20 de abr. de 2011

O Livro Verde

Acabei de ler O Livro Verde, de Elizabeth Rogers e Thomas M. Kostigen, publicado no Brasi pela Sextante.
Na verdade eu ganhei este livro da Volkswagen, em uma de sua iniciativas de sustentabilidade, e ele acabou entrando na pilha para ler e ficou lá por um bom tempo.
O livro é bem interessante no sentido de que ele não é dogmático, repetindo o lugar comum dos conhecidos "eco-chatos": pare de usar carro, pare de comer carne etc. Os autores tentam mostrar como coisas simples, como escolher produtos recicláveis e usar menos clips de papel é importante para garantir um futuro sustentável e melhor para as gerações futuras.
Infelizmente nem tudo no livro é bom. O texto original mostra uma série de dados e estatísticas do mercado americano, sabidamente um dos mais insustentáveis mercados mundiais, e estas estatísticas não foram vertidas para o Brasil. Um exemplo crasso é quando eles falam da matriz energética americana, bastante baseada em carvão. Este é um exemplo claro que não se aplica no Brasil, já que a nossa é uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo. Além disto exemplo como a distância entre Miami e Hawai não diz muito para um brasileiro que não conheça o mapa dos EUA.
Fora isto, os autores também são bem repetitivos, mostrando o mesmo exemplo várias e várias vezes ao longo do livro, apenas escrevendo o mesmo de uma forma diferente ou citando um outro exemplo ou paralelo.
A despeito disto, o livro é bem interessante e vale a pena ser lido rapidamente.

18 de abr. de 2011

Médico Genérico

Aproveitando que recebemos alta ontem, lá vai um comentário sobre os médicos: o Conselho Federal de Medicina baixou uma regra que tenta proibir os médicos de recomendarem uma ou outra marca de qualquer coisa que seja, baseando-se na alegação de que muitos médicos estavam recebendo "incentivos" destas marcas. Segundo a regra, os médicos podem apenas recomendar as especificações, mas nunca chegar a especificar uma marca.
Baseado nisto, recebi este texto que mostra como realmente as coisas estão involuindo com regras como esta:

