22 de out. de 2012

Essen

Felizmente venho conseguindo nos últimos anos ir para a feira de jogos de Essen que, para quem não tem idéia do que estou falando, é simplesmente a maior feira de jogos de tabuleiro do mundo.
Aqueles que acompanham meu blog já sabem que adoro jogos de tabuleiro e ir à feira de Essen é simplesmente indescritível. São 4 dias de jogos, conhecer pessoas novas, encontrar os autores de seus jogos favoritos e ter a chance de conversar com eles e ainda se divertir um monte fazendo o que gosta.
Mas infelizmente este ano a internet da pensão onde eu me hospedo não estava funcionando, então acabei nem escrevendo nada de lá, mas agora que estou de volta, vamos fazer um post longo para falar o que aconteceu.
Testei Die Legenden von Andor, do Michael Menzel, um ilustrador conhecido que resolveu criar seu próprio jogo de quase RPG. Os jogadores são heróis do mundo de Andor e enfrentam juntos as forças de trevas que ameaçam o reino. Até que é interessante para uma primeira tentativa, mas o jogo parece simplesmente repetitivo e se você jogar mais de uma vez vai ver que deve fazer exatamente o que já fez antes. Cheira a uma tentativa de criar um bilhão de expansões com novas missões e coisas assim.
Slavika, da Rebel.pl, também foi testado e reprovado. No jogo de cartas cada jogador comanda um clã que enfrenta monstros da mitologia polonesa. Infelizmente o mecanismo de colocação das cartas possui um problema que faz com que um jogador mal intencionado possa prorrogar o jogo quase que indefinidamente. Além disto a forma de fazer pontos também não chemou atenção.
Curioso foi que um colega jogou The Cave, outro jogo da mesma empresa que estava bem cotado antes do início da feira, e o jogo também apresentou alguns problemas de finalização. Parece que os play tests da Rebel.pl precisam ser melhorados um pouco.
Seasons, da Libellud, me surpreendeu positivamente. Além de ter uma arte muito bonita de Naïade (o mesmo que ilustrou Isla Dorada), ele também tem uma jogabilidade interessante. A cada estação do ano uma quantidade de dados igual ao número de jogadores mais um é lançada e, em ordem, cada jogador escolhe um dos dados. O valor rolado nos dados mostra os chips de poder arrecadados por cada jogador, representando os 4 elementos. Estes elementos são então utilizados para conjurar cartas de poder que trazem vantagens especiais aos jogadores e que devem ser escolhidas antes do início da partida. Jogo interessante e bonito (este eu trouxe para minha coleção).
Também com arte de Naïade, Tokaido de Antoine Bauza (o mesmo de 7 Wonders) conta as viagens de um grupo de turistas pelo japão feudal. Os jogadores vão viajando e arrecadando souvenirs, realizando encontros com o povo local, fazendo doações ao templo e colecionando recordações da viagem, com a movimentação através de um sistema similar ao de Kill Dr. Lucky, no qual o jogador que está por último tem sempre a vez (o que faz com que um jogador possa, conforme sua situação, jogar mais de uma vez seguida).
Outro interessante foi Samurai Sword, um jogo com o sistema Bang! ambientado no mundo dos Shoguns, samurais e ninjas. O jogo funciona como Bang!, mas ao mesmo tempo com algumas diferenças. A principal delas é que os jogadores que perdem todos os seus pontos de vida não morrem imediatamente, mas sim, são deixados fora de combate por uma rodada e depois retornam com todos os seus pontos de vida ao jogo. O que acontece é que, nesta situação, eles perdem um ponto de honra que migra para o jogador que tirou o último ponto de vida dele. O jogo acaba quando um jogador perder todos os seus pontos de honra e aí é feita a soma da quantidade de honra em cada time (shogun + samurais, ninjas e ronins). Quem tiver mais honra, ganha. Interessante para quem já cansou de sempre jogar Bang!.
Acabei jogando e testando muitos outros jogos, mas o post iria ficar muito comprido se comentar todos, então vou comentando aos poucos a medida que jogar alguns dos que considerei bons e trouxe para mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário