10 de nov. de 2013

Mais de Essen...

Conforme prometido, consegui algum tempo para escrever sobre o segundo dia de visita à maior feira de jogos do mundo, em Essen.
Neste segundo dia tentei conseguir vaga em mesas de jogos que estava com vontade de comprar mas não sabia ainda se valia a pena ou não.
O primeiro do dia foi Amerigo, de Stefan Feld, um dos mais frequentes autores dos últimos tempos, publicado pela Queen Games.
Nele, os jogadores assumem o lugar de navegadores na descoberta de novas terras em um tabuleiro randômico cujo tamanho depende da quantidade de jogadores. Existem 7 diferentes ações possíveis de serem realizadas: navegar, carregar canhões, evoluir sua companhia de navegação, planejar a construção de colônias, construir colônias, plantar ou investir em ações especiais.
Cada ação é baseada em cubos de uma cor diferente, os quais são, rodada a rodada, jogados dentro da torre de cubos introduzida pela Queen Games no jogo Wallenstein. Os cubos que saem da torre mostram as possíveis ações disponíveis aos jogadores, os quais devem decidir o que fazer.
Ao final de cada grande rodada (após cada jogador realizar 7 ações) ocorrem ataques de piratas, os quais fazem os jogadores que não tiverem canhões suficientes perderem pontos.
Ao final de uma quantidade de rodadas pré-estabelecida são contados pontos por praticamente tudo: colônias fundadas, plantações, dinheiro, evoluções...
Gostei muito de como Feld conseguiu pegar um componente de jogo bastante específico e colocar em um jogo completamente novo. Ficou bem bacana...
Depois de um jogo infantil que testei para minha filha, foi a vez de Tash-Kalar: Arena of Legends, de Vlaada Chvátil, publicado pela CGE.
Segundo a propaganda do jogo, você é um mago de uma facção que tem de enfrentar outras facções dentro de uma arena, conjurando seres poderosos para dizimar seu oponente. Infelizmente eu odeio ser enganado: o jogo é um xadrez evoluído e o tema condiz apenas em parte com o que o jogo realmente oferece.
O jogo trata de realmente de conseguir formar padrões específicos com as peças já colocadas no tabuleiro. Estes padrões são pré-requisitos para que o jogador tenha direito de colocar mais peças no tabuleiro e/ou retirar peças do oponente.
Na versão básica (a única que podíamos jogar em Essen) os jogadores ganhavam pontos por realizar determinadas tarefas como colocar 4 ou 5 peças novas no tabuleiro de uma única vez ou controlar determinados campos do tabuleiro com peças evoluídas. Assim que acabarem as cartas de um jogador o jogo acaba e quem tem mais pontos ganha.
Existe um outro modo de jogo em que o objetivo é retirar mais peças inimigas do tabuleiro, mas mesmo este modo não parece mais do que um jogo de estratégia abstrata com uma pintura diferente.
Depois foi a vez de Archon: Glory & Machination, de Nikolas Sakaloglou e Sotirios Tsantilas, publicado pela Artipia.
Neste jogo, cada jogador assume o papel de um nobre que ajuda o rei de Cardis a construir sua cidade baseada em artes e ciências, sem descuidar da defesa contra hordas que periodicamente atacam a cidade.
Cada jogador possui um deck de 10 cartas exatamente iguais, compostas apenas de cortesãos. A cada rodada os jogadores escolhem 5 destas 10 cartas e deixam as outras 5 para a próxima rodada. Usando suas 5 cartas, cada jogador escolhe que ação quer realizar (receber dinheiro, comprar matérias primas, recrutar soldados, utilizar matérias primas para construir ou para evoluir a ciência ou as artes de Cardis etc.).
Mas a quantidade de ações de cada tipos disponíveis são poucas e apenas os jogadores que chegarem primeiro as realizam. Além disto, o primeiro jogador que realiza um determinado tipo de ação paga apenas uma carta de cortesão para tal, enquanto que os demais (desde que a ação permita que mais de um jogador a realize) geralmente pagam 2 cartas. Isto significa que se você não for rápido para as ações que mais lhe são importantes, você pode nem sequer realizá-las, ou terá que pagar caro para sua realização.
Existe, ainda, uma ação para compra de cartas especiais, as quais substituem um de seus cortesãos (criando um certo deck-buinding, porém sem aumento do número de cartas), as quais podem ser utilizadas em ações específicas trazendo vantagens em sua realização. Um exemplo é a carta do mercador que permite que você compre mais matérias-primas de uma única vez.
A cada duas rodadas os bárbaros atacam e quem mais ajuda a defender o muro com soldados ganha pontos extras.
Ao final de algumas rodadas o jogo acaba com uma última pontuação e ganha o jogo quem tem mais pontos ou, supostamente, ajudou mais o reino.
O último grande jogo do dia foi Vikings: Warriors of the North, de Tomasz Kazmierski e Tomasz Kasnocha, pulbicado pela Rebel.pl.
Aqui, cada jogador assume o lugar de um líder Viking, tentando roubar as filhas de seus oponentes. O primeiro jogador que conseguir uma filha de cada oponente, ganha o jogo.
Ao início de cada jogada, o jogador compra uma quantidade de cartas que podem ser utilizadas de diversas formas. A primeira delas é utilizar as cartas como vento (baseado nas coordenadas cardeis impressas aleatoriamente em cada carta), para mover seu barco na direção que a carta mostra.
A segunda possibilidade é usar a carta como tripulação de seu barco (cada barco tem lugar para 3 tripulantes) caso ela assim o permita. Tripulantes trazem vantagens na navegação ou habilidades especiais em batalhas.
A terceira possibilidade é usar as cartas com base em suas ações especiais (se houver alguma na carta), afetando diretamente sua própria jogada ou a dos oponentes.
O jogo é extremamente bonito e ilustrado magistralmente, e conta com miniaturas de navios e monstros marinhos muito bem feitas, porém a jogabilidade deixa muito a desejar. Após apenas algumas rodada o jogo já torna-se tedioso e as batalhas que são resolvidas principalmente com o uso de 1 único dado são muito fracas.
Curiosamente, já é o segundo título da Rebel que, após testar, decidi não mais comprar (o primeiro foi The Cave). Acho que vou começar a ficar com um bom pé atrás com esta empresa...