- Olá, Sra. Gertrudes! Sente-se, por favor.
- O Senhor viu, doutor? O Conselho Federal de Medicina disse que os médicos não podem mais determinar a marca das próteses que implantam, só as especificações.
- Vi sim, Sra. Gertrudes. Devemos dizer o modelo, o material de que é feita, as características técnicas, mas não podemos sugerir uma marca.
- Até que enfim, não é, doutor... Ouvi dizer que havia médicos recebendo dinheiro, por fora, dos fabricantes, para indicar uma marca de prótese. Que absurdo!
- É, Sra. Gertrudes, os médicos não devem fazer isso, não é?
- É, não devem. Ninguém deve fazer isso...
- Bem, aí é mais difícil afirmar, Sra. Gertrudes. Mecânicos de automóveis obtêm lucro nas peças que trocam, arquitetos têm percentagem sobre os acabamentos que indicam, gerentes de banco têm porcentagem sobre o seguro que vendem, maitres de restaurantes têm dez por cento sobre os vinhos que recomendam, vendedores de todos os ramos têm comissão sobre o que sugerem que compremos. Na verdade, a maioria das pessoas que lhe sugerem algo neste mundo, está ganhando alguma coisa. Mas os médicos, definitivamente não devem fazer isso.
- Por que será que alguns fazem?
- Não sei... Mas posso imaginar. Talvez tenham se cansado de ver os planos de saúde pagando 20.000 reais por uma prótese, e só 400 para o médico que a implanta.
- Mas isso não justifica, doutor. Afinal, os fabricantes de prótese são empresários, e os médicos são profissionais dedicados exclusivamente à saúde de seus pacientes.
- É, não justifica, Sra. Gertrudes. De fato, não. Mas é preciso separar as coisas: uma coisa é indicar uma marca porque ela paga percentagem, outra é o médico indicar porque acha que aquela marca é a melhor para seu paciente, sem receber nada por isso.
- Sabe, doutor, eu sempre detestei esse negócio de marca. É pagar por uma etiqueta...
- Bem, Sra. Gertrudes, marcas existem desde os primórdios da humanidade. Desde o primeiro ser humano que comprou ovos numa feira, existiu o fator confiança no vendedor. Marcas são, basicamente, uma relação de confiança. Escolhemos marcas em eletrodomésticos, em automóveis, em empresas de telefonia, em roupas, em quase tudo. Porque a marca pressupõe uma história, e serve como um indicio de que aquilo que estamos comprando foi feito por alguém, ou por uma empresa, que construiu seu nome ao longo de muito tempo, com bons serviços prestados. Claro que isso não é absoluto, pode-se comprar uma porcaria de uma marca conhecida, mas isso faz deteriorar a marca com o tempo. De qualquer forma, o conceito de marca está presente nas relações comerciais desde que a civilização começou.
- Pois eu não uso esse conceito. Quando vou à feira, escolho as bananas que me parecem melhores. Se não estiverem boas, na próxima vez compro de outro. Não me interessa a marca.
- Claro que sim. Mas a senhora compra bananas todas as semanas, e consegue distinguí -las pelo aspecto. Entretanto, só comprará¡ uma prótese implantável uma ou poucas vezes na vida. Como vai ter experiência para distinguí-las, ainda mais considerando que não entende nada disso?
- Vou confiar no meu médico. Ele deve implantar essas próteses com frequência, e deve saber qual é a melhor...
- Sim. Mas ele também usa a marca como guia para essa escolha. Afinal, ele trabalha com coisas que não podem falhar. Ninguém salta de paraquedas sem saber quem o fabricou, quem dobrou, não é? O paraquedas pode estar lindo e branquinho, mas é bom saber quantos, daquela mesma marca, já deixaram de abrir alguma vez.
- É, doutor. Mas, assim mesmo, acho que os médicos deveriam esquecer para sempre esse negócio de marcas. Deveriam se ater às características básicas do produto, dados técnicos apenas.
- Isso nunca vai ser possível, Sra. Gertrudes.
- Por quê?
- Porque o médico, em si, também é uma marca.
- Como assim?
- Quando a senhora precisa escolher um médico, se informa sobre ele. Procura saber de pessoas que já tenham sido tratadas por ele, pergunta a outros médicos sobre a reputação profissional, investiga sobre a experiência pregressa que ele tem no assunto, etc. O próprio nome do médico é, em última análise, uma marca.
- Isso é verdade. Mas, doutor, nós sempre poderemos escolher os nossos médicos, não é?
- Não. Do jeito que as coisas vão, a senhora deverá¡, em breve, especificar apenas os dados técnicos do médico que quer. Por exemplo: oftalmologista, que tenha consultório na zona sul, que atenda no período da manhã, que não atrase mais que 20 minutos e com mais de 5 anos de prática. O plano de saúde é quem dirá o nome do médico a quem a senhora deve confiar sua saúde. O nome não pode ser escolhido, porque é, em última instância, uma escolha de marca.
- Nossa, eu não gosto disso!
- Vá se acostumando. Será a época do médico genérico

15 de abr. de 2011

Letícia

Hoje às 20:18 nasceu minha filha, Letícia, pesando 2960g e com APGAR 9-10, ou seja, tudo ótimo...
Agora vou precisas começar a parecer um pai responsável... Hehehehehe...


12 de abr. de 2011

20 Filmes na TV

O tempo passa e lá se vão mais 20 filmes que eu assisti na TV e, como meus leitores assíduos bem sabem, isto significa um pequeno comentário de cada um deles:

