24 de ago. de 2015

Seriados de TV e a persistência humana

Estava conversando com amigos a alguns dias atrás sobre seriados de TV que se perderam (sendo Lost um dos maiores exemplos), e começamos a tentar lembrar de seriados que foram exatamente o oposto, ou seja, que foram cancelados em alta, quando o seriado ainda estava muito bom, sem que nenhum dos personagens principais tenha saído e sem um final sem sentido. Resumindo, seriados que terminaram com gosto de quero mais.
Incrivelmente em um grupo relativamente grande de pessoas (mais de 20 com quem conversei) conseguimos chegar a poucos seriados assim.
O primeiro que muitos lembraram foi Friends. Com suas 10 temporadas entre 1994 e 2004 o seriado divertiu muita gente em cada um de seus episódios, contando com um desfecho que, se tivesse sido continuado, provavelmente tombaria para cada vez menos audiência até um fim decadente.
Mas acho que para aqueles que assistiram, a escolha mais óbvia é Avatar: The Last Airbender, com suas 3 temporadas. O desenho da Nicklodeon foi escrito em 3 temporadas e não foi esticado em nem um episódio a mais, o que fecha completamente o arco da história trazendo um desfecho excelente.
Curiosamente, Supernatural faz exatamente o contrário. A história que havia sido escrita originalmente para 5 temporadas, devido a pressão dos fãns e da produtora, deixa um final completamente exuberante, para (até agora) mais 6 temporadas que são uma piada perto do que o seriado foi um dia.
Outro seriado que foi lembrado é Monk, o detetive cheio de fobias que, embora tenha sua assistente saindo do seriado na quarta temporada, ainda manteve-se brilhante ao longo de 8 anos com um final surpreendente.
Alguns colegas falaram de Firefly (apenas 14 episódios), mas como este eu não assistí, não posso julgar.
E por último, um seriado nacional: Os Normais, que de tão bem que acabou, ainda rendeu dois longa metragens, fazendo exatamente o oposto de Sai de Baixo, que de tão esticado, repuxado e reinventado, já nem graça tinha quando acabou.
Como é que pode, entre tantos seriados que são lançados todo o ano, tão poucos terem conseguido terminar "bem"? Aparentemente isto nos revela uma fraqueza humana que o pessoal que comanda a cadeia decisória das redes de TV também possui: o medo da mudança.
Quando uma coisa está dando certo, tendemos a nos apegar a ela, achando que ela vai dar certo para sempre, mesmo que já mostre sinais contrários e eventualmente saibamos que o ponto máximo já foi atingido.
Isto acontece direto no mundo dos negócios. Um exemplo é a Kodak que, de uma forma interessante, foi seu próprio algoz ao inventar a câmera digital, saber que o futuro estava vindo e, mesmo assim, achar que o mundo iria consumir filmes para sempre.
Mas na TV parece que esta falha humana é exagerada pois de centenas de seriados diferentes, conseguimos lembrar apenas de um punhado. Por outro lado, quem de nós não assistia um seriado que achava o máximo e, de uma hora para outra, ele começa a ficar ruim a ponto de simplesmente deixarmos de assistir (Arquivo X)? Quem nunca viu uma novela na qual se percebe claramente que o escritor está recheando a mesma com voltas e mais voltas simplesmente para esticá-la?

Se alguém se lembrar de outro seriado que acabou no momento certo, me avisem, porque meu grupo de colegas não conseguiu ir além dos 5 citados, o que faz com que bons seriados (do início ao fim) sejam poucos...

1 de ago. de 2015

20 filmes na telinha

E lá se vão 20 filmes assistidos recentemente na televisão que, como de costume, levam a uma pequena resenha de cada:

