31 de jul. de 2011

Artus

Ontem foi dia de experimentar o último lançamento da Alea: Artus, da dupla Michael Kiesling e Wolfgang Kramer (já bem conhecidos no mundo dos jogos por outras publicações como Asara, que já comentei antes, Cavum ou Maharaja).
Cada jogador possui alguns cavaleiros que se movem ao redor da távola (sempre em sentido horário) através de cartas de movimento. A Távola, por sua vez, possui cerca de 35% de suas cadeiras em uma região verde (que lhe dá pontos), cerca de 15% em uma região amarela (que não dá nem retira pontos) e cerca de 50% em vermelho (no qual você perde pontos). Os pontos são contabilizados assim que um cavaleiro se levanta (o peão é movido) e o jogador que o moveu recebe imediatamente a quantidade de pontos do local onde se levantou (não onde sentou). Se o cavaleiro que se move vai para uma cadeira ocupada, o ocupante da mesma é expulso e empurrado, no sentido inverso, para o primeiro lugar vago disponível.
O interessante é que a mesa acompanha o Rei, ou seja, se o Rei se move, a mesa gira com ele, mudando a posição de todos os jogadores em relação às pontuações.
Além do próprio movimento do Rei, existem sempre mais 3 príncipes que, com cartas de ação dos jogadores, podem assumir o trono, alterando drasticamente o posicionamento de todos os jogadores.
Na versão avançada (que eu recomendo, pois a simples é realmente bem simples) ainda existem algumas cartas de contratos, que devem ser realizadas ou trazem pontos negativos (por exemplo, pontuar 3 cavaleiros na região vermelha).
As cartas disponíveis para cada jogador são exatamente as mesmas, o que muda é apenas a ordem em que elas aparecem, pois cada jogador embaralha seu próprio monte e compra dele ao longo do jogo.
O jogo termina quando todas as cartas de todos os jogadores tiverem sido utilizadas e, quem possuir mais pontos neste momento, é o ganhador.
Principalmente na primeira rodada parece que ninguém vai fazer pontos positivos, mas assim que se pega o jeito, o jogo fica interessante e as pontuações podem facilmente chegar a 3 dígitos.
O tabuleiro é bem simples, mas o mecanismo da mesa rotatória é interessante e conta alguns pontos positivos por criatividade.
No geral o jogo agradou, mas já vi melhores... hehehehehehe...
Escala: 1 a 10

24 de jul. de 2011

Antics!

Ontem teve Curitiba Lúdica, o encontro de jogadores da Confraria Lúdica Internacional, e eu estava lá para encontrar amigos e, claro, jogar bastante. Ensinei Ensinei alguns jogos e joguei outros, mas o que eu realmente estava esperando para testar era minha cópia de Antics!
Antics! é o sétimo jogo da Fragor Games, com certeza a mais internacional das pequenas empresas de jogos. Situada na Escócia e fundada em 2004 pelos irmãos Fraser e Gordon Lamont (Fra-Gor) eles só publicam jogos de própria autoria em quantidades limitadas que, geralmente, esgotam durante o próprio lançamento em Essen. Até a ilustradora da grande maioria dos jogos é da família: Judith Lamont.
Mas mesmo sendo uma empresa relativamente pequena, não quer dizer que a qualidade seja ruim. Muito pelo contrário: a Fragor tem primado a cada ano por manter uma qualidade muito acima do normal no mercado de jogos, com peças de papelão de 0,4 a 0,5cm de espessura, cartas laminadas, peças de madeira exclusivas e, quando necessário, miniaturas excepcionalmente elaboradas e pintadas.
Até o momento, cada jogo deles é focado em um animal diferente (cães, ratos, alces) e neste o tema são formigas.
Cada jogador controla um grupo de formigas que, a partir de um formigueiro central se espalham pelo tabuleiro em busca de alimentos na forma de folhas e de insetos mortos.
O curioso do jogo é que as ações de cada jogador (3 por rodada) são escolhidas através da colocação de um marcador no "formigueiro" do jogador (uma montagem de 6 hexágonos no início do jogo), exatamente sobre o hexágono que marca a ação desejada. Ao longo do jogo os jogadores compram mais peças de formigueiro compostas de 2 hexágonos conectados (muito parecido com Einfach Genial, que foi inclusive utilizado pelos irmãos Lamont no protótipo) que devem ser conectadas ao formigueiro principal ou lateralmente ou sobre outras peças, cobrindo determinadas ações com outras novas e mais poderosas (ações em níveis mais altos do formigueiro são bem mais eficazes que as do primeiro andar). Isto faz com que os jogadores tenham que pensar bem sobre quais ações devem ser cobertas para darem lugar a outras e assim por diante.
Adicionalmente, os insetos trazidos ao formigueiro também tem de ser acomodados sobre um dos hexágonos livres, travando o mesmo, o que significa que a ação travada não poderá ser mais utilizada e que nenhuma nova peça de formigueiro poderá ser construída em cima do hexágono onde se encontra o inseto.
No fim do jogo o formigueiro de um jogador nem lembra mais o formigueiro inicial, como pode ser visto na foto de Daniel Danzer, ao lado.
Existem 6 tipos de presas espalhadas pelo tabuleiro e, para cada uma delas, 3 pedaços que podem ser recolhidos pelas formigas. O jogo acaba assim que todos os 3 pedaços de todas menos 1 presa tenham sido recolhidos pelos jogadores ou tenham sido comidos pelos tamanduás que esporadicamente aparecem no jogo para comer alguma coisa (de vez em quando as próprias formigas).
Quando o jogo termina, contam-se pontos por cada espécie de presa trazida ao formigueiro e por folhas folhas verdes e marrons.
Embora trazer as presas e folhas para o formigueiro seja o que dá os pontos, o jogo foca-se mesmo na construção e expansão planejada de seu "formigueiro", pois é de lá que saem as ordens, as quais tem que se manter mais ou menos balanceadas ao longo de todo o jogo (não adianta você gerar um monte de formigas se você não tiver uma ordem de mesma força para colocar todas elas no tabuleiro, por exemplo).
Um mecanismo bastante interessante e inovador que eu não conhecia em nenhum outro jogo até então.
Escala: 1 a 10