Por enquanto ficamos por aqui, mas logo eu volto com o terceiro dia de Essen.

6 de nov. de 2013

Essen é o melhor lugar do mundo...

Primeiro, gostaria de pedir perdão aos leitores pelo mês sem nenhuma postagem. Justificando minha ausência, estava me preparando para minha viagem para Essen, para a maior feira de jogos de tabuleiro do mundo, que este ano teve mais de 150.000 visitantes. A feira foi no final do mês passado, mas depois de voltar tem que conseguir colocar a vida em dia e só hoje que estou conseguindo algum tempo para escrever...
E já que estamos falando de jogos, vou comentar um pouco os jogos que eu joguei lá e os que eu joguei aqui depois de meu retorno (obviamente não em um único post, porque foram muitos jogos... hehehehehe).
O primeiro deles foi Mascarade, de Bruno Faidutti, com arte fantástica de Jérémy Masson, publicado pela Repos. Neste jogo cada jogador recebe uma carta de personagem que pode ser vista apenas neste momento. Depois disto ele tem 3 opções de jogadas quando chega sua vez: olhar novamente sua carta, pegar a carta de personagem de outra pessoa junto com a sua e, embaixo da mesa para que ninguém saiba, trocar as duas cartas ou apenas fazer de conta que trocou, ou dizer qual personagem ele acha que está a sua frente.
No caso do jogador escolher a terceira opção, então os demais jogadores são perguntados se eles realmente acreditam que o jogador da vez tem realmente aquele personagem. Se ninguém se opuser, então ele utiliza a habilidade do seu personagem sem ter que revelar sua carta para os demais.
Se outro jogador achar que aquele personagem citado está com ele e não com o jogador ativo, então ambos abrem suas cartas. O jogador que errou paga uma moeda ao tribunal e o jogador que realmente tem o personagem citado realiza a ação de seu personagem (mesmo que não seja o jogador ativo).
Um jogo realmente interessante, principalmente em grupos maiores, com alusões claras a Citadels, também de Bruno Faidutti.
Depois deste foi a vez de Study in Emerald, de Martin Wallace, baseado em um conto de Neil Gaiman e publicado pela Treefrog, empresa de Martin. No conto de Gaiman somos enviados a era Vitoriana de Sherlock Holmes, em uma mistura dos contos de Lovecraft e de diversos personagens históricos e fictícios no qual ocorreu a substituição de todos os líderes mundiais por monstros de Cthulhu.
Antes do início da partida cada jogador recebe secretamente uma carta que diz se o mesmo é um leal (ou seja, quer continuar com os monstros no comando) ou um restaurador (que quer tornar o mundo novamente dos humanos).
A partir de então o jogo torna-se uma mistura de deck-building e resource management. As cartas para deck-building são compradas através da utilização de influência, a qual não retorna para os jogadores a não ser através da utilização de cartas. Então os jogadores tem que pesar o que é mais importante a cada momento do jogo: usar influência para comprar cartas ou usar cartas para recuperar influência.
Além disto, o jogo é cheio de armadilhas na forma de exceções e regras especiais, o que torna o jogo bastante imprevisível. A melhor de todas as armadilhas é que a facção que, ao final do jogo, tiver o jogador com menor pontuação, perde (independente de ter o melhor jogador também). Ganha o jogo, o jogador com maior pontuação da facção que sobreviveu.
Gostei muito mesmo e mal posso esperar para jogar mais uma vez.
No final da manhã, enquanto esperava por um autógrafo de Antoine Bauza, resolvi testar Rampage, feito em parceria com Ludovic Maublanc e também publicado pela Repos. Neste jogo mais divertido que qualquer outro que tenha testado em Essen, os jogadores assumem o papel de monstros famintos que querem comer a maior quantidade de meeples possível.
Em uma cidade construída com base em meeples, os jogadores movem seus monstros através de petelecos (a lá pitch car) e tentam destruir as construções sendo arremessados contra elas ou soprando (isto mesmo, soprando) contra o tabuleiro.
Os meeples tem diversas cores e os monstros aparentemente tem uma dieta balanceada: os jogadores ganham pontos por sets de meeples de cores diferentes.
Como falei: um party game bem interessante para passar alguns momentos rindo...
A tarde do primeiro dia teve foco de comprar jogos que já estavam na minha lista ou que já tinha encomendado, então os jogos foram mais rápidos.
Entre eles estava o jogo final do projeto Freitag de Friedemann Friese: Futterneid, publido pela própria empresa, a 2F. O jogo gira em torno de jogadores tentando conseguir a maior quantidade de guloseimas ao final de uma noite de jogos.
No jogo existem 5 tipos de doces diferentes e, antes de começar o jogo, cada jogador, secretamente, escolhe uma pontuação para cada doce.
Cada jogador, quanto tem a vez, pode escolher entre duas ações: pegar exatamente um doce a mais ou um doce a menos que a quantidade pega pelo jogador anterior, ou roubar os doces de um jogador qualquer (deixando apenas um como consolação). Isto faz com que os jogadores pensem duas vezes se vale a pena comprar muitos doces de uma só vez (deixando sua mesa atrativa para ser roubada), roubar de outro jogador (e adquirir sua ira eterna) ou se contentar com apenas alguns doces de forma mais segura.
Assim que a mesa inteira joga e um jogador tem a vez novamente, os doces que ainda estão à sua frente são passados para uma zona segura que não pode ser mais roubada e o jogo prossegue até não haver mais doces. Neste momento são revelados os pontos que valem cada doce e quem fizer mais pontos ganha.
Um jogo surpreendentemente simples para o que estou acostumado da 2F, porém não é de todo mal (exceto que qualquer um com 5 pratos e um monte de doces pode fazer facilmente o jogo em casa). Um detalhe interessante é que o jogo possui placas com ações específicas de outros jogos da 2F que devem ser colocados na frente dos pratos de guloseimas durante partidas de outros jogos. Quando um jogador realizar uma destas ações especiais (por exemplo, descartar uma usina em Power Grid) ele tem o direito de se empanturrar dos doces marcados com esta ação. Uma curiosa forma de integrar os jogos da empresa... hehehehe...
E assim eu cheguei ao final do primeiro dia da feira, mas esta semana vou tentar arrumar mais algum tempo para escrever sobre os demais dias de Essen e as primeiras jogatinas de volta ao solo Brasileiro.