» The Matrix: Neo, um hacker, acaba descobrindo que estamos todos dentro de uma simulação computadorizada em um mundo futurístico e pós-apocalíptico comandado por máquinas inteligentes e, junto com um grupo de rebeldes, eles tentam derrotas estas máquinas e libertar os humanos. Um filme que marcou uma virada na indústria cinematográfica. Pena que os irmãos Wachowski estragaram a história nas suas duas sequências.
» Australia: Nicole Kidman é uma aristocrata inglesa que  viaja para a Austrália no período pré Segunda Guerra para tomar conta da fazenda de gado do marido, que ela descobre ter sido supostamente assassinado por um aborígene. Lá ela encontra um tocador de gado que irá lhe ajudar muito mais do que ela imagina. Um filme muito bom mesmo.
» The Ringer: Um rapaz tem que pagar para um imigrante sem seguro saúde uma operação muito cara e a única forma de conseguir o dinheiro é se fingir de retardado e competir nas para-olimpíadas. O problema é que ele acaba se apaixonando por uma das coordenadoras do evento. Comédia romântica bem fraquinha, mas na falta de coisa melhor...
» The Guardian: Kevin Costner é um veterano nadador de salvamentos da guarda costeira que, após a morte de seu companheiro, se vê forçado a abandonar o campo e ir dar aulas na academia da guarda costeira. Lá ele encontra um novo recruta que promete ser melhor até do que ele já foi um dia. Um excelente filme, infelizmente com um final previsível, embora muito bom!
» The Rebound: Uma mulher de meia idade acaba de se separar e vai morar com seus dois filhos em um apartamente acima de uma pequena lanchonete onde trabalha um jovem rapaz. Ele começa a ser baby sitter para os dois pequenos mas, com o tempo, acaba se envolvendo com a mãe. Comédia / Drama romântico interessante, mas não imperdível.
» From Paris with Love: Um jovem funcionário da embaixada americana em Paris tentando subir na carreira acaba se vendo envolvido com um agente secreto americano e, juntos, eles rodam por toda Paris para tentar evitar um ataque terrorista. Um filme  de ação completamente impossível, mas bem bacana de ser visto.
» Duplicity: Um ex-agente do FBI e uma ex-agente da CIA agora trabalham na iniciativa privada em duas empresas concorrentes que apostam pesado em espionagem industrial. O que ninguém sabe é que cada um dos dois tem seus próprios objetivos. Excelente comédia no melhor estilo Ocean's Eleven.
» Odysseus & the Isle of Mists: Filme para TV que conta a história de Odisseu e sua aventura na ilha da neblina, onde ele deve enfrentar criaturas fantásticas para poder sobreviver. Falando sério, um filme mais do que medíocre... pule sem dó...
» Legion: Deus, cansado de sua criação, resolve acabar com tudo e destruir a humanidade. Mas uma ultima esperança para nós reside em um bebê ainda não nascido e um anjo desgarrado vai contra seu pai para defender este criança. Filme estranho... ainda não consegui formar uma opinião sobre ele... é bem feito, tem uma história interessante, mas... hehehehehe...
» Antitrust: Jovem gênio da computação é contratado por uma empresa de software acusada diversas vezes de monopólio. O problema é que, uma vez dentro da empresa, ele começa a notar coisas estranhas na organização, que o levam a conclusões espantosas sobre seus contratantes.
» Gandhi: Clássico de 1982 que conta a história real de Gandhi, um indiano formado em advocacia em Londres que, uma vez de volta a India, luta de uma forma pacífica mas desesperada pela independência do país por anos a fio. Contando com uma atuação excepcional de Ben Kingsley, que lhe rendeu um Oscar, o filme faz parta da lista "deve ser visto"!
» Valentine's Day: No melhor estilo Love Actually, esta comédia romântica traz a história de diversas pessoas sem aparentemente nada em comum ao longo de um dia dos namorados. Ao longo da história vamos cada vez mais descobrindo que tudo está conectado e o amor está no ar. Eu gostei.
» Date Night: Um casal tem uma vida completamente rotineira até que, uma noite, eles decidem ir a um restaurante diferente. Chegando lá eles descobrem que o restaurante está cheio, mas acabam se passando por um outro casal para conseguir uma mesa. O problema é que agora um grupo de mafiosos está atras deles e eles vão ter que passar por situações hilárias para poderem sobreviver a esta noite. Comédia bem interessante com Steve Carell e Tina Fey.
» Vanilla Sky: Um jovem editor de sucesso vê sua vida saindo dos eixos após um terrível acidente de carro com sua ex-namorada. Agora ele encontra-se na cadeia, acusado de assassinar uma mulher que ele amava, sendo avaliado por um psicólogo e tentando descobrir o que é real e o que não é em sua vida. Um filme surpreendente com um final mais surpreendente ainda. Vale a pena ver e rever...
» It's Complicated: Casal divorciado a anos se vê junto novamente após o formatura de um de seus filhos. O complicado é que ela está quase namorando de novo e ele é casado novamente com outra mulher, levando a situações impagavelmente engraçadas. Muito bom...
» The Wolfman: Jovem rapaz retorna para casa após anos afastado para investigar a morte brutal de seu irmão. O que ele não imaginava é que os segredos que estão escondidos na sua vila natal são muito mais aterrorizantes do que qualquer um poderia imaginar. Vale a pena...
» Forever Young: Após a morte de sua noiva, um piloto de testes se voluntaria para testar uma câmara criogênica em plena década de 40. Mas o que era para durar meses, acaba sendo esquecido e ele é acordado 50 anos depois e se vê em um mundo diferente... Bem interessante, embora antigo...
» Burn After Reading: Um ex agente da CIA está escrevendo suas memórias que, por acaso, acabam sendo confundidas com documentos secretos por dois civis que querem ganhar algum dinheiro com isto. Ruim, ruim e ruim... deveria se chamar "Queime antes de ver"...
» Did You Hear About the Morgans?: Casal em New York em processo de divórcio acaba sendo testemunha de um assassinato e tem de se mudar para uma cidadezinha do interior pelo programa de proteção a testemunha. Lá eles voltam a descobrir o amor. Comédia romântica muito boa com Hugh Grant.
» Okuribito: Ganhador do oscar de melhor filme em lingua estrangeira, conta a história de um rapaz que acaba perdendo o emprego e tem que se virar como preparador de mortos para a cerimônia da partina em uma cidade do interior. Simplesmente fantástico. História, música, enredo... Tudo encaixa e torna o filme realmente fabuloso.