20 de jul. de 2011

Lion

Como um bom nerd, não poderia de deixar de comentar que hoje começa a ser comercializada a nova versão do sistema operacional para Macs: o OS X Lion.
Por míseros US$29,99 (quem já viu os preços de novos sistemas operacionais da Micro$oft pode dizer o quanto isto é barato) você faz o upgrade em qualquer Mac, partindo para um sistema operacional que finalmente começou a pegar algumas features excelentes de seu concorrente (como trabalhar em tela cheia, sem a barra de ferramentas que obrigatoriamente fica no topo do OS X até agora) e misturar com coisas que se tornaram mais do que conhecidas e agradáveis em seus iPads iPods e iPhones (como os multi-touches e a possibilidade de agrupar aplicações em grupos similares).
Windows ainda é o padrão... mas do jeito que as coisas vão, não sabemos se por muito tempo...

18 de jul. de 2011

Resenhas de Filmes na TV

E lá se vão mais 20 filmes assistidos na TV e, como sempre, lá vai mais uma batelada de pequenas resenhas:

» On Her Majesty's Secret Service: Uma das melhores histórias de James Bond, infelizmente com o pior de todos os atores (tanto que George Lazenby só fez Bond uma vez). Neste filme James vai atrás de Blofeld, o chefe da Specter, e no meio da ação acaba se apaixonando por Tracy, filha de um chefão da máfia (com quem ele acaba se casando).
» SubZero: Após um acidente ter quase quebrado a câmara criogênica onde a esposa do Mr. Freeze está guardada, ele retorna a Gothan para tentar uma cirurgia de emergência e trazê-la novamente a vida. Mas para isto ele precisa de uma doadora compatível, que calha de ser justamente Barbara Gordon, filha do comissário Gordon. Claro que o Batman não poderá deixar isto acontecer... Uma boa animação...
» Hulk Vs.: Duas animações do Hulk em sequência: na primeira Hulk é levado para Asgasd por Loki para que, com a ajuda do gigante verde, ele possa subjulgar os domínios de Odin. Na segunda história um Wolverine ainda sobre as ordens do governo Canadense se vê enfrentando não apenas o Hulk, como também um monte de arqui-inimigos como o Ômega Vermelho e o Dente de Sabre.
» Alice in Wonderland (2010): Recriação de Tim Burton do clássico desenho animado, excetuando que agora Alice não é mais uma criança, retornado a Wonderland (que na verdade chama-se Underland) como a última esperança de livrar todos da tirania da rainha de copas. Os efeitos até que são interessantes, mas nem mesmo Jonny Deep consegue salvar o filme.
» Undisputed II: Last Man Standing: Um boxeador americano, em viagem promocional à Russia, é falsamente acusado de tráfico de drogas apenas para ser preso e poder participar de lutas de vale tudo entre os prisioneiros. Claramente uma alegoria da guerra fria na visão americana, na qual o americano bonzinho vence o russo malvado...
» Diamonds Are Forever: Após o fiasco de Lazenby como Bond, os produtores resolveram chamar novamente Sean Connery (que na época nem era Sir ainda) para encarnar uma última vez Bond (até então última, pois ele retorna mais uma outra vez...). Agora Bond sai novamente a caça de Blofeld, procurando vingança e, de quebra, desvendando uma trama internacional. Não é o melhor, mas é um Bond bem bacana...
» Pitch Black: Vin Diesel é um assassino sendo transportado em uma nave que cai em um planeta aparentemente deserto. Junto com ele, diversos outros tripulantes sobrevivem à queda apenas para descobrirem que o planeta não é tão deserto quanto parece... Um filminho bem picareta para se ver apenas se não se tiver absolutamente nada a mais para fazer!
» Live and Let Die: Roger Moore assume o lugar de James Bond, virando a página dos filmes de 007 e tornando-o muito mais hirônico e engraçado do que o Bond de Connery. Neste primeiro filme Bond tem que acabar com um grupo de contrabandistas de drogas que supostamente utilizam magia negra para afastarem seus oponentes.