29 de set. de 2013

Alhambra

Como relembrar é viver, estes dias resolvi jogar Alhambra, um jogo publicado ela Queen Games em 2003 (nossa, já faz 10 anos...), e resolví escrever um pouco sobre ele para os saudosistas ou mesmo para os jogadores que passaram 10 anos congelados e ainda não conhecem.
Alhambra é um jogo de Dirk Henn (autor de Wallenstein e Shogun), com arte de Jörg Asselborn e Christof Tisch, e ganhou o prêmio de Jogo do Ano (Spiel des Jahres) na Alemanha em 2003.
Em Alhambra, cada jogador é um arquiteto que pretende construir a melhor e mais imponente Alhambra (construção típica do sul da Espanha no final do século XIII). Cada jogador começa um apenas uma fonte e, ao longo do jogo, vai comprando mais construções que estão disponíveis pelos 4 diferentes construtores.
Quando um jogador tem a vez e pode escolher uma entre três opções de jogadas: comprar construções, comprar dinheiro ou reconstruir sua Alhambra.
A primeira opção (comprar construções) é a mais básica do jogo no que tange aumentar sua
Exemplo de Construções
Foto: Geert VG
Alhambra. Sempre estão disponíveis 4 construções diferentes, uma ofertada por cada um dos 4 construtores. A propósito, construtores: cada um deles oferece uma por um determinado tipo de dinheiro e não é aceita moeda errada e nem tampouco é dado troco.
Após comprar uma construção a mesma deve ser ajustada à sua Alhambra de modo que sempre seja possível chegar a pé, sem ter que atravessar nenhum muro, até a fonte inicial da Alhambra.
Se um jogador conseguir comprar uma construção pelo valor exato, então ele pode imediatamente jogar novamente.
Exemplo de Dinheiro
Foto: Gert VG
A segunda opção de jogada (comprar dinheiro) é o modo como você adquire a moeda para comprar construções. Sempre estão abertas 4 notas de dinheiro aleatórias para os jogadores. Estas notas estão disponíveis nos valores 1 a 8 e nas 4 moedas diferentes. O jogador que escolher esta opção pode pegar uma das 4 notas abertas quaisquer ou uma quantidade qualquer de notas desde que o total financeiro delas não ultrapasse 5.
A terceira opção (reconstruir o Alhambra) serve para os jogadores poderem mover as peças dentro de sue próprio Alhambra, colocando-as em locais mais favoráveis.
Três vezes durante o jogo é realizada uma pontuação. Os jogadores que possuírem a maior quantidade de construções de um determinado tipo recebe pontos, bem como são distribuídos pontos pela quantidade de muros que existem em cada Alhambra.
Assim que acabam as construções, acaba o jogo e o jogador com mais pontos ganha.
As regras de Alhambra são simples e a jogabilidade é muito boa para um family game. No meio tempo existem 7 expansões diferentes para o jogo (cada uma, normalmente, com 3 possibilidades de alteração do jogo), que podem ser jogadas separadas ou combinadas.
O jogo, apesar de antigo, é muito bom e um excelente começo para uma nova coleção.
Nota 7 de 10

22 de set. de 2013

Seasons

Já fazia algum tempo que não escrevia sobre jogos, então hoje acordei e resolvi escrever sobre um que joguei com um casal de amigos ontem: Seasons.
Seasons é um dos poucos jogos de Régis Bonnessée (só conheco o bem antigo mas interessante Himalaya dele), publicado pela Libellud, com uma arte fantástica de Naïade, onde casa jogador é um feiticeiro que está participando do torneio das 12 estações para escolher o melhor entre eles.
O jogo possui 2 etapas: escolha de cartas e jogo propriamente dito. Durante a escolha de cartas, cada jogador recebe 9 cartas que representam as magias que estarão disponíveis ao longo do jogo para serem realizadas.
Exemplo de carta de magia
(Foto de László Stadler)

