31 de dez. de 2011

Feliz Ano Novo

Como este ano não coloquei nenhuma piadinha infame para o Natal, pelo menos encontrei uma excelente para o ano novo, vinda do myextralife.com.

Um feliz ano novo a todos!

30 de dez. de 2011

Tintenherz

E como consegui algum tempo livre com as férias coletivas na empresa, também terminei de ler um livro bem a tempo de começar um novo para o ano novo. O que acabei de ler desta vez foi Tintenherz de Cornelia Funke, que possui uma tradução para português em Coração de Tinta, publicado no Brasil pela Companhia das Letras.
Tintenherz é o primeiro livro de uma trilogia que conta as histórias da família de Mortimer, um restaurador de livros com um poder bastante peculiar: quando lê um livro em voz alta ele traz para nosso mundo as criaturas que aparecem no livro e, em troca, alguém do nosso mundo vai parar no mundo do livro.
O primeiro livro gira em torno de três personagens que foram trazidos do livro Tintenherz: os vilões Capricorn e Basta, e Staubfinger, um malabarista de fogo. Capricorn tenta sequestrar mo e sua família para que ele leia todos os seus demais comparsas para nosso mundo, enquanto Staubfinger que retornar para Tintenherz.
No meio de uma aventura cheia de altos e baixos, que teve, inclusive uma versão para cinema com Brandon Frasier no papel de Mortimer, Cornélia mantém o leitor entretido e querendo saber como é que nossos heróis vão escapar das garras de Capricorn.
Detalhe especial para as citações de diversos livros constantes no início de cada capítulo (pena que a versão nacional não traga a bibliografia desta citações como a versão original faz).
Um excelente livro que eu com certeza recomendo.

29 de dez. de 2011

20 Filmes para acabar o ano

A uns poucos posts atrás eu falei que estava cheio de seriados para ver e que não estava vendo filmes a um bom tempo. Bem, os seriados acabaram bem a tempo de eu terminar de ver mais 20 filmes na TV e, como de costume, seguem as resenhas:

» The Losers: Um grupo americano de operações especiais é traído pelo governo e deixado para morrer em uma república de bananas. Dados como mortos, eles agora farão de tudo para descobrirem quem os traiu e fazerem ele pagar. Aventura impossível do início ao fim... hehehehehehe...
» Saw 3D: Neste último episódio da saga de 7 filmes do assassino serial Jigsaw, finalmente tudo é revelado e as amarrações desde o primeiro filme são feitas. Um dos melhores filmes de toda a saga, para aqueles que acompanharam desde o início, em 2004 (embora o primeiro ainda seja o melhor!).
» Resident Evil: Afterlife: Após supostamente ter destruido a Umbrella Corp., Alice tenta encontrar Arcadia, um suposto local livre do T-Virus que transformou a população em Zumbis. Um dos filmes que mais tem a ver com as últimos games...
» Sucker Punch: Após ser injustamente internada como doente mental pelo padrasto em uma instituição bastante controversa, Babydoll não vê alternativa a não ser entrar em um mundo imaginário onde ela e suas amigas são as heroínas. Sinceramente, Zack Snyder viajou legal neste filme completamente fora da casinha...
» Super 8: Um grupo de garotos está fazendo uma produção amadora em Super 8 quando é testemunha de um acidente de trêm no qual alguma "coisa" escapou. Agora eles tem que fugir de tudo, incluindo do exército, para poderem sobreviver. Um filme bem interessante mesmo!
» Green Lantern: Adaptação para as telonas da história de Hal Jordan, piloto de testes que é escolhido pelo anel de um lanterna verde à beira da morte. Agora Hal terá de ajudar os lanternas contra uma de suas maiores ameaças enquanto uma corda solta é deixada para uma possível continuação. Excelente adaptação (embora o quadrinho ainda seja melhor...
» Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides: Nesta não necessária e completamente supérflua continuação da franquia, Jack Sparrow e Barbossa tentam encontrar a fonte da juventude, indo de encontro ao Barba Negra e sua filha. A aventura é boa, mas nem chega aos pés dos primeiros filmes.
» Thor: Nesta adaptação pré-Vingadores, Thor, um Deus arrogante, é banido de Asgard pelo seu pai até que ele aprenda a ser mais humilde. Infelizmente, ao mesmo tempo, seu meio irmão, Loki, abre as portas de Asgard para a invasão dos Gigantes de Gelo. Aventura medíocre com elenco de primeira.
» Transformers: Dark of the Moon: No pior de todos os Transformes, os Autobots descobrem que uma antiga nave sua se encontra no lado escuro da lua, e ela pode trazer o segredo para terminar de vez com a batalha com os Decepticons. Realmente, podiam deixar a gente sem esta medíocre continuação.
» Bangkok Dangerous: Nicholas Cage é um assassino profissional que, em sua última missão antes da aposentadoria, acaba se envolvendo com uma habitante local em Bangkok e ficando amigo demais de seu ajudante. Agora ele tem que lutar pela própria vida e pela de seus novos amigos. Um filme bem interessante com cenas de ação excelentes.
» THX 1138: Sabe aquele tipo de filme que todo mundo fala mas ninguém nunca viu. Este é um deles, no qual George Lucas faz uma crítica ferrenha à sociedade, mostrando um mundo do amanhã completamente deturpado. Felizmente para quem não viu, o filme realmente é um lixo completo... Então não se sinta mal em não ter visto... huahuahuahua...
» Solomon Kane: Um aventureiro sem coração descobre que sua alma pertence ao demônio e agora ele tenta de todo modo se redimir e livrar sua alma do tormento eterno. Para isto ele tenta proteger uma região da Inglaterra de um bruxo e suas criaturas das sombras. Um filme de ação muito bom, obviamente com cenas clichês, mas que não deixam o filme pior.
» The Producers: Refilmagem da comédia musical de Mel Brooks de 1968 na qual um produtor da Broadway e um contador tentam fazer dinheiro com uma produção fracassada. Embora musicais não sejam o gosto da maioria, o filme é tão bom que até mesmo um espetáculo da Broadway (e outro no Brasil) ele virou...
» Modern Times: Este é outro filme que de tanto vermos pedaços, achamos que já assistimos. Nesta crítica à sociedade "moderna" e a mecanização humana, Chaplin nos leva a rir com suas sátiras e tiradas excelentes. Vale a pena realmente ver de verdade (do início ao fim) pelo menos uma vez.
» Never Say Never Again: Nesta regravação de Thunderball, Sean Connery está de volta ao papel de 007 que lhe levou à fama exatamente 12 anos depois de sua última atuação como James Bond. Em diversos aspectos, esta regravação é superior ao filme original. Mais uma trivia: é o único 007 não feito pela dupla Broccoli/Saltzman. Vale a pena
» Star Wars: Episode I - The Phantom Menace: Finalmente em Blue Ray. Toda a lenda tem um começo, e a saga de Star Wars começa aqui. Precisa dizer algo mais???? Mas se você é novo em Star Wars, um aviso: começe com a trilogia original (episódios IV a VI).
» Star Wars: Episode II - Attack of the Clones: No segundo episódio da saga de Star Wars a história sobre as guerras clônicas e os motivos que levaram Anakin Skywalker a se tornar Vader começam a ficar cada vez mais claros. Simplesmente fantásticos para quem gosta da saga, sem contar o fato de vermos Yoda lutando pela primeira vez... fantástico... huahuahuahua...
» The Great Dictator: Mais um filme que deveria ser visto por todos. Publicado em 1940, ano em que Hitler marchava sobre a França, o filme mostra como um barbeiro judeu desastrado é confundido com o ditador da Tomânia, Adenoid Hynkel. Se você não quer assistir tudo, pelo menos veja o discurso final do barbeiro se passando por ditador. Excelente!!!
» Paradox: Adaptação de um quadrinho que eu não conheço, mostra um mundo paralelo no qual a tecnologia é baseada não em ciência, mas em magia. Neste mundo, um policial investiga um assassino que utiliza a ponte entre nosso mundo e este mundo paralelo para matar sem utilizar magia. Fraquinho...
» Justice League: Crisis on Two Earths: Nesta animação muito bem feita, a Liga da Justica é chamada por ninguém menos que Lex Luthor de uma dimensão paralela, na qual os super-heróis são vilões e os vilões são super-heróis. Para um desenho, tem uma trama e tanto... vale muito a pena.

