27 de set. de 2011

Cas$ 'n Gun$

Esta semana tive oportunidade de jogar diversas vezes Ca$h 'n Gun$, um party game da Repos criado por Ludovic Maublanc (o mesmo co-criador de Cyclades e Mr. Jack), com ilustrações de Gérard Mathieu. Cada jogador é um gangster que, após um roubo em conjunto bem sucedido, deve repartir a grana arrecadada. Mas como em gangsters não se pode confiar, eles começam a atirar uns nos outros para que menos pessoas sobrem e uma parte maior da grana fique com eles. Cada jogador recebe um deck de 8 cartas (que é exatamente o mesmo para cada jogador) contendo cartas de bala (2), de tiro rápido (1) e de festim (5), bem como uma arma de EVA. No início de cada rodada, cada jogador escolhe uma de suas cartas para utilizar, a qual será descartada ao final da rodada, independente da mesma ter tido efeito ou não. Isto significa que, próximo do final do jogo, os jogadores possuem cada vez menos opções de escolha. Depois da escolha das cartas, um jogador conta até 3 e então cada um, rapidamente, aponta sua arma para outro jogador qualquer. O jogador apontado será a vítima da carta escolhida. Se for tiro ou tiro rápido, ele recebe um ferimento e sai da partilha do roubo. Se for festim, nada acontece. Depois de todas as armas apontadas, mais uma vez é contado até 3 e os jogadores que não quiserem se arriscar podem fugir da mesa, abrindo mão da divisão do roubo e ainda ganhando um marcador de "bundão" (que vale uma nota de $5000 negativa no final do jogo). Depois de 8 rodada, ou seja, depois de todos os jogadores terem utilizado todas suas cartas, acaba o jogo, e o gangster com mais dinheiro ganha a partida. Para complicar mais o jogo, ainda existem duas variantes: poderes especiais (cada jogador recebe uma de 10 cartas especiais que lhe conferem uma habilidade adicional) e policial infiltrado (um jogador, aleatóriamente, é um policial que deve chamar reforços durante o jogo, sem que os demais gangsters percebam). O jogo é completamente aleatório e imprevisível, mas apontar as armas de EVA uns nos outros é completamente hilário, principalmente se jogarmos com um grupo bem humorado, o que faz com que até perder torne-se engraçado. O que achei muito engraçado é que as mulheres ganharam a maioria das partidas que jogamos (será que os homens tendem a atirar menos nas mulheres????). De qualquer forma, o jogo é bem interessante, principalmente se for jogado mais como uma forma de entretenimento do que como um jogo sério e no grupo certo.

25 de set. de 2011

Itaú Criança

A fundação social do Banco Itaú lançou este ano uma campanha de doação de livros infantis, mas o curioso é que não é para você doar, mas sim para você receber...
Isto mesmo... basta você se cadastrar no site da iniciativa e você receberá em casa, sem nenhum custo, 3 livros infantis com qualidade de livros comprados nas livrarias. E aqueles que estiverem imaginando "devem ser três livrinhos porcaria", enganam-se. Na verdade são três livros muito bem conceituados e que já ganharam prêmios de literatura infantil, como é o caso de Adivinha Quanto Eu te Amo, e de autores conhecidos como Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, e A Festa no Céu, de Ângela Lago.
Uma iniciativa e tanto partindo de uma entidade privada em um país em que a educação parece relegada a segundo plano pelo governo...

21 de set. de 2011

A Maldição do Titã

Terminei hoje de ler o terceiro livro da série Percy Jackson & os Olimpianos, A Maldição do Titã, de Rick Riordan, muito bem publicado pela Intrínseca no Brasil.
Nesta nova aventura, Anabeth, amiga de Percy desde seu primeiro ano no acampamento meio-sangue, desaparece durante uma luta com um monstro e é quase dada como morta. Agora Percy terá que se aliar a Thalia, outra meio-sangue filha de Zeus, e as caçadoras, mulheres que largaram da conivência com os homens para permanecerem eternamente jovens e na caçada a feras junto a deusa Ártemis, para não apenas encontrar a deusa da caça (que também está desaparecida) e Anabeth como também evitar a ascensão do mais novo aliado de Cronos, o chamado General.
Em mais uma excelente aventura envolvendo de forma excepcional a mitologia grega nos dias de hoje, Rick Riordan se supera escrevendo um livro ao mesmo tempo fácil de ler e empolgante.