Após ler o que cada magia faz, os jogadores escolhe uma para colocarem em seu grimório, ou seja, para poder ser utilizada durante seu jogo, e passam as 8 demais cartas para o próximo jogador. Das 8 cartas recebidas, mais uma vez o jogador escolhe uma para si e passa as demais adiante até que ele fique com 9 cartas escolhidas em seu grimório.
Adicionalmente, cada jogador ainda precisa escolher quais cartas estarão disponíveis a cada ano. No primeiro no (12 meses) apenas 3 cartas ficam à disposição do jogador. Assim que começa o segundo ano, outras 3 cartas são adicionadas à mão do jogador e no início do terceiro e último ano, as últimas três cartas ficam à disposição do jogador.
O jogo em si consiste de rodadas na qual, o jogador da vez, rola uma certa quantidade de dados especiais (sempre um a mais que a quantidade de jogadores na partida). Existe um set de dados para cada uma das 4 estações do ano e os dados permitem fazer diversas coisas, sendo que a mais importante é receber energia na forma de mana em 4 diferentes formatos: terra, água, ar e fogo. Estes manas servem para, em combinações específicas, permitirem que o jogador caste uma de suas magias (ou seja, baixe uma de suas cartas).
Assim que uma carta é baixada, ela adiciona seu efeito ao jogo, que pode ir desde ganhar pontos até destruir magias dos oponentes ou mesmo roubar pontos ou energias dos oponentes. Como existe um número de cartas enormes e apenas uma parcela delas entra em jogo por partida, cada novo jogo pode ser bem diferente dos anteriores, o que é muito bom para quem gosta de jogar muito o mesmo jogo.
Além de fornecerem energia, os dados também podem fazer você comprar uma magia nova do monte, transmutar energias que você tenha de sobra em pontos de vitória ou ganhar experiência (que permite que você baixe mais magias).
Cada jogador escolhe um dado que irá utilizar nesta rodada e, após a jogada de cada um, o dado que não foi escolhido será utilizado para definir a velocidade do jogo (ele pode fazer com que o marcador de rodadas avance de 1 a 3 espaços).
Dados
(Foto de Markus Unger)
Cada set de dados possui combinações diferentes de manas, por exemplo, no inverno (dados azuis) é impossível conseguir mana de fogo, e assim por diante, o que faz com que os jogadores tenham que pensar nas cartas que possuem na mão e coletar as manas que são necessárias para usá-las no momento oportuno.
Ao final de 3 anos (ou 12 estações), o jogo acaba e são contados pontos. Aos pontos de vitória ganhos durante o jogo são adicionados os pontos de prestígio de cada magia utilizada pelos feiticeiros, bem como pontos bônus que alguma magia porventura traga. Cada magia que sobre na mão de um jogador vale pontos negativos, ou seja, os jogadores devem tentar ao máximo utilizar ou se livrar das suas 9 cartas iniciais.
Eu achei o jogo muito interessante e bem divertido, com as magias alterando bastante e fazendo com que cada partida seja um pouco diferente da anterior.

Nota 8 de 10

21 de set. de 2013

Extintores de Incêndio e leis estranhas

No final de semana passado acabei tendo que ir ao Hospital XV, aqui em Curitiba. Quando tive que esperar no corredor por uns 15 minutos, fiz uma coisa que costumo fazer para matar o tempo: ler qualquer coisa ao meu alcance. E neste dia a primeira coisa com muito texto que encontrei foi o extintor de incêndio do hospital.
O que me chamou atenção foi que, na parte de "dados técnicos", destacada na foto a direita que eu tirei do extintor, não estava marcado qual dos pós estava contido no extintor. Normalmente quando eu vejo um campo com várias opções em uma embalagem ou etiqueta eu espero que uma das opções esteja marcada.
Este detalhe me fez prestar mais atenção no extintor e continuar a ler o que estava escrito na etiqueta do fabricante.
E olha que, logo ao lado, a "capacidade extintora" (destacada na foto a esquerda) dele também não estava marcada, ao contrário do "peso líquido", que mostra que o fabricante estava identificando pelo menos uma das informações de sua etiqueta.
Resolvi pesquisar um pouco e encontrei uma norma do INMETRO que diz que estas informações são prescritivas, ou seja, deveriam estar presentes e serem verificadas a cada inspeção do extintor.
E aí vem o mais curioso: como é que o extintor foi certificado pelo menos 4 vezes, com selo de verificação e tudo, e ninguém olhou para este ponto da norma de inspeção?
Eu sei que o Brasil é cheio de normas que não tem absolutamente nada a ver e que muitas deles deveriam ser saneadas e melhoradas, mas se uma norma existe, porque simplesmente não é cumprida? E se são feitas normas complexas que não são cumpridas nem fiscalizadas, porque fazê-las em primeiro lugar?

9 de set. de 2013

Concessionária VW fechada a 11 anos ainda tem estoque 0Km

Quando recebi esta notícia de um amigo meu, resolvi pesquisar mais um pouco... E não é que é verdade mesmo.
A Covipa, em Estrela, no Rio Grande do Sul, foi fechada por seu dono a 11 anos, quando a Volkswagen aumentou as cotas de venda e o proprietário achou que não valia mais a pena manter as portas abertas.
Mas o mais curioso é que, mesmo após 11 anos fechada, a Covipa ainda é mantida como se estivesse funcionando, pois seu dono ainda passa todos os dias para fazer a limpeza de tudo e, creiam ou não, ela ainda tem uma frota de veículos 0Km de 11 anos atrás, incluindo fuscas, kombis, santanas e quantums.
Fala se não é impressionante???
A reportagem pode ser conferida aqui.

4 de set. de 2013

Esqueçam o filme do Jobs... :-)

Com a chegada às telas da biografia (que aparentemente é uma m@$&*) de Steve Jobs, o pessoal da Official Comedy resolver imaginar o que seria uma biografia de nada menos que Gates.
Vejam só... hehehehehehehehehe...