» Batman: Under the Red Hood: Algum tempo após a morte de Jason Tood pelas mãos do Coringa, Gothan City se vê ameaçada novamente por um novo vilão: o Máscara Negra. O curioso é que este criminoso também mata bandidos. Batman, juntamente com o Asa Noturna, terá de desvendar o mistério por trás do Máscara Vermelha e livrar Gotham deste novo vilão. Uma excelente animação com um Batman muito mais próximo dos quadrinhos.
» Jusqu'à toi: Após Jack ter perdido a namorada, um amigo dele o convence a viajar para a França. Infelizmente (ou felizmente) durante a viagem sua mala é perdida e vai parar na casa de uma francesa que, ao explorar o conteúdo da mala, se vê apaixonada pelo dono. Não é nem comédia, nem drama, nem romance... simplesmente um filminho sem nem um pouco de sal!
» 11:59: Um cameramen acorda no meio do nada, sem lembrar de como foi parar lá. Ao longo do dia ele começa e descobrir peças do quebra-cabeça e agora ele corre contra o tempo para impedir uma grande intriga. Mais um filme da categoria "não perca seu tempo como eu perdi o meu..."
» The Man with the Golden Gun: 007 tem que enfrentar um de seus piores inimigos: Scaramanga, o homem da pistola de ouro, um assassino proficional. Bond é levado a acreditar que ele é o próximo alvo de Scaramanga e, ao tentar chegar a ele antes de ser morto, acaba revelando mais um plano diabólico. Vale muito pela participação de Christopher Lee como Scaramanga.
» The Spy Who Loved Me: Bond, juntamente com uma operativa da KGB, irão juntos investigar o sequestro de dois submarinos, um inglês e outro russo, o que irá levá-los a mais um inimigo mortal. Como se não bastasse, James e responsável pela morte do amante da agente russa que trabalha com ele, levando a um conflito de interesses ao longo da missão. Um dos melhores 007 até então (ainda que pela apresentação do vilão Jaws)
» Moonraker: James Bond vem ao Brasil para enfrentar um lunático que quer exterminar toda a vida no planeta. Na verdade este filme só chega a ser engraçado pelos absurdos sobre o Brasil (tipo sempre ser carnaval, gaúchos do Paraguai em Olinda e o Amazonas chegar até as Cataratas do Iguaçú).
» For Your Eyes Only: James Bond é designado para resgatar um decodificador britânico que afundou em algum lugar perto da costa da Grécia. Lá ele terá de enfrentar uma série de vilões que querem o decodificador para seus próprios propósitos malígnos. Neste filme é apresentada uma das melhores Bond Girls de todos os tempos: Carole Bouquet como Melinda.
» Creation: História sobre o período em que Charles Darwin escreve sua teoria da evolução das espécies, no qual ele tem uma emocionante luta interna para balancear a vida religiosa de sua esposa e sua sociedade com suas teorias revolucionárias que, segundo ele, iriam "matar" Deus. Excelente filme!
» 21 Grams: Filme feito a partir de flashs de diferentes momentos que conta a história de como um trágico acidente uniu e desuniu um grupo de pessoas. A proposta do filme é muito interessante, mas deixe para assistir um dia que você esteja alegre, pois o filme é realmente para baixo...
» 10 Things I Hate About You: A velha história do garoto que quer sair com a garota, mas o pai dela só deixa se a irma também tiver namorado. Entao garoto contrata garoto para sair com a irma anti-social. Comédia romântica de primeira linha.
» The Wizard of Oz: Dorothy vê sua casa levada por um furacão e acaba indo parar em Oz, onde encontra três amigos: um espantalho sem cérebro, um boneco de lata sem coração e um leão sem coragem. Juntos eles terão que enfrentar uma bruxa malvada para que ela possa voltar para casa. Excelente filme nem que seja pelas frases clássicas como "Toto, I've a feeling we're not in Kansas any more" que acabou se tornando até clichê.
» Shutter Island: Leonardo DiCaprio é um agente federal que vai para uma ilha que trata pacientes psicóticos para investigar o desaparecimento de uma mulher que havia matado seus três filhos. Mas uma vez na ilha ele começa a perceber que as coisas podem não ser bem o que aparentam. Excelente filme de suspense.

