4 de fev. de 2022

Presente de Aniversário para o Facebook

Hoje, a 18 anos, nascia o que conhecemos como o Facebook.

Acho realmente que ele dispensa apresentações, mas caso alguém tenha ficado as últimas duas décadas congelado em carbonite, Facebook é hoje, até onde sei, a maior rede social do planeta, com uma capacidade enorme de assimilar seus dados pessoais e convertê-los em formas de monetização. Piadas à parte, muito do que o Facebook faz, realmente é isto.

Mas o presente de aniversário que ele ganhou não realmente muito bom este ano. Após um ano recheado de histórias muito mal explicadas pela rede, como o fato de ela admitir a possibilidade de manipulação política ou de vazar que sabe que pode potencializar problemas psicológicos em seus usuários e não fazer nada em busca de mais dinheiro, ela viu pela primeira vez desde sua criação uma diminuição de sua base de usuários.

Em seu último trimestre de 2021 o Facebook chegou a perder 500.000 usuários diariamente. Uma gota perto dos milhões que tem na rede sua fonte de informação mas, mesmo assim, uma indicação de que talvez, e somente talvez, ela deva repensar seu modo de operação.

Mas o que mais azeda o presente é que esta debandada de usuários gerou uma desvalorização da rede de, dependendo da fonte consultada, mais de 240 bilhões de dólares!

Aiii... esta doeu...

1 de fev. de 2022

Censura do Holocausto nos EUA

Na semana passada eu li uma matéria que demorei a acreditar: no Tennessee, Estados Unidos, baniu MAUS, uma graphic novel de Art Spiegelman, ganhadora do prêmio Will Eisner, da escola, devendo a mesma ser substituída por outra obra.

Para quem não conhece, MAUS é uma biografia da história do avô de Art, um judeu que viveu o holocausto e chegou até mesmo a ir para Auschwitz. Mas o que surpreende na obra de Art é que, além de ele ter antropomorfizado os personagens (por exemplo, judeus são ratos, enquanto alemães são gatos e poloneses, porcos), ele conta a história do holocausto sem endeusar seu avô, mostrando que ele tinha, sim defeitos e muitas coisas que o próprio Art não gostava.

Mas, segundo o voto unânime do board desta escola, a obra não era apta a ser lida na escola, o que é um absurdo. Eu mesmo acho que li MAUS pela primeira vez com, talvez, 10 anos.

Isto mostra como estamos cada vez menos tolerantes.