13 de fev. de 2012

Funkenschlag (Power Grid)

Este semana tive a visita de um colega de jogatinas de São Paulo e escolhemos jogar Funkenschlag (Power Grid), um jogo já antigo, porém ainda não comentado por aqui.
Publicado em 2004 pela 2F, empresa de Friedemann Friese, um de meus autores favoritos, em Funkenschlag cada jogador representa um conglomerado de produção de energia elétrica, arrematando usinas, comprando matérias-primas e expandindo sua rede.
O jogo original vem com dois mapas: Alemanha e E.U.A., mas desde a publicação do jogo, Friedemann vem colocando no mercado quase que um mapa novo por ano, cada um com suas particularidades e pequenas alterações nas regras. Já existe até mesmo um do Brasil... :-)
Cada rodada de Funkenschlag é composta de 4 fases principais.
A primeira é a compra de usinas. Nesta fase as usinas de energia são leiloadas entre os jogadores. Cada usina possui diferentes características como, preço mínimo de compra, matérias-primas necessários para sua operação e quantidade de cidades abastecidas.
A segunda fase é a compra das matérias-primas. As matérias ficam em um estoque específico para elas, o qual mostra exatamente o preço que elas estão valendo: quanto mais matérias primas disponíveis, mais baratas elas ficam, dimulando uma lei da oferta e procura. O interessante é que esta segunda faze é realizada no sentindo inverso dos jogadores, ou seja, o jogador que estiver mais para trás no jogo, compra primeiro e, consequentemente, mais barato, tornando a disparada de um jogadoer na liderança muito mais complicado.
A terceira fase do jogo é a expansão da rede de distribuição. Nesta fase os jogadores pagam para expandir sua rede de eletricidade no tabuleiro. Cada nova conexão (sempre a partir de uma conexão já existente no tabuleiro) custa, no início do jogo, 10 elektros (elektro é a moeda de Funkenschlag), mas a partir da metade do jogo, cada cidade pode ser conectada por até 2 jogadores e cada conexão passa a custar 15 elektros. Bem próximo do final do jogo, uma mesma cidade pode ser conectada por até 3 jogadores, com uma conexão custando 20 elektros. Adicionalmente ao custo básico da conexão, ainda é necessário pagar o cabeamento entre as cidades, o que pode variar de 0 até mais de 20 elektros (dependendo da distância entre as cidades conectadas). Esta fase também é jogada começando co o pior jogador que terá, então, as mais baratas opções de conexão.
A útima fase de cada rodada é chamada de burocracia. Nesta fase os jogadores colocam suas usinas em funcionamento, gastando as matérias-primas adquiridas na fase 2 e abastencendo suas cidades. A quantidade de cidades abastecidas diz quanto dinheiro o jogador irá arrecadar e esta quantia segue uma curva quase exponencial até mais ou menos a metade do jogo e depois os incrementos por mais conexões são cada vez menores (mais uma forma de controlar a disparada dos jogadores líderes). Nesta última fase também é realizado o reabastecimento do mercado de matérias-primas, através de uma tabela que depende da quantidade de jogadores e da fase do jogo (início, meio e fim).
Após um jogador ter construído uma determinada quantidade de conexões (que depende da quantidade de jogadores participando) o jogo acaba e ganha quem conseguir fornecer, neste momento, eletricidade para a maior quantidade de cidades (ou seja, não necessáriamente quem acaba o jogo realmente ganha, embora o normal seja isto acontecer).
Funkenschlag é um jogo muito interessante, com mecanismos muito bem equilibrados e o dinheiro distribuído na medida certa (é impressionante a quantidade de vezes que não podemos fazer tudo o que queremos pela falta de um mísero elektro). Tão bom que seu mecanismo principal foi copiado pelo próprio Friedeman no Spin-off Funkenschlag: Die ersten Funken, que recoloca a temática na idade da pedra. Um excelente jogo que eu recomendo com certeza!

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