18 de nov. de 2024

As Índias Negras

Neste último final de semana terminei de ler As Índias Negras, mais um romance de Júlio Verne da minha coleção e tentativa de terminar com todos os livros deste famoso escritor, agora com este originalmente publicado em 1877, quase 100 anos antes mesmo de eu nascer.

Em primeiro lugar, demorei até o final do livro e, ouso dizer, após o término par finalmente entender o título dele, que na verdade é uma alusão à riqueza impulsionada pela extração e utilização de carvão na revolução industrial comparada à riqueza gerada pela exploração das Índias em tempos anteriores.

Isto posto, já podemos até falar que praticamente toda a história se passa dentro de uma mina de carvão na Escócia, a Nova Aberfoyle (já que a mina original que se encontrava esgotada, chamava-se Aberfoyle), e gira em torno do engenheiro Jamie Starr e da família dos capatazes, os Ford e seu amigo, Jack Ryan.

A história serve, como em diversos outros livros do autor, de pretexto para explicar detalhadamente muitos aspectos da ciência e do cotidiano por trás da exploração do carvão, porém, desta vez, com uma história bem intrigante por trás.

A história começa quando o engenheiro é chamado pelo seu antigo capataz para visitar a mina esgotada de Aberfoyle, o que leva à descoberta de um jazigo de carvão muito maior que o original e cria a Nova Aberfoyle. Mas o intrigante em tudo isto é que muitos acontecimentos pouco fortuitos levam tanto os personagens quanto o leitor a crer que algo ou alguém não quer que o novo esforço de mineração aconteça.

No meio da história somos apresentados a novos personagens que não vou citar aqui para não estragar a surpresa dos que porventura ainda não conheçam este livro.

Mas infelizmente, todo este enredo acaba ficando um pouco vazio, com um desfecho da história simplório e sem nenhuma reviravolta ou surpresa. Uma pena, pois o potencial do livro prometia muito...


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