2 de set. de 2013

Como a entresafra de seriados está acontecendo, passei a assistir mais filmes, e lá vão 20 pequenas resenhas:
Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules: Não gostei muito do primeiro, mas como este já estava gravado, resolvi dar uma chance. Me dei mal... É tão ruim quanto o anterior. Para ter uma idéia de como não gostei, desisti de ler os livros por causa do filme...
Shen hua: Jackie Chan é um arqueologista que começa a ter estranhos sonhos sobre uma vida passada, que mostram-se reais quando um amigo dele o convida a procurar uma fonte de poder imenso. Juntos ele irão enfrentar o poder de uma corporação que também está em busca da mesma coisa. Meia boca, com um final que não gostei muito...
The Godfather: Primeiro filme da trilogia (que originalmente eram apenas 2 filmes) que mostra a história de Don Corleone, um mafioso italiano que protege seus "sobrinhos". Quando uma guerra das gangues ameaça explodir seu filho mais novo, Michael, terá que assumir os negócios, mesmo contra vontade. Excepcional.
iSteve: Comédia baseada na vida de Steve Jobs, feita às pressas para sair antes do filme "sério" sobre sua vida. De verdade: nem como comédia é lá grande coisa, com piadas fracas e sem muito o que valha a pena (se bem que o filme sério também parece ser uma "piada"... hehehehehehehe).
The Lorax (2012): Em um mundo em que todas as árvores foram cortadas, um jovem apaixonado sai em busca da única coisa que fará com que sua amada olhe para ele: uma planta. Mas ele terá que enfrentar uma mega-corporação que não quer que ele encontre a última planta do planeta.
The Godfather: Part II: Agora que Don Corleone está morto, seu filho Michael assume de vez os negócios da família e se mostra um Don muito mais rígido que seu pai algum dia foi, fazendo de tudo para garantir a honra da família. Muito bom, porém ainda acho o primeiro melhor.
Ice Age: Continental Drift: Agora que o gelo está derretendo, os continentes também começam a se separar e Manny, Diego e Sid acabam se separando dos demais e terão que enfrentar os perigos do mar para poderem reencontrar a família.
Kari-gurashi no Arietti: Uma família de pequenos seres que vivem escondidos é descoberta por um garoto doente que vem morar em uma velha casa de campo para se preparar para uma dura cirurgia. Infelizmente, com esta descoberta, o segredo da existência dos pequeninos agora corre perigo. Filme ótimo, mas não gostei do fim.
This Means War: Dois espiões muito amigos acabam conhecendo e se apaixonando pela mesma mulher. Isto significa uma guerra sem limites entre ambos, colocando em risco até a segurança do país. Eu torcia pelo outro... :-(
Oscar: Uma das mais hilárias comédias que eu já vi. Na verdade é uma refilmagem de um filme muito mais antigo que conta a história de uma mafioso que quer se tornar bancário. Pena que pouca gente conhece.
The Iron Lady: Biografia de Margaret Thatcher, contando desde seu humilde começo como filha de um comerciante ao final da segunda guerra até sua ascensão e queda como primeira ministra britânica. Infelizmente o filme foca demais nos problemas de saúde dela em seus últimos anos, mas mesmo assim é bom.
The Muppets Take Manhattan: Após sua formatura, os Muppets vão para Manhattan tentar fazer um musical na Broadway. Infelizmente as coisas não dão muito certo e bem quando eles conseguem o musical Caco perde a memória. Com certeza vale a pena apenas para ver os hilários muppets cantando e fazendo muita bagunça...
John Carter: John é sobrevivente da guerra civil americana que, de um momento para outro, se vê transportado para Marte, que não apenas não é um planeta morto, mas cheio de vida, como também está em guerra civil e, mesmo sem querer, ele será peça chave para solucionar esta guerra. Adaptação bem interessante dos livros de Edgar Rice Burrougs (o mesmo do Tarzan).
Despicable Me: Nesta excelente animação de um estúdio novo (Illumination) Gru quer ser o maior vilão do mundo ao roubar a Lua, passando a perna em seu rival, o Vetor, mas para fazer isto ele precisa de 3 garotinhas pelas quais ele começa a se afeiçoar. Excelente mesmo...
Ice Age: Um mamute, uma preguica e um tigre Dente-de-Sabre acabam se unindo para levar um bebê novamente para seus pais. O que o grupo não sabe é que o tigre tem suas próprias motivacoes. Excelente animacao digital que rendeu 3 sequências também ótimas. Detalhe especial para o Scrat, o esquilo hilário...
Total Recall (2012): Readaptação do filme de 1990 no qual Denis Quaid, um operário comum, após ir a Recall, uma empresa que implanta memórias de viagens diretamente em seu cérebro, descobre ser um agente secreto e peça chave para derrubar um regime tirano. Muito louco e muito bom (tanto quanto o primeiro).
Peter Pan: Excelente adaptação da Disney contando a história de como Peter Pan, um garoto que não quer crescer, encontra Wendy e seus dois irmãos e os leva para um passeio pela Terra do Nunca, onde eles enfrentarão o perigoso Capitão Gancho. Muito 10...
Casino Royale: Excelente reboot para 007, contando como ele se torna um 00 com permissão para matar e suas primeiras missões. Mostrando um James Bond muito mais "real" que os anteriores, porém ainda sem perder o charme da franquia... vale a pena...
Quantum of Solace: Continuação imediata de Cassino Royale, o novato James Bond vai atrás dos assassinos de Vesper, descobrindo uma organização criminosa muito maior do que se desconfiava. Da primeira vez que assisti, achei o filme meio sal, mas agora, assistindo aos três juntos, este também não deixa nada a desejar...
Skyfall: Após 007 ser declarado morto e retornar à ativa, sua lealdade começa a ser questionada, ao mesmo tempo em que o MI6 é atacado por um rival excepcional que ameaça a vida de M. Com um desfecho impressionante, eu realmente espero que Daniel Craig faça mais alguns 007s.

Por enquanto é só, mas se novos seriados não começarem a aparecer logo, então em breve tem mais 20 filmes por aqui... hehehehehehehehe...

30 de ago. de 2013

Construtora Laguna e seu Descaso pelos Pedestres

Hoje, ao andar próximo à Praça do Japão, em Curitiba, passei ao lado de uma construção realizada pela Laguna, momento em que tirei a foto ao lado.
Se vocês olharem com atenção, verão que a construtora simplesmente impediu a passagem dos pedestres pela calçada e fez com que eles tivessem que andar pela rua, separados de ônibus e veículos apenas por alguns cones e uma fita plástica vagabunda, bem no horário de pico da Avenida Iguaçú (uma mulher pode ser vista andando na rua na direita da foto).
Isto mostra claramente o descaso que esta construtora tem pelos transeuntes, de forma bem diferente de construções do mesmo tipo na Europa, por exemplo, onde chegam a ser construídos túneis temporários na calçada para que os pedestres possam continuar caminhando por locais seguros.
Infelizmente estamos no Brasil...

