Nesta última segunda feira, dia 15, o sistema de transferências bancárias via DOC foi extinto (oficialmente isto acontecerá apenas dia 29, porque ainda existem transferências na modalidade para serem compensadas).
O motivo disto é, obviamente, o Pix, que revolucionou a forma como os brasileiros trabalham com o dinheiro. Afinal de contas, para que que alguém ainda utilizaria um DOC, que eventualmente era cobrado pelos bancos, para enviar no máximo R$4.999,99 em uma transferência que poderia levar até 24h para ser compensado quando pode fazer o mesmo sem limite (falarei disto depois), com efetivação instantânea e de forma gratuita?
O Pix matou completamente esta forma de movimentação e, em breve, mais outras coisas serão mortas, como os débitos automáticos, que o Pix programado provavelmente enterrará, assim como anos atrás a digitalização dos bancos matou os cheques (quem não lembra dos adesivos "bom para").
O futuro e a evolução são inevitáveis e temos de nos adaptar a elas, seja para o bem, como o Pix, seja para o mal, como atualmente anda a discussão sobre utilização de I.A. para geração de imagens.
Mas mesmo para as alterações que vem majoritariamente para o bem, como o Pix, sempre podem existir coisas com as quais devemos nos preocupar e que, muitas vezes, nem sequer foram cogitadas originalmente.
A padronização de Pix gerou toda uma série de novas formas de roubo. As instituições financeiras deixaram limites irreais de transferência para seus clientes e os ladrões se aproveitaram da velocidade da efetivação da transferência para lucrar rapidamente. Um efeito colateral não previsto e que, até o momento, não tem muita solicitação.
Mas resumindo, não se apegue demais a como as coisas são ou foram, porque, com a velocidade com que estão mudando, talvez amanha seja tudo diferente...
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