Já falei anteriormente neste blog sobre empresas que não viram o futuro chegar e acabaram desaparecendo do mercado. Algumas por miopia mesmo (como é o caso da Kodak, que continuou a apostar em material analógico de fotografia enquanto o mundo mudava para o digital), mas outros, simplesmente porque alguém inventou um produto alternativo e melhor.
Este é o caso da BlackBerry, a gigante dos celulares corporativos no início do milênio, com, até onde sei, um pico de 19% de participação no mercado, que viu suas margens derreterem continuamente após a introdução do iPhone, em 2007, e dos celulares com sistema Android.
Apenas para se ter uma ideia, em 2009, 18,3% do mercado de celulares tinha iOS ou Android, sendo que o campeão eram celulares com sistema Symbian, com 46,9%. Porém, no espaço de 2 anos, esta balança mudou drasticamente, com iOS e Android somando 65,5% do mercado e Symbian caindo para apenas 18,7%.
A BlackBerry até tentou novamente entrar no mercado com celulares baseados em Android, mas nunca chegou a ter realmente alguma chance correndo atrás dos competidores.
E agora, em janeiro de 2022, os celulares clássicos da BlackBerry se tornarão pequenos tijolinhos, porque sua tecnologia deixa de ser funcional e todos os celulares ainda usando BlackBerryOS não mais poderão fazer ou receber ligações, mensagens ou dados, tornando-os efetivamente inúteis e encerrando uma era na tecnologia corporativa.
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