Por enquanto é só... Espero que gostem e até os próximos 20 filmes...

17 de jul. de 2011

Gran Cru


Esta semana tive a oportunidade de testar Gran Cru, de Ulrich Blum, autor novo assim como Vital Lacerda, do jogo de mesma temática, Vinhos (curioso 2 jogos com exatamente o mesmo tema lançados na mesma feira de Essen em 2010). O único outro jogo dele é Antiqua, jogo de cartas publicado também em 2010 pela Adlung.
Gran Cru foi publicado pela Eggert Spiele em duas versões: normal e luxo, em caixa de madeira (como também vem se tornando uma tradição na Eggert Spiele) e com arte de Alexander Jung (que também fez alguma arte para o conhecido Dominion).
Em Gran Cru, assim como em Vinhos, o objetivo do jogador é cultivar e vender vinhos, com a grande diferença de que em Vinhos, ganha o jogo aquele que tiver mais pontos, e em Gran Cru, ganha o jogo quem tiver mais dinheiro.
Dinheiro, aliás, é o grande lance de Gran Cru. Já no início do jogo, cada jogador deve adquirir uma certa quantidade de empréstimos como seu capital inicial (ninguém tem nenhum montante de dinheiro inicial) sobre o qual, a cada ano, são pagos juros. Até mesmo o final do jogo é marcado pelo dinheiro (o jogo acaba quando alguém for obrigado e pegar se 12o empréstimo ou quando um jogador conseguir quitar todos seus empréstimos).
Ao longo do jogo cada jogador compra plantações de 5 diferentes tipos de uvas (através de leilões) ou peças que trazem algumas habilidades especiais (como colheita dobrada, por exemplo), colhe as uvas, transformando-as em vinhos, investe em propaganda, para aumentar o preço de venda, e vende seus vinhos. Ao final de cada rodada (ano), os vinhos produzidos são deslocados dentro da adega, mostrando o envelhecimento dos mesmos, e sendo o indicador de quando um vinho pode ser vendido (determinados tipos de uvas necessitam de mais tempo para maturarem enquanto que outros, quando ficam muito velhos, acabam estragando).
Também ao final de cada ano, cada jogador verifica quantos vinhos de cada tipo ele vendeu, recebendo pontos de prestígio por isto. Estes pontos de prestígio não valem nada ao final do jogo, mas servem para realizar algumas ações adicionais e especiais antes de cada ano começar.
Embora a temática seja a mesma de Vinhos, Gran Cru não é nem um pouco parecido com ele. A estratégia aqui é bem mais óbvia do que em Vinhos (que possui uma gama enorme de formas de pontuação), tornando-o um jogo um pouco mais simples para os novatos. Isto não quer dizer que seja mais fácil e é muito mais complicado de dizer quem está realmente ganhando o jogo.
Escala: 1 a 10