Tarzan: Na adaptação disney de 1999 com uma trilha sonora muito boa de Phil Collins, Tarzan terá que enfrentar um caçador que tentará de tudo para caçar gorilas, ao mesmo tempo que aprende o que é ser humano com Jane. Um excelente desenho da Disney.
Rurôni Kenshin: Kyôto taika-hen: Na continuação em live action do anime Samurai X, Kenshin é convocado pelo novo governo para ir atrás de Shishio, um antigo matador do governo que agora lidera um bando de renegados e quer instaurar o caos no Japão.
Rurôni Kenshin: Densetsu no saigo-hen: O último filme da trilogia do Samurai X, mostra um Kenshin quase morto se reerguendo com a ajuda de seu antigo sensei. Agora Kenshin terá que contar com a ajuda de todos os seus aliados para poder colocar um fim nos planos de Shishio e salvar o Japão.
Horns: Um rapaz é acusado de ter causado a morte de sua namorada e todos, sem exceção, realmente acreditam em sua culpa, até que uma manhã começam a nascer chifres em sua cabeça e todos que estão perto dele tendem a falar somente a verdade e a tomar ações extremas. Agora ele poderá usar esta maldição em seu favor para descobrir quem foi o real culpado do assassinato. Interessante, mas poderia ter sido melhor explorado.
Surveillance: Após um assassinato absurdo na estrada, um casal do FBI chega à polícia local para ajudar a descobrir o que aconteceu, mostrando que todos os envolvidos tem os seus segredos, incluindo os agentes do FBI. Honestamente, um lixo...
Repeaters: Após uma noite de tempestade três viciados em processo de largarem o vício descobrem que o dia deles se repete sem parar. Enquanto dois deles escolhem entender o que está acontecendo para reverter o processo, um começa a fazer tudo o que imagina, pois na visão dele as consequências nunca virão. Filme bem fraco...
The First Great Train Robbery: Filme de 1978 que mostra uma tentativa audaciosa de roubo de um trem que levava ouro para pagamento dos soldados na guerra da Criméria, em uma época que se achava completamente impossível um assalto ao trem. Bom filme com Sean Connery e Donald Sutherland.
Alice in Wonderland: Clássico da Disney que reconta a história de Alice perseguindo um coelho branco para dentro de um buraco na árvore. Agora, presa no País das Maravilhas, Alice irá conhecer os mais estranhos habitantes, passando por várias aventuras. De longe não é o melhor Disney, mas ainda assim, vale a pena eventualmente.
Priest: Em um mundo onde os vampiros existiam e eram praticamente invencíveis, a igreja criou os Padres, lutadores excepcionais que conseguiram vencer a batalha contra estas criaturas sanguinárias apenas para serem deixados de lado pela sociedade após a vitória. Mas agora os boatos são de que os vampiros voltaram e os Padres poderão ser necessários mais uma vez. Só veja se não tiver mais nada para fazer.
The Imitation Game: Baseado na história real de Alan Turing, o matemático que conseguiu inventar o precursor do computador digital para quebrar o Enigma, a máquina de codificação das comunicações nazistas da segunda guerra. Em excelente filme retratando não apenas as façanhas de Alan, mas também sua inaptidão social. Vale a pena assistir.
Return to Never Land: Capitão Gancho acaba de bolar um plano para conseguir prender Peter Pan: ele irá sequestrar Wendy de nosso mundo. O que ele não imagina é que muitos anos se passaram e ele acaba sequestrando a filha de Wendy, uma garota muito séria para a idade e que acabará gerando grandes problemas para todos por não acreditar em fadas. Uma interessante sequência para o clássico Peter Pan.
Maleficent: A história da Bela Adormecida vista por um ângulo completamente diferente, no qual Malévola nunca foi a bruxa má que normalmente conhecemos. Uma revisitação fascinante deste clássico da literatura infantil com efeitos especiais muito bons.
The Grand Budapest Hotel: As histórias fabulosas do concierge do famoso (e fictício) Grand Hotel Budapest e seu garoto de recados no período entre a primeira e a segunda guerra mundial são contadas de uma forma fabulosa, bem ao estilo Big Fish. Com um elenco de primeira, o filme proporciona muitas risadas.
Se Eu Fosse Você 2: Glória Pires e Tony Ramos voltam a brigar e acabam trocando mais uma vez de corpos nesta sequencia impagável e hilária. Para aqueles que não acreditam que um raio cai duas vezes no mesmo lugar e que sequências nunca são tao boas quanto o original.
Divergent: Em um futuro pós-apocalíptico, a sociedade foi dividida em grupos que mantém a ordem das coisas. Porém os divergentes, cidadãos que não conseguem ser "catalogados" em um dos grupos, são um risco ao status quo. Confesso que não li o livro, mas o filme ficou bem bacana.
Willy Wonka & the Chocolate Factory: Versão original do filme que conta a história da fantástica fábrica de chocolates que abre suas portas para 5 crianças sortudas que encontraram um bilhete dourado. O que elas não imaginam são as aventuras que irão viver dentro da fábrica. Um clássico que, mesmo sem efeitos especiais, é superior ao remake!
Magic in the Moonlight: Um famoso mágico que adorava desmascarar médiuns é trazido para conhecer uma garota que supostamente possui dons sobrenaturais. O que ele não imaginava é que ele acabaria se apaixonando por ela no processo de desmascará-la. Comédia romântica sem comédia nem tampouco muito romance... :-(
The Other Woman: Após descobrir que seu namorado possui uma familia, as duas amantes e a esposa se unem para planejar uma vingança à altura da traição sofrida por todas. Comédia hilária com Cameron Diaz.
Teenage Mutant Ninja Turtles: Refilmagem da clássica história das 4 tartarugas mutantes que aprendem artes marciais com o mestre Splinter e devem defender New York de um vilão que não medirá esforços para destruir tudo. Uma excelente adaptação, com as tartarugas mais fantásticas de todos os tempos.
Draft Day: Faltando 12 horas para a convocação de novos jogadores de futebol americano um dirigente de time está sofrendo pressão de todos os lados para escolher um ou outro jogador. Um filme interessante, mas somente se você sabe como funciona a escolha de jogadores.

Por enquanto ficamos por aqui, mas daqui a 20 filmes tem mais...