Neste ano, ficamos por aqui com os filmes... Espero ver muito mais ano que vem e continuar comentando os mesmos por aqui.

25 de dez. de 2011

O Hobbit

Em 2007 era apenas um rumor, mas em 2010, como eu escrevi neste post, confirmou-se que Peter Jackson, o mesmo diretor da trilogia do Senhor dos Anéis, iria mesmo fazer 2 filmes baseado no livro anterior: O Hobbit.
E agora está disponível o primeiro trailer do filme que sai em dezembro de 2012:

Mais um ano de espera, apenas para a primeira parte... hehehehehehe...

23 de dez. de 2011

Paperclip Railways

Nesta semana, em uma das minhas últimas partidas deste ano, estreei Paperclip Railways, de Tony Boydell, publicado pela Surprised Stare Games.
Paperclip é um exemplo excelente de um jogo que pode ser facilmente feito em casa, pois seus componentes são peças quadradas ou retangulares de cartão e clips de papel coloridos (praticamente tudo pode ser encontrado em uma boa papelaria). O maior trabalho seria fazer a arte de cada uma das centenas de estações diferentes que compõe o jogo. O grande viés é que, para fazer uma impressão em cartão com qualidade, mais os cortes de cada peça e tudo mais, vale muito mais a pena comprar o jogo original...  :-)
Em paperclip cada jogador é dono de uma empresa ferroviária que tenta conectar a maior quantidade de cidades vantajosas (que lhe trazem pontos e bônus ao longo do jogo) através de trilhos, os quais são feitos de nada menos que clips de papel. Cada jogador possui uma quantidade limitada de trilhos (a.k.a. clips) e existem 4 tipos de cidades, cada uma com limitações de distâncias entre elas.
Na sua vez, cada jogador pode optar por uma entre duas ações: comprar mais cartas de cidade ou construir uma conexão.
Na primeira opção ele compra duas cartas de cidade do monte (com um limite de 6 cartas na mão).
Na segunda opção ele deve conectar duas cidades previamente colocadas no tabuleiro ou colocar uma nova cidade de sua mão no tabuleiro e a conectar com outra já existente. Mas para a conexão devem ser pagos os custos dos trilhos, descartando-se cartas de cidade da mão (uma carta de cidade descartada dá direito a 3 clips para utilização na conexão).
A grande maioria das cidades possuem vantagens ou bônus ganhos quando a cidade é colocada no tabuleiro, todas as rodadas, toda a vez que uma conexão é efetuada ou ao final do jogo.
Os jogadores ganham pontos por cada conexão efetuada (fora os bônus) somando a quantidade de clips utilizados para a conexão mais o valor de cada cidade.
A propósito: tabuleiro. Em Paperclip não existe realmente um tabuleiro, mas simplesmente uma área de mesa delimitada como sendo o tabuleiro, na qual são colocados um rio e diversos obstáculos (montanhas e lagos) que fazem o trajeto custar mais. Desta forma, os jogadores ficam completamente livres para fazerem seus trajetos o mais retos ou complexos, da forma que cada um desejar ou puder pagar. Também é possível cruzar sobre trilhos do oponente, mas isto traz pontos para o oponente também, então é bom evitar.
Com uma mecânica bem simples, a aleatoriedade das cidades que entram no jogo é que faz com que cada partida seja completamente diferente uma da outra (sem contar o posicionamento dos obstáculos e do rio), tornando Paperclip um jogo bem interessante e que pode ser jogado várias vezes.
de 1 a 10