18 de set. de 2011

Mais uma grande leva de manuais traduzidos

Nos últimos tempos continuei traduzindo uma série de manuais (alguns solicitados por amigos), então para aqueles que me acompanham, segue uma atualização do que existe disponível:

- Alea Iacta Est
- Augsburg 1520
- Carcassonne: Inns & Cathedrals
- Chinatown
- Coloretto (Extracards)
- Coloretto (Limit cards)
- Glen More
- Goa
- Guillotine (Play-Aid das cartas)
- Der brodelnde Theriak (expansão para Wir Verhext!)
- Dimension
- Filou (Felix: The cat in the Sack)
- Im Schatten des Sonnenkönigs
- Louis XIV (variante para 2 jogadores)
- Louis XIV (variante para pontuação dos escudos)
- Palazzo
- Pueblo
- Puerto Rico (variante para 2 jogadores)
- Puerto Rico (Play-Aid dos papéis e ações)
- Puerto Rico (Play-Aid das construções)
- Saint Petersburg
- Small World: Tales & Legends
- Speed (Dutch Blitz)
- Stich-Meister
- Taj Mahal
- The Princes of Florence
- The Princes of Florence (variante para 2 jogadores)
- The Princes of Florence (regras alternativas)
- Tigris & Euphrat
- Torres
- Trias
- Vom Kap bis Kairo
- Wie Verhext! (Witch's Brew)

E pode contar que mais virão...  :-)

17 de set. de 2011

Maharaja


Ontem à noite eu encontrei alguns amigos para jogar algo que fazia tempo que estava na estante: Maharaja, da conhecida dupla Michael Kiesling e Wolfgang Kramer, com edição da Phalanx Games.
Cada jogador é um arquiteto na corte indiana, tentando construir a maior quantidade de palácios majestosos para o Marajá.
Ao mesmo tempo que ele (representado por um grande peão preto) viaja de cidade em cidade através de um roteiro pré definido, os jogadores tentam se adiantar ao seu roteiro, construindo palácios e casas em seu caminho, pois ao final de cada rodada o Marajá irá olhar tudo o que existe construído em uma cidade e pagará aos mais bem sucedidos jogadores (e, claro, você precisa de dinheiro para poder continuar construindo...).
A cada rodada , cada jogador escolhe duas ações em um disco de ações e mantém o mesmo fechado. Após todos os jogadores terem escolhido suas ações, o jogador inicial da rodada, e apenas ele, abre seu disco, mostrando a todos quais suas ações, e realizando-as. Depois o segundo jogador abre seu disco e assim por diante, até o último jogador. Isto faz com que nenhum jogador possa planejar sua jogada baseado nos movimentos dos outros jogadores, nem tampouco o jogador da vez poderá mudar algum de seus movimentos (mesmo sem mudar suas ações) após verificar as ações dos outros jogadores. As ações possíveis vão desde a construção de palácios, até a construção de casas e troca de personagens ou do roteiro de viagem do Marajá.
A ordem dos jogadores é dado pelo personagem especial de cada jogador (cada jogador possui um, e o mesmo pode ser trocado ao longo das rodadas), ou seja, não existe uma ordem de jogo definida.
Além da versão básica, o jogo ainda possui duas variantes que tornam o mesmo mais agressivo e aumentam muito a quantidade de decisões a serem tomadas pelos jogadores. Para jogadores iniciantes, eu recomendo deixar de fora… :-)
Com uma arte bem feita de Franz Vohlwinkel e a temática casando bem com o jogo, Maharaja é muito bom e nem é tão demorado para um jogo de complexidade média (mais ou menos 1 hora e meia).
Quem ainda não conhece, vale a pena experimentar.
de 1 a 10