10 de jul. de 2011

Die Burgen von Burgund

Nesta semana experimentei Die Burgen von Burgund, o 14o jogo da série de caixas grandes da Alea, e quinto do Stefan Feld dentro da Alea (um casamento que, aparentemente, está dando muito certo já que todas as últimas caixas grandes da Alea são do Feld).
O jogo é um dice placement, ou seja, os jogadores rolam dados e decidem qual ação eles querem fazer com base nos resultados obtidos. Mas o curioso é que o jogo foi feito de tal forma que não acaba se tornando dependente apenas da sorte nos dados.
Cada jogador possui um pequeno tabuleiro que mostra um castelo e as redondezas dele, divididas em áreas de diversas cores (azul para rios, verde para fazendas, verde escuro para castelos, cinza para minas, marrom para cidade e amarelo para peças especiais), além de um depósito de mercadorias e uma pequena área de peças em construção.. Além disto, no tabuleiro central são mostrados armazéns e construções à disposição dos jogadores. Cada armazém ou construção está associado a um número de 1 a 6.
A cada nova rodada uma mercadoria chega a um armazém aleatório e cada jogador rola seus 2 dados, com os quais ele pode fazer, basicamente, 4 ações: trazer construções do tabuleiro principal para a área de construção de seu principado (desde que um de seus dados bata com o número associado a esta construção no tabuleiro principal), levar uma construção de sua área de construções para o mapa do principado (desde que um de seus dados bata com o número mostrado no campo correspondente do mapa do principado), vender mercadorias (desde que um de seus dados bata com o valor de uma de suas mercadorias armazenadas, lhe rendendo pontos de vitória e dinheiro) ou comprar trabalhadores (que servem justamente para alterar o resultado dos dados).
O grande lance do jogo é que cada nova construção colocada no mapa do principado possui alguma consequência imediata como, por exemplo, permitir a construção de outra peça qualquer sem ter que possuir um dado correspondente. Isto significa que os jogadores podem planejar "combos" em avançado e, através da utilização de trabalhadores, colocar estes combos em funcionamento (ou, ai sim com alguma sorte, dar certo de rolar o número desejado nos dados... hehehehehehe...)
A pontuação final chega de diversas formas: exportando mercadorias, fechando áreas da mesma cor, obtendo pontos extras de construções amarelas e fazendo tudo isto antes dos oponentes.
As ilustração de Julien Delval (o mesmo de Battlelore, Memoir 44, Citadels ou Dominion) e Harald Lieske (este mais desconhecido) são muito bem feitas e dão um toque especial ao jogo.
Mesmo com menos jogadores a jogabilidade é boa, pois existem menos construções à disposição dos jogadores.
A única ressalva é a qualidade do material da Alea. Embora em comparação com o Brasil o material seja excelente, pela qualidade dos jogos que a Alea produz, ela deixa a desejar na qualidade dos componentes, principalmente nas pecinhas destacáveis. Diversas outras empresas menores do que ela (como o caso da 2F) já produzem com cartolina com pelo menos o dobro da gramatura que a Alea utiliza, tornando os componentes não somente mais resistentes, como também mais fáceis de destacar e mais bonitos.
Escala: 0 a 10

9 de jul. de 2011

Scott Pilgrim contra o Mundo - Vol. 3

Acabei de ler Scott Pilgrim contra o Mundo - Vol. 3, último volume da série de Bryan Lee O'Malley publicado no Brasil pela Quadrinhos na CIA.
No volume final desta epopéia dos quadrinhos, Scott continua a enfrentar os 7 ex-namorados do mal da Ramona para, finalmente, poder namorar com ela. Infelizmente nem tudo tem saído como Scott gostaria e Ramora acaba sumindo, sua banda se desmantelando e ele cai em uma depressão bem complicada.
Por incrível que pareça, não é o melhor de todos os 3 livros. Meu preferido é o segundo. Além disto é o que menos foi adaptado para a versão do cinema... talvez porque os roteiristas acharam o mesmo que eu...
De qualquer modo, aqueles que leram os dois primeiros volumes precisam terminar a história...

