25 de jun. de 2012

Salamanca

Conforme prometido, a minha segunda resenha em sequência é do jogo Salamanca, de Stefan Dorra (o mesmo autor do amado/odiado Intrigue, assim como Land Unter e Wizard ou Die Sieben Siegel), publicado em edição multi-lingual pela Zoch.
Os jogadores são nobres da província de Salamanca, no coração da espanha, tentando construir propriedades valiosas e conseguindo dinheiro por elas (dinheiro é o que ganha o jogo).
O tabuleiro mostra um quadriculado representando a região em que o jogo se desenrola. Existem 3 tipos de construção (vila, castelo e monastério), e 5 tipos de terrenos. Cada construção só consegue tirar proveito de, no máximo, 2 tipos de terrenos.
A cada rodada são abertas tantas peças aleatórias de terrenos/construções quanto a quantidade de jogadores. Cada jogador possui 4 cartas em sua mão, com valores entre 1 e 10. Após revelados os terrenos desta rodada, cada jogador, começando pelo jogador inicial, escolhe uma de suas cartas e a mostra. Em sequência, cada jogador deve, então, baixar uma de suas próprias cartas, desde que com um valor diferente de todos os já abertos por seus oponentes.
Uma vez feito isto é a que nova ordem dos jogadores é definida: o jogador com a maior carta é o jogador inicial e os demais jogadores fazem sua jogada na ordem correspondente a suas cartas (sempre da maior para a menor).
Cada jogador que tem a vez tem direito a 1 ação entre 3 possibilidades. A primeira opção é comprar uma das peças de terreno abertas e colocá-la em um lugar qualquer vazio do mapa. Além disto, se a peça for uma construção, então o jogador também pode colocar um de seus 3 lordes nela, tornando-a sua propriedade. Ele também pode vender suas propriedades, arrecadando o valor delas somado ao valor dos terrenos contíguos que se adequam à construção (por exemplo, o monastério só pode tirar proveito de parreirais).
A segunda opção é a colocação de um conde em um castelo oponente. O conde receberá os dividendos das terras circunvizinhas à construção em que ele se encontra no momento em que seu dono a colocar à venda.
A terceira opção é reservada aos jogadores que baixaram cartas de menor valor. As cartas entre 1 a 5 possuem, cada uma delas, uma ação especial que pode ser realizada no lugar das ações descritas acima. Estas ações dizem respeito aos desastres e infestações. A carta 1, por exemplo, comanda o veneno, que pode ser colocado em lagos ou parreirais e faz com que o valor dos mesmos caia a 0.
Após todos os jogadores terem realizados sua jogada, as cartas utilizadas por cada um são passadas ao jogador da esquerda, o que quer dizer que, se eu utilizei um 10 nesta jogada, ele será do meu oponente na próxima jogada. Isto torna a dinâmica de quem tem quais cartas bastante interessante de ser acompanhada.
O jogo não é excepcional, mas proporciona um bom divertimento por um tempo relativamente rápido (minha última partida demorou 2 horas contando explicação das regras e pausa para pizza no meio).

Nota: 6 de 10

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