12 de dez. de 2011

Resumo Político

Estou meio lento com os posts no final do ano... Não ando jogando muito, então não tem jogos novos para escrever. Embora tenha ganho um monte de livros de aniversário, ainda estou lendo um bem grosso e em alemão, então nada de resenhas. E com a quantidade de seriados gravados, nem filmes na TV estou vendo.
De qualquer modo, com o final do ano se aproximando e lembrando que faz um tempão que eu não falo nada de política, vamos recapitular uma coisa que pode ter passado despercebida por um monte de gente: será que vocês repararam que mudaram 7 ministros ao longo deste ano (que ainda nem acabou)???? Sete???? Primeiro, como é que alguém consegue governar assim, com gente teoricamente de confiança indo e vindo e sendo trocada como se troca de camisa. Segundo, a maioria deles por escândalos e corrupção.
Relembrando: em junho foi a vez do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que caiu após não conseguir explicar um aumento de 25 vezes em seu patrimônio na espantosa marca de apenas 4 anos, além da descoberta de que ele morava em apartamento alugado por uma empresa de fachada e dois laranjas. Sai PT e entra PT, a nova ministra é Gleisi Hoffmann.
Quase um mês, no início de julho depois foi a vez do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, demitido após uma série de acusações de superfaturamento e propina nas obras do referido ministério. Após o caso vir a tona e ser mostrado outro acúmulo de bens extratosférico (mais de 86% em apenas 2 anos), não houve outra alternativa a não ser mandar ele embora. Sai PR e entra PR, o novo ministro é Paulo Sérgio Passos.
Mais uma vez, quase um mês após a queda anterior, no início de agosto foi a vez do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Mas desta vez a queda não foi motivada por alegações de corrupção, mas sim por desavenças do ministro com a presidente. Ao que tudo indica ele simplesmente não concordava com tudo o que a presidente falava e achava o governo medíocre, o que levou à sua exclusão. Sao PMDB e entra PT (de boba a Dilma não tem nada, afinal para que colocar outro partido???), o novo ministro é Celso Amorim.
Nem quinze dias depois é a vez do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Como de costume, este também caiu por acusações de corrupção, pagamento de propinas e utilização de "favores" de empresas, como a utilização de jatinhos para suas viagens e de seu filho. Sai PMDB e entra PMDB, o novo ministro é Mendes Ribeiro.
Exatamente um mês depois, em setembro, chega a vez do ministro do Turismo, Pedro Novais. Após quase um mês em que não faltavam denúncias novas a cada dia (pagamento da governanta com dinheiro da câmara, uso do dinheiro público para pagar um motel, funcionário público usado como motorista da esposa além de ser flagrado em escutas solicitando uma ajuda a um empresário para um aliado dele) finalmente ele deixa o cargo. Sai PMDB e entra PMDB, o novo ministro é Gastão Vieira.
Passou-se mais de um mês sem nenhuma queda, mas no final de outubro vem o ministro dos Esportes, Orlando Silva. Este começou a cair após denúncias de corrupção e envolvimento direto com desvio de dinheiro público, mas ele caiu mesmo quando o STF resolveu abrir um inquérito contra ele. Sai PCdoB e entra PCdoB, o novo ministro é Aldo Rebelo.
Para completar a novela, este mês caiu finalmente o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A queda deste também foi devida a denúncias de corrupção que envolviam desvio de verba pública para os caixas do PDT. Mesmo após ter dito que só sairia "abatido por bala" ele acabou se demitindo, um jeito menos ruim de dizer que ele não tinha como ficar mais um dia com o ministério. Sai PDT e, interinamente, entra PDT, o novo ministro, por enquanto, é Paulo Roberto Pinto.
Como se toda esta dança ministerial não bastasse, ainda aparece esta idéia absurda de criar mais dois novos estados no Brasil: Tapajós e Carajás. Como é que alguém realmente consegue pensar em uma coisa como esta sem antes lembrar que a criação de estados novos (que aliás a gente já tem de monte) acarreta em um custo exorbitante para os cofres públicos. Cada novo estado pode chegar a custar até um bilhão de reais anuais ao dinheiro do contribuinte. Só de políticos, seriam mais três senadores, oito deputados federais e 28 deputados estaduais, sem contar os gabinetes envolvidos. Será que realmente o Brasil precisa disto?????

Vamos esperar que o ano novo seja mais estável e comedido para nosso governo...

1 de dez. de 2011

Artemis Fowl: O Complexo de Atlântida

Este eu acabei de ler bem rápido (não apenas por ser muito bem escrito e de fácil leitura, mas por ter uma narrativa empolgante, daquelas que você não quer parar): Artemis Fowl: O Complexo de Atlântida de Eoin Colfer (se fala Owen).
No sétimo livro das aventuras de Artemis junto às criaturas do mundo das fadas (que não tem nada de bonitinhas e são excepcionalmente desenvolvidas tecnológicamente), o nosso jovem prodígio terá de enfrentar dois inimigos implacáveis: Tornabol Raiz, irmão do falecido Juliuz Raiz, ex-policial corrupto e mestre do crime, que arquiteta um plano para se libertar da prisão, dar cabo de seus inimigos e conseguir um estoque de magia ilimitada, e o próprio Artemis Fowl, que devido à toda sua exposição a magia de fadas, acaba desenvolvendo uma doença mental chamada Complexo de Atlântida, que faz com que ele desenvolva personalidades múltiplas e não confie em mais ninguém.
Com Artemis neste estado e Tornabol conseguindo levar seu plano cada vez mais adiante, cada página é uma surpresa e você nem consegue imaginar o que está para acontecer.
Uma das mais interessantes aventuras de Artemis até agora (e espero que logo venham outras).
Recomendo!

24 de nov. de 2011

O Atlas da Terra-Média

Terminei de ler O Atlas da Terra-Média, que nada mais é do que o que já está escrito no subtítulo: um guia autêntico e atualizado para a geografia de O Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion, de J.R.R. Tolkien.
Este livro foi escrito por Karen Wynn Fonstad, uma cartógrafa e professora de geografia na Universidade de Wisconsin que, ao se deparar com um projeto de final de curso de uma aluna, acabou se envolvendo com o universo ricamente criado por Tolkien e, baseado em todo o material que ele publicou (e mais algumas coisas que ela teve acesso junto a Christopher Tolkien), criando este maravilhoso atlas.
Nele a autora, além de manter o traço característico de Tolkien, mostra os mapas separados por eras e por tipo: geográficos, migrações, batalhas, políticos e assim por diante, não apenas ilustrando o universo da Terra-Média, mas também comentando sobre as histórias que lá se passaram e como ela chegou a diversas conclusões baseadas nos escritos de Tolkien.
Contando uma rica bibliografia que, em alguns casos inclui até a página de onde o texto foi originalmente retirado, o livro me dá vontade de ler toda a saga novamente (o que eu acho que em breve vou acabar fazendo mesmo... hehehehehehe...)
Em uma bela edição da Martins Fontes, que peca apenas pela falta de cores nos mapas, este livro é simplesmente obrigatório para todos os fans dos livros de Tolkien.
A única coisa que eu senti falta foi um glossário para a edição brasileira (afinal quem vai saber que Valfenda é Rivendell no original em inglês???)

22 de nov. de 2011

Drum Roll


Drum Roll foi um dos primeiros estreantes da feira de Essen que eu não havia testado lá e acabei testando quando cheguei. Neste jogo da dupla grega Dimitris Drakopoulos e Konstantinos Kokkinis, publicado também pela pouco conhecida Artipia Games, cada jogador é dono de um circo no melhor estilo anos 90, o qual irá, ao longo do jogo, percorrer várias cidades de Europa.
Em cada nova cidade, os jogadores tentarão contratar as melhores atrações para seus circos, as quais podem ser divididas em 5 categorias: domadores, bizarros, malabaristas, acrobatas e mágicos. Cada atração possui demandas específicas para realizar uma apresentação, a qual, dependendo das demandas terem sido realizadas ou não, pode ser feita em três diferentes níveis de sucesso, obviamente, com resultados cada vez melhores para o jogador.
As demandas também são de 5 tipos: treinamento, roupas, equipamento, promoção e materiais, os quais são representados por cubos de diversas cores, que devem ser alocados para os artistas que os solicitam.
Após uma certa quantidade de rodadas, os jogadores apresenta seu circo e recolhem os resultados das apresentações individuais de cada uma de suas atrações. Para cada atração que tenha atingido, através da alocação de recursos, o terceiro nível de excelência, o jogador deverá tomar uma decisão: manter a atração ativa e receber o resultado máximo dela ou torná-la desativa e receber pontos por isto.
O problema de manter uma atração ativa é que, após cada apresentação, é necessário parar salários para todos os artistas, o que pode ser bem salgado para os jogadores. Uma atração desativada também requer um salário, mas ele é ínfimo quando comparado aos salários ativos, além de trazer os pontos, o que torna a decisão do custo-benefício bastante difícil.
Ao final do jogo, são distribuídos pontos extras por diversos feitos, como combinações de artistas e performances, o que torna o resultado incerto até o último minuto.
Um jogo com combinação de sorte e estratégia de forma bem balanceada que merece ser conferido.
Como cereja do bolo, a arte de Antonis Pantoniou, amigo de um dos autores, a despeito de ser simples, confere ao jogo o ar da época em que ele se passa e torna o jogo bastante atraente.
de 1 a 10