Por enquanto é só... até os próximos 20 filmes...

8 de abr. de 2011

O Oitavo Passageiro

Acabei de ler O Oitavo Passageiro, de Alan Dean Foster. Para aqueles que gostam de filmes clássicos, o título deste livro já diz tudo sobre ele: esta é a adaptação para livro do filme Alien, de 1979.
Na verdade eu tive que pesquisar um pouco para ter certeza do que é que veio primeiro, livro ou filme, mas no final o filme ganhou.
Para aqueles que não assistiram o filme, o livro conta a história da tripulação do Nostromo, uma nave cargueira tripulada por 7 pessoas que, a anos luz da terra, acabam interceptando um sinal alienígena desconhecido. Eles acabam pousando em um pequeno planetóide para desvendar o sinal, quando um dos membros da tripulação é atacado e agora todos dentro da Nostromo correm perigo.
O livro é uma adaptação fiel do filme, cheia de detalhes bem interessante que sempre ficam difíceis de passar em um filme.
A única pena é que a tradução, embora o livro tenha sido editado no Brasil, parece ter sido feita para Portugal (veja bem, eles estão em um Navio Espacial a procurar um sítio para pousarem...).
De qualquer modo, um excelente livro (assim como o primeiro filme).

7 de abr. de 2011

Der Große Dalmuti (The Great Dalmuti)

É curioso como a gente esquece de coisas básicas. Eu, por exemplo, após ter resolvido comentar sobre jogos de tabuleiro no meu blog, acabei deixando passar um dos que eu mais jogo grupo aqui em Curitiba (e mesmo antes de vir para Curitiba): Der Große Dalmuti.
Ele é um jogo de vaza e, como eu acho que é a primeira vez que eu comento um jogo de vaza, acredito que possa me demorar um pouco mais explicando o que diabos é isto.

