores terem acertado sua carta e outros não, logo, o Storyteller tem que fazer uma sentença genérica o suficiente para que alguns jogadores errem, mas ao mesmo tempo, específica o suficiente para que, pelo menos, um jogador acerte sua carta.
É uma interessante variação do Leréia, também conhecido como Academia, mas que, no grupo certo, leva a muitas gargalhadas, sendo claramente classificado como um party game. Não exige muito do cérebro (exceto um bocado de imaginação) e proporciona umas boas horas de diversão, merecendo o prêmio de Jogo do Ano da Alemanha em 2010.

6 de nov. de 2010

Fableheaven

Em tempo record acabei de ler Fableheaven - Onde as Criaturas Mágicas se Escondem..., de Brandon Mull. Tudo bem, o tempo record se deve, além do livro ser bom, pela facilidade com que é escrito, proporcionando uma leitura bastante gostosa e, consequentemente, rápida.
No primeiro livro da série (e infelizmente ainda o único em português até o momento) são apresentados os irmãos Seth e Kendra que, devido a uma viagem inusitada dos pais, tem que ficar com seus avós em uma casa retirada no meio de uma floresta. O que eles não sabiam e que aos poucos vão descobrindo é que o local em que a casa se encontra é uma reserva para criaturas mágicas que incluem fadas, bruxas, demônios, sátiros, trolls, ogros, náiades e muito mais. E as surpresas não param por aí, pois seus avós são os zeladores do lugar.
O grande problema é que Seth, o irmão mais novo, simplesmente consegue meter os pés pelas mãos sem cesar durante praticamente o livro inteiro, gerando uma série de grandes perigos e problemas para Fableheaven, os quais devem, ao longo do livro, serem resolvidos pelos zeladores.
Como já disse uma história bem interessante e gostosa de ser lida, mas para aqueles que pensarem que o livro é apenas para pré-adolescentes, sinto informar, mas ele foi escrito de forma tão rebuscada que acredito que alguém com desapego à literatura teria dificuldade de entender certas palavras e trechos do livro (ou você conhece muitos jovens de 13 anos que sabem o que é um aldrava ou o que significa ser poedeira?).
De qualquer modo o livro é muito bom e espero que a Rocco lance logo as sequ

2 de nov. de 2010

Os Pequenos Homens Livres

Acabei de ler um conto do Discworld: Os Pequenos Homens Livres, de Terry Pratchett, com uma tradução excepcional de Ludimila Hashimoto.
Eu sou meio partidário quando falo dos livros de Pratchett, um dos escritores de maior sucesso na Inglaterra e, infelizmente, ainda pouco conhecido por estas bandas sul-americanas.
Neste livro uma pequena garota que quer ser bruxa quando crescer vê seu mundo sendo lentamente "invadido" por criaturas de sonhos (ou seria melhor dizer, de pesadelos) e seu irmão roubado por quem quer que esteja por trás da invasão.
Agora ela, que nem muita idéia tem do que é ser uma bruxa, tem que enfrentar toda a situação sozinha. Bem, nem tão sozinha, pois ela conta com a ajuda de um bando de Nac Mac Feegles, os pequenos homens livres, minúsculas criaturas de não mais do que 15cm, sempre prontas a beber, roubar e, melhor do que tudo, brigar.
Com seu jeito hilário de contar histórias junto com trocadilhos e jogos de palavras, este livro de Terry Pratchett não deixa a desejar. Uma excelente leitura.