15 de nov. de 2011

Você Está Aqui - Uma História Portátil do Universo

Após mais um bom tempo de correria (indo trabalhar quase todos os dias de carro e, consequentemente, não lendo na ida e no retorno do trabalho), finalmente terminei de ler Você Está Aqui, primeiro livro de Christopher Potter (nenhuma similaridade com o Harry) publicado no Brasil pela Companhia das Letras.
Neste livro, Christopher, que é formado em matemática e possui mestrado em História de Física e Filosofia, conta de forma prosaica até onde a ciência nos levou e para onde ela parece estar nos levando, explicando para o público leigo as descobertas do mundo desde as teorias de como tudo começou, passando pela astronomia, física, química e biologia, indo desde a descrição das menores partículas até as maiores distâncias astronômicas, do desenvolvimento da vida na terra até como a própria terra se formou, da menor partícula de tempo após o início de tudo até aonde estaremos, segundo as teorias mais modernas, após mais bilhões e bilhões de anos (supondo que a raça humana ainda não tenha sumido do mapa do universo).
Ao mesmo tempo muito interessante para os leitores que conhecem mais sobre pelo menos um dos ramos discutidos, mas também muito digerível e, até mesmo, de fácil leitura para o publico comum e que nem gosta muito de ciências. Com certeza, recomendo.

14 de nov. de 2011

Greenpeace Guide to Greener Electronics

Acredito que o Greenpeace seja uma ONG internacional conhecida de todos, mas o que muitas pessoas ainda não ouviram falar é da iniciativa "Guide to Greener Electronics" existente desde 2006, que busca criar um ranking das 10 empresas líderes na manufatura de eletrônicos, computadores, TVs e celulares baseado em suas políticas e práticas em reduzir seu impacto no clima, em produção de produtos ecologicamente corretos e em tornar suas operações mais sustentáveis.
Cada uma destas características são medidas e baseadas em critérios objetivos, os quais podem ser verificados na página do Greenpeace.
A última versão do guia foi publicada este semana, e mostra a HP liderando o mercado, seguido pela Dell, Nokia e Apple (empresa, inclusive, que na primeira versão do guia estava entre as últimas colocadas e que, graças à mobilização do Greenpeace juntamente com os consumidores Apple, através do site Greenpeace + Apple, se viu forçada a mudar sua política). Os usuários do guia ainda podem baixar as folhas de pontuação individuais de cada fabricante e verificarem como se chegaram nos resultados.
Um excelente iniciativa, principalmente se os consumidores começarem realmente a olhar para tais critérios no momento da compra.

12 de nov. de 2011

Pantheon

Ontem foi a vez de mais uma estréia: Pantheon, de Michael Tummelhofer (na verdade, um pseudônimo para Bernd Brunnhofer). Michael (ou Bernd) não tem muitos jogos na carteira, mas os que tem, são muito bons, como o caso de Sankt Petersburg ou Stone Age.
Em Pantheon os jogadores controlam o destino de 6 civilizações, tentando fazer oferentas aos Deuses de modo a conseguir as graças dos mesmos.
Um jogo é composto da ascenção e declínio de 6 das 8 civilizações existentes. A primeira fase do jogo, a ascenção, é simplesmente uma preparação do tabuleiro para o jogo própriamente dito, através da colocação da civilização no tabuleiro, bem como a distribuição de novos Deuses e de novos bônus.
O jogo propriamente dito é jogado na segunda fase. Agora os jogadores, em rodadas, podem cada um, realizar uma de 4 possibilidades: movimento, compra, oferenda ou recursos.
Se um jogador escolher movimento, ele poderá sair do berço da civilização atual em direção às posições dos bônus (que trazem vantangens interessantes) ou para a os pontos específicos de construção de colunas (que trazem pontos exponenciais no final do jogo). Para tanto, os jogadores gastam cartas de movimento para permitirem a colocação de pequenos tokens em formatos de pés no tabuleiro. A utilização desta ação também tem uma desvantagem: após o jogador ativo ter realizado seu movimento, todos os demais jogadores podem realizar, cada um, um movimento sem gastar sua ação; mas também tem uma vantagem: ele permite a colocação de uma peça de pé no tabuleiro sem gastar cartas para isto.
A segunda opção de ação são as compras. Aqui o jogador utiliza dinheiro (também em forma de cartas) para comprar mais pés ou colunas do estoque comum (você só pode colocar no tabuleiro o que já tiver comprado para seu estoque pessoal), oferendas fixas (que serão utilizadas para aliciar os Deuses) ou mesmo o direito de colocar peças no tabuleiro.
A terceira opção são os Deuses. Através de combinações específicas de oferentas, na forma de oferendas fixas (as quais são compradas e permanecem a disposição do jogador a cada nova rodada) ou de cartas de oferenda. A aquisição de um Deus, além de trazer pontos, também traz vantagens exclusivas na forma de bônus especiais para determinadas ações, os quais podem ser decisivos para o resultado do jogo.
A última opção são as cartas de recursos. Se o jogador não tiver mais nada para fazer ele pode comprar 3 cartas do monte de recursos. Estas cartas podem ser de diversos tipos, conforme já citado: cartas de movimento (que permitem colocar peças o tabuleiro), de oferenda (que permitem aliciar Deuses) e dinheiro (para a compra de novas peças ou de oferendas fixas).
Assim que um jogador chegar ao último bônus da civilização atual ou o último Deus for arrematado, acaba a fase de jogo e segue-se para a terceira e última fase da atual civilização: declínio. Nesta fase todas peças de movimento em formato de pés são retiradas do tabuleiro e retornam para os estoques dos respectivos jogadores. As colunas permanecem no tabuleiro para serem pontuadas.
Após a terceira civilização e a sexta e última civilização, é realizada uma pontuação, na qual vários quesitos são computados, entre eles, a quantidade de colunas construídas por cada jogador.
Ao final da pontuação da sexta civilização, termina o jogo e aquele que tiver mais pontos ganha o jogo.
Com ilustrações do conhecido Franz Vohwinkel (Asara, Chinatown e Die Händler von Genua, por exemplo) o jogo, além de ser bom, também é bonito.
Embora a explicação das diversas possibilidades pode ser um tanto assustadora para jogadores novos, depois da primeira rodada as opções de jogo já ficam bem claras e o jogo, mesmo sendo um jogo estratégico, anda muito bem.
Com certeza vale a pena.
de 1 a 10

