Stefan Feld é um autor que eu tenho comprado de olhos fechados. Tudo que ele fez até agora, se não foi certeiro, foi pelo menos muito bom, e com Trajan não é diferente.
Em Trajan os jogadores são pessoas influentes em Roma, tentando aumentar sua influência em diversos setores da vida cotidiana, como o poderio militar, os operários e o senado.
O principal mecanismo do jogo é composto de uma espécie de mancala com seis recipientes. No início do jogo, cada recipiente possui 2 peças de cores diferentes (como pode ser visto na foto de Kwang Il Kim) e a jogada de cada participante consiste em escolher um dos recipientes, pegar todas as peças acumuladas nele e distribuí-las, uma a uma, nos demais recipientes, em sentido horário. O recipiente em que for colocada a última peça mostra qual a ação que poderá ser realizada (construção, exército, senado etc.).
Adicionalmente, podem existir ações especiais ao lado de cada recipiente (colocar ações adicionais ao lado dos recipientes é uma das ações básicas que podem ser realizadas), as quais são acionadas caso o recipiente em questão contenha uma combinação de cores específica, mostrada na peça da ação especial.
Ao final de cada pequena rodada, é mostrado uma necessidade do povo romano (podem ser pão, circo ou religião). Ao final de cada grande rodada (que consiste de 4 pequenas rodadas), cada jogador deve suprir as necessidades do povo através das respectivas peças de pão, circo ou religião que devem ser coletadas do tabuleiro através das ações da mancala e das ações especiais. Aquele que não conseguir satisfazer o povo, perde pontos (e muitos).
O mas interessante é que o jogo não é implacável com erros. Mesmo que nas primeiras jogadas alguém aparentemente fique para trás, no decorrer do jogo é perfeitamente possível que este jogador alcance os demais e até dispute a vitória.
Como já falei, Stefan Feld tem acertado muito e este jogo é mais um de suas invenções de sucesso.
de 1 a 10