15 de set. de 2011

Krabat

Depois de 2 semanas sem descanso para praticamente nada devido a uma correria sem fim no trabalho (não li praticamente nada, não fui na Curitiba Lúdica no fim de semana e praticamente só joguei e assisti filmes ou bem tarde, quando chegava em casa ou no domingo) finalmente voltei a ter tempo e terminei de ler Krabat, de Otfried Preussler, publicado no Brasil pela Martins Fontes.
Krabat é um livro infanto-juvenil alemão bastante premiado mundo afora (chegou a ter até mesmo uma adaptação para o cinema, mas que não faz jus ao livro) que conta a história de Krabat (isto mesmo... Krabat é um nome alemão antigo da região sorábica, uma pequena parte do que hoje é a Alemanha), um jovem menino que, logo após o ano novo, se vê impelido a abandonar os 2 companheiros de esmolagem e dirigir-se a um moinho afastado. Ao chegar lá o garoto descobre que era esperado pelo mestre moleiro, que logo o admite como aprendiz do moinho.
Após algum tempo de trabalho no moinho o garoto descobre que ele não foi apenas admitido como aprendiz de moagem, mas que o moinho também é uma escola de magia negra e que ele, juntamente com os outros 11 ajudantes do mestre moleiro, são também aprendizes desta arte oculta.
O que Krabat vem a descobrir apenas tarde demais é que o mestre moleiro guarda um segredo mortal que põe em risco a vida de cada um de seus aprendizes, e agora Krabat precisa descobrir em quem pode confiar para que ele saia vivo desta história.
O livro é bem interessante e de leitura leve, mas como ele se passa em uma região obscura da antiga Alemanha, faltam bastante referências sobre os usos e costumes da época para o leitor brasileiro, o que poderia ter sido sanado com algumas notas de rodapé ou de final de livro. Infelizmente a tradução ou editoração não se ateve a estes detalhes que trariam mais profundidade ao leitor.
Independente disto o livro é muito interessante e agradada jovens e adultos. A única coisa que o autor deixa a desejar é que o final chega de uma hora para outra, coisa que poderia ter sido evitada com mais umas 30 ou 40 páginas...

5 de set. de 2011

Aniversário de Farrokh Bulsara

A pergunta que muitos podem estar se fazendo ("quem diabos é Farrokh Bulsara?") tem uma resposta bem interessante: este é o nome de nascença de Freddie Mercury, vocalista do Queen, que hoje completaria 65 anos se não tivesse a vida interrompida pela AIDS.
O vocalista de uma das bandas inglesas mais conhecidas do mundo, quem diria, nem na Inglaterra nasceu, mas sim na ilha de Zanzibar (que hoje pertence a Tanzânia, mas naquela época ainda era parte do poderoso império britânico).
E como aqueles que me conhecem já sabem que eu adoro Queen, vamos publicar aqui dois vídeos muito legais. O primeiro é o Doodle que o Google fez hoje em homenagem ao aniversário dele, e o segundo é Freddie regendo o povo no Rock'n'Rio. Aproveitem...

3 de set. de 2011

Crianças OK (e gente grande também)

Eu acabei de ler o livro Crianças OK (e gente grande também) de Alvyn e Margaret Freed. Este livro é hiper-antigo, publicado no Brasil em 1977 pela então editora Artenova (que nem existe mais), mas a despeito de sua idade, trata de um tema ainda bastante atual: analise transacional.
Análise transacional trata do ramo da psicologia de identificação dos 3 grandes controladores que cada um traz dentro de si mesmo: pai, adulto e criança, além da forma de você saber como ligar com cada um para que você possa tirar proveito disto.
O livro foi escrito para que as crianças da época pudessem ler e entender, mas o curioso é que se eu entregar este livro para uma criança hoje, tem muita coisa que ela não vai entender (o que diabos é um K7 ou LP? Onde diabos está a internet?). Os tempos mudam... huahuahuahua...
Mas o interessante é que, mesmo o livro sendo escrito para crianças da década de 70, ele vale muito para adultos dos dias de hoje (quem sabe eram as crianças da década de 70... hehehehe...), pois como trabalhar suas própria A.T. em relação com a das outras pessoas à sua volta é de muita valia, tanto que em uma das minhas matérias da pós, adivinha só do que a professora de liderança falou? Isto mesmo: análise transacional.
O difícil mesmo vai ser se alguém quiser ler o livro, pois onde é que se encontra outro exemplar dele?