9 de nov. de 2011

Chave Allen como ferramenta de sequestro

Às vezes chega a ser divertido o que acontece quando é dado poder a pessoas despreparadas, se o caso não acontece com você.
Ontem estive em São Paulo em visita a um fornecedor e, ao retornar para Curitiba, no controle do salão de embarque herdado de 11 de setembro, os guardas de congonhas me fizeram despachar minha mochila simplesmente porque uma chave allen se encontrava dentro dela.
Para aqueles que não fazem idéia do que é uma chave allen, ela é uma ferramenta em formato de "L", com perfil sextavado, conforme pode ser visto na foto, tendo diversos tamanhos, embora a que eu carregasse tivesse cerca de 10cm de comprimento e 0,8cm de diâmetro.
Agora me explica como é que eu vou sequestrar um avião com uma destas? Desaparafusando meu assento??? Nem pontiagudo é o negócio...
Eu até aceito algumas normas de segurança, mas isto é simplesmente ridículo e parece ser feito simplesmente pelo fato de que os guardas se acham os donos da verdade, mesmo com picuinhas idiotas como estas.

2 de nov. de 2011

Manuais alea

Aqueles que me conhecem, sabem que tenho uma predileção especial pelos jogos da alea, uma editora de jogos filha da Ravensburger, cujo objetivo era publicar jogos mais desafiadores do que sua "mãe". Desde 1999, com a publicação de Ra, de Reiner Knizia, eles já tem 27 jogos publicados em suas 3 linhas de caixas pequenas, médias e grandes e se tornaram uma referência no mercado alemão.
Quem me conhece, também sabe que um dos meus hobbys é a tradução dos manuais de jogos, e os da alea tem tido prioridade para mim (junto com os da 2F).
E agora minhas traduções para português estão também disponíveis no site oficial da alea, na sua área de traduções.
Por enquanto temos lá:

- Ra
- Chinatown
- Tadsch Mahal
- Die Fürsten von Florenz
- Adel Verpflichtet
- Die Händler von Genua
- Puerto Rico (incluindo play-aids)
- alea iacta est
- Louis XIV (inlcuindo play-aids)
- Palazzo
- Augsburg 1520
- Wie Verhext!
- Glen More

mas já tem o Eiszeit saindo do forno e em breve sigo com as traduções das grandes caixas.
Espero que gostem.

30 de out. de 2011

Poseison's Kingdom - primeira estréia de Essen

Esta semana eu estreei o primeiro jogo novo que trouxe de Essen (e que não havia testado lá): Poseidon's Kingdom, o mais novo lançamento da Fragor Games. Já falei uma vez sobre a Fragor no meu post sobre o jogo Antics! (ver este post), então não vou perder tempo em reescrever a biografia da Fragor e vamos direto ao jogo.
Em Poseidon's Kingdom, os irmãos Lamont retornaram a uma característica marcante de seus primeiros jogos: miniaturas de resina. Neste jogo, cada jogador é uma criatura do fundo do mar (estrela, peixe, polvo e concha) e recebe as miniaturas correspondentes para utilizar no jogo.
A história de fundo é que Poseidon perdeu seu tridente e você tem que, além de encontrá-lo, ajudar a libertar seus amigos dos tentáculos do Kraken. Para tanto, você anda pelas profundezas marinhas juntando comida (na forma de dados) e procurando fazer combinações bem específicas, as quais servem para lhe dar força e poder levantar os tentáculos do Kraken, libertando um de seus amigos.
O sistema de haxágonos duplos amontoados para as ordens, implantado pela primeira vez em Antics!, também está de volta (desta vez como um coral e não como um formigueiro... hehehehehehe...).
Cada jogada é composta de 3 fases. Na primeira o jogador deve escolher entre aumentar seu coral de ordens ou carregar a onda com dados (mais adiante eu falo da onda). Na segunda fase, o jogador é obrigado a mover uma de suas criaturas marinhas. Na terceira fase, ele pode pegar comida do tabuleiro e, se quiser, utilizar.
A onda é o mecanismo pelo qual novas comidas (dados) chegam ao tabuleiro. Ela é uma armação na qual os dados vão sendo carregados até um determinado limite. Quando este limite é alcançado, esta armação tomba para o tabuleiro, deixando cair todos os dados no tabuleiro. Bastante engenhoso e interessante (sem contar no efeito em jogadores novos... huahuahuahuahua...).
Para manter o jogo ainda mais complicado, ainda existe um tubarão que navega pelo tabuleiro e, se passar por uma das criaturas do mar, come ela. O jogador não a perde, pois ela retorna ao campo inicial, mas recebe uma marca que deve ser colocada em seu coral de ordens, bloqueando uma ordem e, consequentemente, o crescimento do coral.
No fim das contas, não é o melhor jogo dos irmãos Lamont, mas não deixa de ser um jogo bem interessante e bonito. Vale a pena testar (para quem achar uma cópia, pois o jogo tem apenas 1000 exemplares e eles esgotaram com uma semana e meia de pré-venda).
de 0 a 10
Fotos: Daniel Danzer

23 de out. de 2011

Retorno para casa e internet grátis

E cá estou eu, esperando o embarque para meu vôo de retorno ao Brasil após meus três dias de jogos quase ininterruptos em Essen, completamente exausto e com sono (acho que vou dormir feito uma pedra no avião, não importa o que aconteça... Huahuahuahua...) e uma coisa me chamou atenção: no aeroporto da Holanda eles disponibilizam internet grátis por até 1 hora...
Porque diabos que no Brasil também não pode ser assim?
Já ouvi muita gente dizendo que com a copa as coisas vão melhorar e vai existir, sim, internet gratuita e de velocidade nos pontos importantes, como aeroportos, mas, sinceramente, eu não vejo nada disto acontecendo. Os aeroportos continuam uma bagunça e as obras nos principais locais nem começaram.
Com este panorama, para que afinal investir em internet gratuita? Os turistas não vão nem conseguir chegar para aproveitarem ela.

22 de out. de 2011

Essen - Último dia (pelo menos para mim...)