23 de ago. de 2013

Das Buch ohne Namen

Hoje eu terminei de ler Das Buch ohne Namen (o livro sem nome), escrito por Anonymus.
Não, isto não é brincadeira...
Este livro, originalmente em inglês e traduzido para alemão (ainda sem tradução para o português) conta a história de um livro sem nome que mata todos os que o lêem. E como se isto não bastasse para tornar a trama interessante, tudo se passa em Santa Mondega, uma vila em algum lugar esquecido, povoada por vampiros.
É no meio disto tudo que dois monges (em busca de uma pedra mágica que pode fazer com que a noite seja eterna em Santa Mondega) um caçador vampiros chamado Rodeo Rex e um serial killer conhecido como Bourbon Kid chegam à cidade, gerando um caos cada vez maior.
Todos estão atrás da pedra e todos estão atrás do livro e, a cada novo capítulo, uma nova reviravolta ou um novo personagem aparece para deixar a história cada vez mais maluca.
Com um final surpreendente (embora não espetacular) o livro é muito legal e eu mal posso esperar para ler as sequências.
Quanto ao autor, até tentei descobrir quem ele é, mas infelizmente sem sucesso... por enquanto continua sendo anônimo... hehehehehe...

22 de ago. de 2013

5 anos do Telercópio Fermi

Lançado em 11 de junho 2008 o telescópio de raios gama Fermi foi lançado ao espaço pela NASA para tentar "ver" o que nenhum outro telescópio ainda tinha conseguido.
Após 5 anos de operação a Nasa colocou no ar um vídeo mostrando as mais importantes descobertas que o Fermi fez desde então.

15 de ago. de 2013

Peões de jogos de tabuleiro de 5000 anos

Um grupo de arqueologistas encontrou, segundo a Discovery News, um grupo de pedras esculpidas com aproximadamente 5000 anos de idade em uma escavação em Başur Höyük, no sudoeste da Turquia.
As 49 peças encontradas formam grupos com a mesma escultura, pintadas em diferentes cores, assim como dados e três peças circulares feitas de uma borda branca com centro preto.
De acordo com o arqueologista Haluk Sağlamtimur da Ege University de İzmir, na Turquia, peças imilares já havian sido entradas antes em dois sítios arqueológicos (Tell Brak, na Síria e Jemdet Nasr, no Iraque), mas em ambos os casos apenas peças isoladas foram encontradas, levando os arqueólogos a acharem se tratar de pedras de contagem.
O descoberta atual, de todas as peças juntas em um mesmo local, leva a conclusão de que tratava-se de um jogo, mostrando que os jogos de tabuleiro já estão aí a pelo menos 5000 anos.

E até parece que foi ontem que eu comprei o primeiro jogo da minha coleção... hehehehehehe...


2 de ago. de 2013

Marta Suplicy e a arte de não responder a perguntas diretas

Vira e mexe eu ouço a Voz do Brasil no rádio quando estou voltando para casa, e o que mais me espanta é que de vez em quando a gente ouve coisas absurdas por lá, como a entrevista da atual Ministra da Cultura, Marta Suplicy, respondendo sobre um programa de incentivo à produção cultural amazonense:
Repórter Nathália Koslyk: Ministra, o que é que justifica a escolha da região norte para a abertura do edital?

Ministra da Cultura - Marta Suplicy: O edital está sendo lançado agora, é um edital para a Amazônia toda, eu espero que muita gente se habilite e é na área da música, na área da dança, na área da cultura indígena, na área da pesquisa. Ele abre dia 15 de agosto, tem a duração de 45 dias em aberto, e aí depois começamos a anunciar logo em seguida, o tempo só de fazer o julgamento, os premiados.
O impressionante é que a ministra consegue falar um monte sem responder a uma pergunta direta: porque o programa começa na Amazônia?
Político é igual até mesmo quando as perguntas não são capciosas...

29 de jul. de 2013

Evolução do Wolverine (pelo menos da roupa)

Da mesma forma que fiz a poucos posts atrás, ainda em tempo do lançamento do novo filme do Wolverine, a Halloween Costumes fez mais um de seus infográficos mostrando a evolução da vestimenta deste herói, desde sua estréia nas páginas do Hulk até hoje.

21 de jul. de 2013

M.C. Escher no MON

Para aqueles que moram em Curitiba ou estão de passagem pela cidade, o Museu Oscar Niemeyer, ou MON, está com uma exposição fantástica da obra de M.C. Escher até o dia 11 de agosto.
A exposição já foi prorrogada uma vez, mas não acho que vá ser novamente, então, aqueles que tiverem interesse, corram, pois a exposição está realmente muito boa.
Para aqueles que não sabem de quem estou falando, Escher foi um artista holandês que ficou especialmente conhecido por suas litografias e xilogravuras explorando espaços inpossíveis, metamorfoses e explorações do infinito.
Mesmo que você nunca tenha ouvido falar dele, com certeza já se deparou alguma vez com pelo menos uma de suas ilustrações, sem contar em algumas referências cinematográficas, como algumas cenas de Labyrinth ou mesmo o atual Inception, ambos claramente em relação à "Relatividade", uma de suas obras mais conhecidas.
Embora tenha sentido falta de algumas de suas obras (como "Doppelplanetoid", "Schwerkraft", "Schlangen" ou "Krempeltierchen") a exposição não deixa nada a desejar e conta até mesmo com um filme 3D bem interessante.
Recomendo mesmo!

18 de jul. de 2013

Orquídea Negra - Edição Definitiva

Hoje eu terminei de ler Orquídea Negra - Edição Definitiva, publicado em uma belíssima edição em capa dura pela Panini Books.
Bom, para falar a verdade, terminei de reler, porque eu já tinha lido a coleção em três edições originalmente publicada no Brasil pela Abril, e a história continua ótima!
A conhecida dupla Neil Gaiman e Dave McKean (que também fizeram juntos Sandman) resolveram pegar uma personagem meio secundária da DC Comics e fazer uma minissérie sobre ela, mostrando seus segredos e como ela veio a ser o que é.
Mas o melhor de tudo é que eles fazem isto de uma forma que ninguém esperada (e até então nem imaginava ser possível no mundo dos quadrinhos):
CUIDADO - SPOILER ALERT
matando a heroína na página 6 do primeiro fascículo. Isto mesmo... mortinha da silva, com uma frase excelente do bandido: "Eu já assisti todos os filmes, entende? James Bond, tudo. Eu leio gibis. [...] Sabe o que eu vou fazer? Eu vou te matar. Agora."
A história então se desenrola através das outras orquídeas tentando descobrir quem elas realmente são e reunindo pedaços desconexos de informação aqui e ali.
Um marco dos quadrinhos publicado em 89 que vale a pena ser novamente relembrado.