Jogo de vaza é um termo genérico para uma grande família de jogos de carta baseados nas chamadas “vazas”.
Uma vaza é composta por jogadas onde cada jogador baixa uma composição de cartas de “valor” maior, conforme a regra específica do jogo em questão, do que a jogada anterior. Usualmente existem dois critérios para que uma vaza termine e outra possa ser iniciada: cada jogador é obrigado a fazer uma única jogada ou cada jogador pode fazer quantas jogadas quiser. No primeiro critério cada jogador tem uma única oportunidade de ganhar a vaza. Se, por exemplo, existem 4 jogadores, então a vaza terá apenas 4 composições de cartas. No segundo caso, normalmente o jogador pode jogar sempre que for sua vez e a vaza acaba apenas quando nenhum jogador quiser (ou puder) jogar mais.
Independente do critério de final, imediatamente é iniciada uma nova vaza. As cartas jogadas anteriormente são descartadas e, geralmente, o jogador que ganhou a última vaza inicia a nova. Isto é repetido até o critério de final de jogo.
Um exemplo de jogo de vaza bastanten conhecido no Brasil é o truco. Neste jogo uma vaza é composta de 4 cartas, uma de cada jogador, e ganha o jogador que baixou a carta mais alta (segundo o critério do jogo). O jogador que ganha começa a nova vaza baixando uma nova carta, seguido pelos demais jogadores e assim por diante.
Existem diversas variações (ganha a vaza quem jogar a melhor carta, jogadores não podem passar, quem ganha a vaza escolhe quem começa a próxima etc.), mas independente da variação, todos os jogos de vaza tem a mesma estrutura básica de jogo.
Bom, espero que tenha sido claro para o público leigo com esta explicação, pois provavelmente irei utilizá-la no futuro como referência a outros jogos de vaza que eu comente. Se algo não ficou claro, por favor, me informem.

Uma vez que o termo jogos de vaza ficou claro, vamos voltar ao jogo própriamente dito. Dalmuti é um jogo composto de 12 cartas com valor 12, 11 com valor 11, 10 com valor 10 e assim por diante até 1 única com valor 1, as quais são distribuídas por completo entre os jogadores. O Dalmuti (que pode ser escolhido de diversas formas) abre a primeira vaza baixando uma quantidade qualquer de cartas de mesmo valor (por exemplo, 5 cartas com valor 11). Os demais jogadores devem, segundo a ordem do jogo, baixarem a mesma quantidade de cartas (no exemplo, 5), mas com valor menor do que a jogada anterior (por exemplo, 5 cartas 8) ou podem passar (mesmo que possuam um jogo válido, por motivos estratégicos). Ganha a vaza e, consequentemente inicia a próxima, o jogador que baixou por último uma jogada que não pode ser superada.
É interessante notar que começa a existir um limite matemático de jogo, pois, se estamos jogando 5 cartas de determinado valor, o valor mínimo possível para termos 5 cartas é o próprio 5, e é difícil que todos estejam numa mesma mão, principalmente em um jogo completo com 8 jogadores.
O objetivo do jogo é bem simples: se livrar de todas as suas cartas.
O jogo é interessante, mas não seria nada fora do comum se não fosse o subtítulo dele (Das Leben ist Unfair – A Vida Não É Justa), que leva a várias regras interessantíssimas...
A primeira delas é que não apenas o Dalmuti é importante, mas também a colocação dos jogadores após cada partida. Uma vez que uma partida acaba, o jogador que ganha torna-se Dalmuti na nova partida e pode escolher em qual posição da mesa ele quer sentar-se. Uma vez que ele o faça, todos os demais jogadores devem sentar-se, de acordo com a ordem de término da partida anterior, após o Dalmuti. Isto faz com que a cada partida existe uma nova distribuição das posições na mesa.
Além disto, o jogador que ficou na última colocação na partida anterior torna-se o “peão” da nova partida e joga em pé após o último jogador. O peão também é responsável por embaralhar e distribuir as cartas, recolher as cartas de vazas terminadas e servir refrigerantes e salgadinhos aos demais jogadores. E como se isto já não fosse bastante ruim, ele também tem que entregar as duas cartas de valor mais baixo que vierem em sua mão para o Dalmuti e, em troca, o Dalmuti lhe dará duas cartas que não sirvam no jogo deste.
Com isto o jogo torna-se muito engraçado, geralmente com todos estorvando o pobre peão, cujas chances de “subir” na vida não são lá muito grandes.
Enfim, um jogo bem divertido e simples o suficiente para ser aprendido em 10 minutos e jogador diversas vezes seguidas.
Ah, e antes que eu me esqueça, uma última curiosidade: o jogo é de Richard Garfield que, para aqueles que não conhecem, é o inventor de Magic: The Gathering, um jogo de cartas colecionáveis que praticamente é o carro chefe da Wizards of the Coast.