Hoje foi meu último dia em Essen este ano... Joguei bastante, me diverti bastante, encontrei antigos amigos e fiz alguns novos...
Amanhã de manhã já estou pegando o avião para casa, afinal segunda-feira é dia de trabalhar para poder pagar as horas que fiquei devendo esta semana.
No frigir dos ovos, acho que Essen foi muito melhor este ano do que ano passado (mesmo com uma boa quantidade de jogos tendo me decepcionado). Acabei comprando alguns bons jogos usados e, no meio do caminho, ainda cruzei com o Knizia, que autografou uma cópia do Einfach Genial para mim.
Hoje eu aproveitei para testar um jogo novo da Scriptorum, uma empresa italiana que costuma publicar jogos belíssimos. O jogo chama-se 011, e é patrocinado por uma banda metal chamada Therion, ambientando-se em uma Turim Steampunk.
O Ragnarok está para acontecer e você tem que descobrir, entre oito possíveis personagens, quem é o escolhido, que poderá deter ouviam do mundo. A cada nova rodada você escolhe um dos personagens para utilizar, cada um com uma habilidade diferente, e gasta unidades de tempo para se mover ao longo do tabuleiro e realizar sua ações. O tempo é bastante escasso e você tem que controlar com cuidado quanto você pode gastar e quanto você ainda precisa economizar.
Infelizmente, mesmo com uma arte fabulosa, o jogo possui um downtime enorme (após um jogador ter realizado sua ação, ele pode ficar até 15 minutos sem fazer nada, enquanto os demais jogadores pensam no que. Fazer e realizam sua próprias ações). Além disto e a despeito do tema, ele não parece prender as pessoas no clima (talvez até mesmo devido a pouca interação entre os jogadores).
Definitivamente um jogo que, na minha opinião, não vale a pena ser comprado.
Também tive a oportunidade de testar Funkenschlag - Die erste Funken, um spin-off do Funkenschlag para os homens das cavernas.
É interessantíssimo ver como todos os mecanismos básicos de Funkenschlag estão presentes, mas ao mesmo tempo, são diferentes ou são usados de forma diferenciada. O leilão da usinas, por exemplo, foi transformado em uma oferta de ferramentas e conhecimentos. A conexão de novas cidades transformou-se na procriação dos homens das cavernas pelas áreas de caça (as quais geram, com a utilização das ferramentas apropriadas nos terrenos correspondentes, alimentos) e a utilização das matérias primas virou a alimentação dos membros da sua Familia.
Os alimentos são uma mistura de dinheiro e matérias primas e o sistema de posicionamento não mudou em nada.
Em resumo, para aqueles que gostam de Funkenschlag, este novo jogo e sucesso garantido.

Chegando no brasil eu tento publicar mais alguma coisa...

21 de out. de 2011

Essen, segundo dia

Embora o segundo dia da feira de Jogos de Essen não tenha sido tão corrido como o primeiro dia para mim, isto não quer dizer que tenha sido menos cansativo... Assim que terminar este post eu caio na cama e só acordo para voltar para lá amanhã de manhã... Huahuahuahua...
Hoje eu aproveitei mais para dar uma volta e reencontrar uma serie de pessoas que sempre estão por aqui, assim como testar uma serie de jogos, incluindo alguns que eu já havia comprado ontem.
Exatamente este foi o caso de Ankh-Morpork, um jogo de Martin Wallace (o mesmo do adorado/odiado Age of Steam) baseado no universo Discworld, criado pelo escritor inglês Terry Pratchett. Lord Vertinari, o comandante supremo da cidade, simplesmente desapareceu e diversas pessoas vêem nesse desaparecimento a oportunidade de assumir o controle da cidade. Você é uma destas pessoas...
Cada jogador recebe, aleatoriamente, um personagem com uma condição de vitória especifica. Na sua vez, cada jogador simplesmente usa uma de suas cartas de mão a completa novamente para 5 cartas. Cada carta representa um personagem conhecido do universo de Pratchett e possibilita diversos tipos de ações, como comprar mais cartas, ganhar dinheiro, colocar ajudantes no tabuleiro ou mesmo assassinar os ajudados dos oponentes.
No final das contas, partindo de que é um jogo de Martin Wallace, ele é bem simples e gostoso de ser jogado, bem diferente de diversos outros jogos tensos deste autor. A única coisa na qual o jogo realmente peca é que, embora a adaptação esteja lá e seja perceptível, poderia ter sido mais bem feita, talvez com citações clássicas dos personagens ou outra coisa do gênero. De qualquer modo, as ações que cada carta permite ao jogador são realmente a cada dos personagens nos livros. Resultado geral: para quem nunca leu Pratchett, um jogo interessante, para quem leu, um jogo interessante com algo a mais.

Outro jogo que se encaixa na categoria de já comprado foi Coney Island, do Michael Schacht (que agora tem o Coloretto publicado no Brasil pela Grow). Neste jogo os participantes são irmãos, filhos de um dono de diversos parques de diversão que quer testar se os filhos estão prontos a assumir os negócios da família. Um terreno está a disposição para os jogadores fazerem o melhor que conseguirem.
A cada jogada, cada jogador recebe pontos, dinheiro e matérias primas, as quais devem ser utilizadas de forma a colocar suas atracões pessoais no parque e, posteriormente, construir atracões maiores nos lugares ocupados por você e pelos demais jogadores.
Coney Island é o tipo de jogo extremamente difícil de descrever, mas fácil de ser mostrado. Como infelizmente ainda não tenho um vlog, acho que vou deixar com o fato que de este jogo não tem nada de excepcional, mas o tema agrada e a simplicidade faz dele um excelente family game para aqueles que gostam de um desafio a mais.

Fora estes, ainda testei vários outros, mas vou fazer apenas um rápido comentário de alguns:
- The Blue Lion: jogo de cartas bem pequeno que mistura memória e estratégia... Interessante (para 2)
- Hattari: jogo de dedução que, para mim, parece ter sido mal acabado...
- Arcanum: a idéia de colocar um baralho de taro como método de jogo é original... Pena que o jogo não ficou legal...
- PAX: após toda a propaganda, o jogo me decepcionou bastante...
- Montana: tile placement baseado em poker. Não é meu estilo.

Amanhã eu volto comentando o que mais eu achei de interessante...