5 de jul. de 2011

7 Wonders

Eu cheguei a testar uma partida de 7 Wonders em Essen, no ano passado, mas naquela partida não achei o jogo muito excepcional, talvez devido a muvuca da feira, talvez devido aos demais jogadores... não sem bem ao certo. Felizmente resolvi tentar novamente e, quase um ano depois, passei a apreciar muito mais o jogo do que na minha primeira partida...
7 Wonders é um jogo de Antoine Bauza, figurinha carimbada da Repos Production, primeira produtora do jogo antes dele estourar mundo afora e ganhar o Spiel des Jahres (Jogo do Ano) na Alemanha. Antoine empresta uma série de componentes já conhecidos de outros jogos, como Fairy Tale e até mesmo o clássico Siedler von Catan, mas de uma forma a tornar a composição final muito bem feita.
Neste jogo, que na verdade é um jogo de cartas, cada jogador controla uma das nações responsável pela construção de uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Ao longo do jogo as cartas podem ter os mais diferentes sentidos: produtoras (que geram matérias primas), manufaturas (que geram produtos manufaturados), construções comerciais (que permitem compra de matérias primas dos vizinhos de forma mais barata), militares (que dão pontos de batalha), científicas (que valem pontos cumulativos ao final do jogo), guildas (que geram bônus ao final do jogo) e construções "azuis" (que simplesmente trazem pontos).
O jogo se passa ao longo de 3 eras, nas quais cada jogador recebe 7 cartas. Destas, ele escolhe uma que quer utilizar (construir) e passa as restantes para o jogador vizinho. Isto é repetido até que todas as cartas sejam utilizadas, momento em que uma era acaba.
Para construir uma carta, o jogador deve pagar o custo de construção (geralmente uma combinação de matérias primas e produtos manufaturados). Se ele não possuir tudo que necessita, ele ainda pode comprar as matérias restantes dos vizinhos. Algumas cartas podem ser construídas de graça caso o jogador tenha construído, em rodadas anteriores, um pré-requisito.
Ao final de cada era, cada jogador compara pontos de batalha com seus dois vizinhos. O ganhador leva mais alguns pontos de vitória para casa.
Além de tudo isto, cada jogador pode, também, construir a maravilha de sua nação. Isto não apenas lhe dá mais alguns pontos de vitória, mas também leva a algumas vantagens especiais que variam de nação em nação.
Como pode ser observado, a pontuação não é uma coisa muito simples com tantas formas diferentes de se ganhar pontos. Aparentemente a melhor estratégia é a mista, não focando os pontos em apenas uma área, mas distribuindo os mesmos ao longo das diversas formas de pontuação. Interessante é que, mesmo com uma forma de pontuação complexa, o jogo é bastante simples e fácil de ser aprendido. Uma partida, praticamente independente da quantidade de jogadores (podem ser até 7), não dura mais do que 45 minutos, tornado-o uma boa opção para se jogar entre outras partidas mais pesadas.
Infelizmente o jogo não possui apenas elogios: a caixa é enorme pelo conteúdo da mesma. Facilmente tudo caberia em uma caixa com menos da metade do tamanho (e isto é importante para aqueles que estão sem lugar no armário). Adicionalmente, aqueles pobres infelizes que compraram a primeira edição da Repos logo perceberam que as cartas possuíam uma qualidade bem ruim o que, para um jogo baseado em embaralhar continuamente o deck, significa que você vai ficar sem cartas em pouco tempo.
E o curioso é que o problema parece ter se repetido com a expansão de 7 Wonders: Leaders, cuja cor do fundo das cartas não bate direito com a cor das cartas do jogo básico.
Independente destas trapalhadas da Repos, o jogo é bem bacana, com um tema legal e uma boa jogabilidade.
Escala: 0 a 10

1 de jul. de 2011

Scott Pilgrim contra o Mundo - Vol. 2

Em Scott Pilgrim contra o Mundo - Vol. 2, de Bryan O'Malley, temos a continuação da história de Scott Pilgrim e suas aventuras para poder namorar com Ramona, uma misteriosa americana que já teve sete ex-namorados do mal, os quais Scott deve vencer, um a um.
Neste volume o namoro dos dois começa a dar certo, mas o retorno de Envy, uma ex-namorada de Scott e atual vocalista de uma famosa banda, pode colocar tudo a perder, principalmente por ela estar namorando atualmente um dos ex-namorados do mal da Ramona. E como se isto não bastasse, o quarto ex-namorado é uma surpresa e tanto... huahuahuahua...
Nos dois volumes que compõe esta edição (cada volume no Brasil possui na verdade dois volumes do original) O'Malley mostra uma história bem mais complexa do que a que começou, mas também muito mais divertida, com direito a muitas deixas bem interessantes para aqueles que entenderem.
Vale a pena para quem gosta de quadrinhos...