16 de jul. de 2013

Tintenblut

Hoje acabei de ler um livro no qual eu "perdi" um tempão, não porque seja ruim, mas porque simplesmente empaquei no meio: Tintenblut, de Cornelia Funke, publicado no Brasil sob o nome de Sangue de Tinta pela Cia. das Letras.
Neste livro Cornelia dá sequência a história começada (e em grande parte acabada) no livro Coração de Tinta (Tintenherz), que chegou a ganhar uma adaptação meio picareta para cinema.
A história gira em torno da família de Mortimer (Mô para os íntimos), a qual possui um dom bem interessante: ao lerem passagens de livros em voz alta eles podem trazer personagens do livro para o nosso mundo. A contrapartida é que em troca alguém de nosso mundo acaba indo parar dentro do livro.
No segundo volume da trilogia, Meggie, filha de Mô, está obcecada com o mundo de Coração de Tinta, onde sua mãe viveu presa por mais de 10 anos. Tantas ela apronta que acaba indo parar dendo do livro.
Seria tudo muito bom se Basta e Mortola, vilões secundários do primeiro livro, mas bem presentes neste, também não tivessem dado um jeito de voltarem para Coração de Tinta, levando junto com ela Mô e sua esposa. Agora toda a família terá de se proteger não apenas de antigos inimigos, mas de novos perigos que se encontram dentro das páginas de Coração de Tinta.
E claro, nosso anti-herói Dedo Empoeirado continua nos conduzindo ao longo de todo o livro.
A história é meio empacada no meio para podermos entender melhor tudo o que vai acontecer no final do livro e que nos leva, incontestávelmente, para o terceiro livro da trilogia: Tintentot (ou Morte de Tinta) que pretendo ler em breve.
Como bônus o livro ainda conta com ilustrações muito bem feitas da própria autora e citações de diversos outros livros abrindo cada capítulo.
Vale a pena, desde que você já tenha lido o primeiro (ver o filme definitivamente não conta...).

15 de jul. de 2013

Hanabi

Voltando a comentar sobre jogos, vamos falar do ganhador atual do Jogo do Ano (Spiel des Jahres) que, para aqueles que não conhecem, é um prêmio anual alemão dado, normalmente, a jogos familiares, que trazem diversão para todas as idades.
Este ano o agraciado foi Hanabi, publicado na Alemanha pela AbacusSpiele. De autoria de Antoine Bauza (que já faturou outro Spiel des Jahres por 7 Wonders) com ilustrações simples de Albertine Ralenti, é um jogo cooperativo no qual os jogadores tentam criar um show de fogos de artifício. Quanto melhor o show, mais pontos ele vale e, consequentemente, melhor o time completou sua missão.
O deck de cartas é composto de 5 cores, cada cor com valores indo de 1 a 5. No início do jogo, cada jogador recebe uma quantidade de cartas que, ao contrário dos jogos comuns, ele segura com o verso virado para si, de modo a que todos os demais jogadores saibam suas cartas, menos ele próprio (como pode ser visto na foto de Christopher Ross).
Na sua vez, cada jogador pode fazer uma ação entre três possibilidades. A primeira possibilidade é dar uma dica a outro jogador, dizendo quais cartas de uma determinada cor ou número ele possui. Infelizmente a quantidade de dicas é limitada para a mesa toda e cada vez que uma dica é dada, um chip é virado para mostrar quantas dicas ainda podem ser dadas.
A segunda possibilidade é jogar uma carta fora (e comprar uma nova) para desvirar um chip de dicas.
A terceira possibilidade é baixar uma carta no campo de fogos, colocando-a em jogo. O problema aqui é que não podem haver cartas repetidas no campo de fogos, nem tampouco números pulados (1 seguido de 3, por exemplo). Se um jogador baixa uma carta que não combina com o que já está na mesa, um raio é colocado em jogo. Três raios e os jogadores perdem.
O jogo acaba uma rodada após algum jogador ter comprado a última carta do monte, e a pontuação do show que os jogadores conseguiram completar é analisada.
A dificuldade do jogo pode ser influenciada alterando-se a quantidade de dicas possíveis, diminuindo a quantidade de raios permitidos ou incluindo cartas coloridas (que formam uma sexta cor, mas são utilizadas também para as dicas coloridas, ou seja, se você tiver 1 carta azul e 1 colorida, o jogador que lhe der uma dica de cor vai dizer que você tem 2 cartas azuis).
O jogo é bem interessante e, até certo ponto, divertido. Não é um 7 Wonders, que ganhou tudo no ano de lançamento, mas é muito bom e merece uma nota 7.

10 de jul. de 2013

Evolução do Super-Homem (pelo menos do símbolo...)

Com mais um filme do Super-Homem chegando aos cinemas (e esperamos sinceramente que seja melhor que o último) o pessoal da HalloweenCostumes.com fez um infográfico desenhado por Kate Willaert que mostra a evolução do S que todos conhecemos, desde seus primórdios como nada mais do que uma mirradinha letra no meio de um enorme escudo até os clássicos dos quadrinhos.

7 de jul. de 2013

Mais um óbito by Google

Em 2011 o Google lançou o Google Reader, um ótimo aglomerador de conteúdo para você não ter que ficar olhando 20 páginas diferentes quando chega em casa.
Este semana ele foi oficialmente morto pelo próprio Google.
Segundo eles, a base de usuários não era grande o suficiente para manter o aplicativo em funcionamento... ainda bem que outras empresas não pensam assim, como por exemplo, a Feedly, que acabou abocanhando a grande maioria dos usuários do Google Reader.
De qualquer forma, pesquisando sobre isto na net, achei este infográfico interessantíssimo, que mostra os aplicativos que a Google já criou e matou nestes longos anos de carreira.