20 de out. de 2011

Essen e cansaço

Exaustivo... Esta é a melhor palavra para descrever o primeiro dia da maior feira de jogos de tabuleiro do mundo.
Nem cheguei a jogar tanto, mas sim, ir atras dos itens promocionais e autógrafos de uma serie de empresas. Não chegou a dar tempo de ver a feira inteira, o que é bom quando comparado com a feira do ano passado, a qual eu consegui visitar completamente no primeiro dia (sinal de que ela estava fraca).
De qualquer modo, alguma coisa eu consegui testar e, graças a minhas primeiras impressões, foi um dia de pseudo economia, pois deixei de colocar muita coisa na mala...
É o caso de Nefarious, de Donald X. Vaccarino, o inventor do deck building (Dominion). O jogo de cartas até que tem uma arte retro bem bonitinha, mas pelo preço e a jogabilidade, acabei deixando para trás. Nele os jogadores são cientistas malucos que querem construir as melhoras invenções malignas. Para tal fim, eles podem escolher entre quatro opções de ações: investimento (colocar minions que trazem dinheiro para o jogador), inventar (baixar uma nova invenção, pagando seu preço ao banco), pesquisar (receber pouco dinheiro e compra uma nova carta de invenção) e trabalhar (receber mais dinheiro, mas somente dinheiro). Uma invenção baixada também tem alguns efeitos tanto em você quanto nos oponentes (como ganhar mais cartas ou dinheiro) e a idéia é você conseguir administrar as invenções de sua mão e conseguir o dinheiro necessário para construí-las. Soa interessante, mas a mecânica é muito simples e acabei deixando.
Isto já não é o caso do outro jogo do mesmo autor na feira: Kingdom Builder. Nele os jogadores administram a colocação de colônias em um mapa composto de diversos tipos de terrenos. A cada nova jogada o jogador abre uma carta que mostra em que tipo de terreno você pode construir e a sua jogada é colocar as casas, conforme algumas regras de posicionamento, nas melhores situações possíveis, as quais variam a cada novo jogo, dependendo das regras de pontuação de cada partida (que variam de acordo com cartas abertas antes do inicio da partida). O jogo tem o fator sorte, mas justamente um posicionamento tático serve para minimizar a sorte e levar a um bom resultado. Falando em resultado, este já esta na minha mala.
Voltando à feira, estou gostando dela este ano. Vários rostos conhecidos e algumas surpresas, como a edição deluxe de Ankh-Morpork, de Martin Wallace, baseada nos livros de sucesso de Terry Pratchett, estar disponível para a venda aqui em Essen, uma maravilha nova baseada no Catan para 7 Wonders e os autógrafos personalizados de Pierô e Bauza no meu Ghost Stories e de Pierô e Marie no Dixit Odyssey.
Apenas de forma rápida, ainda testei o seguinte:
- TSCHAK!: mecânica ruim... Decepção total
- Tuareg: a Adlung já teve anos melhores, para dizer o mínimo...
- Space Maze: Estranho... Talvez com o grupo certo de pessoas umas querendo estragar a vida da outra...
- Quarriors!: muita sorte e pouca tática... Not for me...

Amanhã vou tentar jogar mais e, a menos que esteja caindo de sono, escrevo como foi...

19 de out. de 2011

Preparação

Pará aqueles que não sabem, ganhei a liberação da direção de finanças domésticas e pude mais uma vês viajar para a Spielmesse Essen, a maior feira de jogos de tabuleiro do mundo, que ocorre anualmente aqui na Alemanha.
Só para se ter uma idéia do tamanho que ela tem, imaginem que temos alguma coisa entre 740 e 800 jogos de tabuleiro sendo lançados nela este ano (isto só contando os lançamentos oficiais, sem levar em consideração uma porção de empresas menores que acabam lançando jogos caseiros e nem contam neste numero).
E além de poder testar muitos jogos, aqui você ainda consegue encontrar com os autores e ilustradores de seus jogos favoritos.
Nas últimas semanas estava com boa parte do meu tempo livre me preparando para a feira e tudo o que quero testar e comprar por aqui, e mesmo agora que já cheguei, a preparação não termina: comprar o bilhete antecipado para não ter que enfrentar filas, verificar o caminho da pensão onde estou para a feira (o que foi uma ótima idéia, pois descobri que tem uma rua fechada e vou ter que fazer um caminho alternativo) e ainda tem a lista de stands que quero conferir no primeiro dia (muitos para garantir giveaways e horários de autógrafos).
Amanhã eu posto o que aconteceu por lá...

Location:Grüne Harfe,Essen,Deutschland

15 de out. de 2011

A Batalha

Bem a tempo de não precisar levar este livro comigo para minha viagem semana que vem, acabei de ler A Batalha, quarto livro da série As Aventuras do Caça-Feitiço de Joseph Delaney, publicado no Brasil em uma bela edição pela Bertrand, uma editora do Grupo Record.
Neste livro Tom Ward e seu mestre, o Caça-Feitiço, terão de viajar às pressas para Pendle, não apenas para cumprir os deveres de caça-feitiço, tentando livrar o local de feiticeiras malignas, mas desta vez, também por um motivo pessoal para o próprio Tom: sua família foi sequestrada pelas feiticeiras, juntamente com 3 baús que sua mãe lhe deixara e que, supostamente, contém alguma coisa que pode significar o fim dos clãs de bruxas do local.
Como se tudo isto não bastasse, os três clãs de feiticeiras do local parecem ter se reunido para realizarem um ritual e trazerem o próprio diabo novamente para a terra.
Juntamente com Alice e o padre Stokes, Tom e o Caça-feitiço terão de enfrentar todo tipo de problemas e surpresas neste empolgante livro que mantém o leitor querendo continuar de uma vez até o fim.

6 de out. de 2011

Ghost Stories

Na onda de jogos da Repos e de jogos cooperativos (minha esposa adorou este tipo de jogo), apresentei para alguns amigos Ghost Stories, um jogo de 2008, desenvolvido por Antoine Bauza, o mesmo responsável pelo grande sucesso deste ano, 7 Wonders, com uma arte fantástica de Pierô, o mesmo ilustrador de grandes jogos como Yggdrasil, Mr. Jack e o novo Dixit Odyssey.
Wu-Feng, o senhor de todos os infernos, acaba de descobrir onde suas cinzas estão enterradas e, para azar dos jogadores, elas se encontram na nossa vila. Agora Wu-Feng envia todas as suas hordas de demônios para a vila e cabe as jogadores, encarnando monges taoistas, enfrentar todos para, ao final, enfrentar a reencarnação de Wu-Feng (se você começou a lembrar dos Aventureiros do Bairro Proibido, não se espante, só significa que você é nerd... Aliás, uma das possíveis encarnações de Wu-Feng realmente lembra muito o bandido daquele filme... huahuahuahuahua).
Em Ghost Stories os jogadores jogam cooperativamente, contra as regras do tabuleiro, formado por nove moradores locais, cada um com uma habilidade especial, que pode ser utilizada pelos jogadores. Adicionalmente, cada jogador possui um pequeno tabuleiro colocado na fronteira da cidade, o qual mostra os demônios que chegam para atacar a cidade.
Cada demonio possui uma cor e uma força, a qual deve ser vencida pelos monges através da rolagem de dados especiais. Mas cada demônio também possui poderes especiais que tornam a vida dos jogadores muito difícil, como trazer mais demônios para o jogo ou tirar pontos de vida ou habilidades.
O jogo aparenta ser extremamente difícil, principalmente nas primeiras partidas, mas apos alguns jogos com o mesmo time, o jogo torna-se menos difícil (veja que não falei mais fácil) e as possibilidades de vitoria dos jogadores permanece.
Alem disto, o jogo pode ser jogado em diversos graus de dificuldade, o que torna o desafio, mesmo para jogadores experientes, constante. E para aqueles que gostam de solitária, o jogo ainda permite o jogo com um único jogador.
Como se isto tudo já não fosse suficiente para deixar o jogo valendo muito a pena, as miniaturas dos fantasmas são muito bem feitas e, mesmo a dos monges, também são bem legais. Se viessem pintadas... hehehehehehe...

5 de out. de 2011

Nota de falecimento

Agora a noite faleceu Steve Jobs, o gênio por trás da Apple. Aos 56 anos, Steve já havia deixado o comando da Apple devido ao seu estado de saúde debilitado por um câncer de pâncreas. Visionário, ele não apenas percebeu que o mouse seria o futuro, mas também criou o sistema operacional gráfico (que foi base para a Micro$oft desenvolver o Rwindows), percebeu que design vende computadores e previu que os CDs tinham os dias contados.
Em seu site principal, a Apple colocou a seguinte nota:
Steve Jobs 1955-2011 Apple has lost a visionary and creative genius, and the world has lost an amazing human being. Those of us who have been fortunate enough to know and work with Steve have lost a dear friend and an inspiring mentor. Steve leaves behind a company that only he could have build, and his spirit will forever be the foundation of Apple.
Agora precisamos esperar para ver, e eu espero que sim, se a Apple sobreviverá após Jobs.

20 novos filmes na TV

Mesmo trabalhando um monte neste último mês, eu consegui arranjar algum tempo para jogar e ver filmes e, como já se passaram 20, lá vão minhas pequenas resenhas:

» Rope: Neste clássico de Hitchcock, dois estudantes resolvem assassinar um amigo e dar uma festa com o corpo ainda esfriando dentro do aparador do apartamento para outros colegas e amigos do morto. O que eles não contavam era com um professor muito perspicaz que percebe que algo não está certo. Excelente filme...
» Planet Hulk: O Hulk foi considerado muito perigoso para o planeta Terra e é colocado pelos outros super-heróis em uma nave em direção a um planeta distante para ser exilado. O que ninguém sabia é que a nave onde ele se encontra cai no lugar errado e o Hulk é feito gladiador de um planeta de escravos. Uma boa animação com a participação especial do Bill Raio Beta.
» Hot Tub Time Machine: Um grupo de amigos, após o fracassado suicídio de um deles, resolve retornar para uma estação de esqui onde todos se deram bem na juventude, mas atualmente o local está caindo aos pedaços. Uma vez lá eles acabam voltando no tempo e tendo a chance de mudar muita coisa no passado deles. Filminho nada a ver...
» Jonah Hex: Rex é um ex soldado confederado que, após ter matado o filho de seu comandante, tem sua família brutalmente assassinada e seu rosto desfigurado. Agora Rex é um caçador de recompensas caçado pelo governo e também pelos bandidos. Filme bem interessante, baseado em um quadrinho da DC com mesmo nome.
» Chi bi: Neste filme a batalha dos 3 reinos, na china do século III, é retratada, mostrando as táticas e artimanhas utilizadas para garantir a vitória. Excelente filme, para quem gosta do gênero.
» The Spy Next Door: Jackie Chan é um agente secreto que quer se aposentar para poder namorar sua vizinha, mas ele tem um problema com os 3 filhos dela, que não dão folga. Para piorar, um agente duplo quer matar ele, mesmo fora da ativa. Engraçadinho, mas nada especial.
» Chitty Chitty Bang Bang: Dick van Dyke é um inventor maluco que, para agradar seus filhos, reforma uma lata velha e, durante um passeio na praia, começa a contar as mais fantásticas histórias para eles. Musical bem legal, para quem gosta de musicais... hehehehehe...
» Scott Pilgrim vs. the World: Scott é o baixista de uma banda caseira de Montreal que encontra a mulher de sua vida mas, para poder ficar com ela, ele terá de enfrentar seus 7 ex-namorados do mal. Hilária combinação de quadrinhos, filme, video-game e referências musicais... excelente...
» Män som hatar kvinnor: Após uma acusação falsa, um repórter que terá que se afastar um pouco da imprensa, acaba conseguindo um trabalho de detetive, investigando um desaparecimento ocorrido a mais de 20 anos. Junto com uma hacker de computador eles irão fundo para descobrir a verdade.
» Flickan som lekte med elden: No segundo episódio da trilogia Millenium a história é muito mais centrada na hacker Lisbeth que, além de ter que limpar seu nome de uma acusação de assassinato, ainda investiga um grupo de traficantes de sexo.
» Hudson Hawk: Excelente filme pouco conhecido de Bruce Willis, no qual um excelente ladrão que acaba de sair da prisão se vê obrigado a por seus talentos novamente em prática roubando diversas obras de Leonardo daVinci. Comédia de ação muito boa e com uma trilha sonora excepcional.
» The Wrestler: Um ex participante de luta livre vive de seus dias de glória mas, ao descobrir que possui um grave problema no coração, tenta desesperadamente fazer as pazes com sua filha e finalmente virar a página, abandonando os rings. O filme me decepcionou bastante...
» The Messenger: Após retornar do Afeganistão, soldado acaba sendo designado para o grupo responsável por dar a notícia da morte de soldados às suas respectivas famílias Filme pesado, mas interessante.
» 300: Excelente adaptacao da história em quadrinhos de Frank Miller pelo mesmo diretor de Watchmen, Zack Snyder. Simplesmente impressionante e ninguém pode deixar de assistir.
» Harry Brown: Após a morte de um amigo por um grupo de drogados e vândalos, ex soldado aposentado decide vingar a morte do colega e, no melhor estilo desejo de matar, põe seu bairro de pernas para o ar. Outro filme pesado, mas bom e com uma excelente atuação de Michael Caine.
» The Wiz: Péssima adaptação do Mágico de Oz feita pela Mowtown somente com negros... Nem as músicas são muito boas, nem as atuações salvam o filme... faça um favor a você mesmo e nunca assista...
» Tekken: no futuro o mundo é governado por diversas corporações que, anualmente, colocam lutadores em um campeonato de vida ou morte. Mas agora um membro do gueto consegue uma vaga no campeonato e está preparado para ganhar. Filme de ação mais ou menos...
» Green Zone: a história "verdadeira" de um soldado que tenta descobrir a verdade sobre as supostas armas de destruição em massa que justificaram a invasão do Iraque mas que, na verdade, nunca existiram. Com certeza merece ser assistido.
» The Usual Suspects: um grupo de bandidos se conhece durante uma prisão e, juntos, são "obrigados" a participar de um grande golpe. O que nenhum deles imagina é que a verdade por trás do que está acontecendo é muito mais complicada e cheia de mistério.
» The Tournament: Uma vez a cada 7 anos é realizado um torneio com os melhores assassinos do mundo. Ganha aquele que sobreviver. O problema é que neste ano um padre acaba se envolvendo sem querer no meio da matança. Se você gosta de aventura é um prato cheio.

Eu vou ficando por aqui... espero que vocês tenham gostado...