Google Graveyard: A List of Google Products That Were Discontinued [INFOGRAPHIC]
© WordStream, an AdWords partner.

O mais interessante é ver que um monte destes aplicativos era bem legal e continham boas propostas, enquanto outros, eu nem sabia que existiram algum dia... hehehehehe...
Se você quiser saber um pouco mais, Elisa Gabbert tem um post interessante falando sobre isto (veja aqui).

25 de jun. de 2013

Demagogia?

Segundo o Aurélio, demagogia é a estratégia de obter poder político apelando aos preconceitos, emoções, medos, vaidades e expectativas do público, tipicamente por meio de retórica e propaganda passionais, e frequentemente usando temas populistas.
A parte que fala de expectativas do público vem bem a calhar neste momento da história brasileira, no qual a população indignada sai às ruas exigindo mudanças drásticas e amplas.
Curiosamente só agora, acuados que estão, os políticos vem a público com medidas rápidas que tem a maior cara de terem sido inventadas na pressa apenas tentando apaziguar os ânimos.
Primeiro nossa Presidenta Dilma com seus 5 pactos, a saber:
  1. Responsabilidade Fiscal e controle da inflação
  2. Plebiscito para formação de uma constituinte sobre reforma política
  3. Saúde
  4. Educação
  5. Transportes
O que podemos inferir disto é que, ou a presidenta acabou de assumir um governo falido ou sua pauta de prioridades era absurda, pois falar que apenas agora a responsabilidade fiscal e o controle da inflação são importantes é completamente fora de propósito. É assumir que nada de concreto foi feito na sua gestão para o tema.
E o mesmo pode ser falado da Saúde, da Educação e dos Transportes. Quer dizer que é preciso um movimento nacional para que isto se torne importante?
Na teoria a Presidenta não pode nem colocar a culpa nas gestões anteriores, pois ela é um governo de continuidade que já dura 3 mandatos...
Em resumo, apenas o segundo pacto pode ser considerado mais concreto e menos conversa mole para boi dormir.
Somado a isto, ainda temos o pronunciamento de Renan Calheiros, que curiosamente não ouviu o povo quando 1,5 milhão de assinaturas foi entregue exigindo sua saída do Congresso, mas que milagrosamente parece ter recuperado a audição e agora, somente agora, ouve o povo e propõe mais dois pactos: segurança pública e federativo.
No fim das contas, aparentemente são os políticos fazendo o que fazem melhor: sendo demagogos.

23 de jun. de 2013

Numberphile

Navegando pena net, encontrei o site Numberphile.
Neste site um grupo de matemáticos se reúne para explicar conceitos estranhos e interessantes da matemática, como porque 0!=1 ou explicar piadas de matemática.
Nerd que sou, adorei... e abaixo eu coloquei um dos vídeos deles, que estão também disponíveis no YouTube.

15 de jun. de 2013

Cores são iguais para todos?

Achei um vídio no Youtube do pessoal do Vsauce3 que me chamou atenção por falar sobre o tópico de como as pessoas percebem as cores. Como sou parcialmente daltônico, o vídeo me chamou atenção.
Mas o melhor é que ele não para neste conceito, e sim, vai além, incluindo até mesmo, como as pessoas se comunicam e nossa diferença para os demais animais.


Eu achei muito interessante...

12 de jun. de 2013

City of Horror

E para voltar ao mundo dos vivos, nada melhor que um jogo de mortos-vivos...
Trocadilhos à parte, resolvi estrear meu retorno aos jogos com City of Horror, de Nicolas Normandon (que só fez outro jogo de zumbi até o momento) e publicado pela Repos com uma arte muito bacana de Miguel Coimbra (o mesmo responsável pela arte de uma série de jogos cults, dos quais, 7 Wonders pode ser destacado).
O tema de zumbis tem virado cada vez mais moda, e cada empresa parece querer fazer um. Desde os trash como Zombies!!!, até os extremente bem acabados e cheios de miniaturas como Zombicide ou Last Night on Earth, passando pelo cult The Walking Dead, só para citar alguns.
Pessoalmente nunga gostei muito do tema, mas acabei comprando City of Horror como negócio de ocasião em Essen e acabei me surpreendendo positivamente com o jogo.
Cada jogador possui um certo número de personagens (que depende da quantidade de jogadores) e cada personagem possui um habilidade ou um defeito único. O objetivo geral, como em qualquer jogo deste estulo, é manter seus personagens vivos até o final do jogo, obviamente sacrificando seus oponentes para os zumbis no processo.
O jogo tem a vantagem de ser extremamente rápido (apenas 4 rodadas), que sempre acontecem da mesma forma: os jogadores escolhem o movimento de seus personagens, uma carta randômica decide quantos zumbis entram em cena e onde, batalhas entre zumbis e personagens são resolvidas e espólios são distribuídos.
Cada jogador tem uma quantidade de cartas de ação no início do jogo, e as mesmas se tornam extremamente escassas no decorrer das 4 rodadas, tornando os jogadores cada vez mais vulneráveis aos zumbis.
O mapa do jogo mostra uma cidade com 6 locais diferentes, cada um com uma vantagem distinta, mas também com um número limitado de espaços para acomodar os personagens. Quando um personagem se move para um local cheio, acaba ficando na rua, muito mais suscetível ao ataque dos mortos-vivos.
Adicionalmente, um caráter de negociação também entra em cena, à medida que os jogadores podem negociar cartas e favores em troca de ajuda ou proteção.
Ao final da quarta rodada chega o resgate. Mas para que um personagem seja considerado sobrevivente, o mesmo ainda tem que ter, ao longo das rodadas, conseguido um antídoto, pois do contrário será deixado para virar mais um zumbi.
Cada personagem sobrevivente traz pontos para o jogador, assim como algumas cartas de ação, comida e antídotos não utilizados. Ganha quem tiver mais pontos após o resgate.
Interessante até mesmo pelo fato do jogo ser rápido, porém com certeza não entrará na minha lista dos mais, mais...

Nota 6 de 10