27 de set. de 2023

O País das Peles

Dando uma acelerada na leitura das obras completas de Júlio Verne, terminei as duas partes de O Pais das Peles, romance original de 1873 que acompanha uma companhia de caçadores de peles na criação desafortunada de uma nova feitoria no extremo norte do Canadá.

No livro, o Tenente Jasper Hobson é instruído na construção de uma nova feitoria de caça para a Hudson's Bay Company, tentando melhorar a caça de peles avançando mais do que os concorrentes franceses e americanos.

Junto aos bravos homens que acostumados ao frio, junta-se Paulina Barnett, uma viajante que acompanha a criação da feitoria e, embora seja uma das poucas personagens feminina e demonstre diversas vezes um caráter forte, acaba tendo pouca ou nenhuma influência na aventura, o que a deixa subutilizada por demasia, quase que como um personagem secundário.

Além dela, um viajante de última hora, Thomas Black, o astrônomo, se junta a aventura de fundação para poder observar um eclipse completo do sol. Inicialmente pensei que ele fosse ser o "cientista sabe tudo" presente corriqueiramente nas aventuras de Júlio Verne, mas o personagem é pior que Paulina, sendo deixado completamente de lado como um inepto completo quando seus planos não dão tão certo quanto ele previa e que, mesmo com uma importante participação no último capítulo da aventura, é mais um personagem descartável.

Agora que já discorremos sobre os personagens, a hostória é dividida de uma forma interessante. A primeira parte trata da aventura dos desbravadores a caminho do ártico, enfrentando o clima e os animais na difícil tarefa da formação de uma nova feitoria, até que, sem que eles saibam, o inimaginável aconteça.

Se você não leu o livro ainda e não quer spoilers (embora spoiler de um livro de 1800 eu acho não seja possível, melhor parar de ler aqui!

26 de ago. de 2023

Uma Cidade Flutuante

Continuando minha aventura literária de Júlio Verne, chegamos a Uma Cidade Flutuante, o qual narra as aventuras principalmente da travessia do atlântico dentro do Great Western, um navio de proporções enormes para a época, e que fora utilizado para passar o cabo telegráfico submarino anos antes da narrativa.

O livro, acompanha um dos viajantes que, por acaso, acaba encontrando um camarada antigo que busca atravessar o atlântico para se recobrar de uma desilusão amorosa. Mas para dar algum sentido ao livro, sua amada acaba casando obrigada com um patife, o qual se encontrava no navio, dando algum fundo para o livro que, em sua maior parte, simplesmente narra o cotidiano fantástico de um navio transatlântico naqueles tempos.

Sem a figura usual do cientista sabe-tudo, comum em vários livros de Julio Verne, este acaba sendo, comparado a muitos outros, apenas uma descrição técnica de como as coisas aconteciam e se desenrolavam durante uma viagem daquela magnitude, parando esporadicamente para acompanhar a vida dos hóspedes do navio.

Adicionalmente, soma-se que, neste livro, a única personagem feminina é vista como completamente desamparada e sem nenhuma chance de nada, a não ser que alguém venha resgatá-la... bom, até para quando foi escrito acho que isto era um pouco subestimar o poder feminino.

Em resumo, até agora o livro que menos me agradou de todos os que já li.

2 de abr. de 2023

Nova Zelândia - Parte 2

Continuando os posts de dicas a respeito da Nova Zelândia, vamos falar um pouco sobre atrações turísticas e locais para visitar. Mas antes que você pense que se trata de um post a respeito de top 10 coisas para fazer, não é bem disto que vou falar aqui, mas sim sobre sua organização a respeito de quando e como fazer as coisas que você escolher.

E a primeira coisa importante a ter em mente: horário de funcionamento!

Na Nova Zelândia quase tudo o que é turístico tem horário de funcionamento entre 9:00am e 04:00pm, e muitos lugares só abrem a partir das 10:00am e alguns poucos fecham às 03:00pm ou tem entrada máxima neste horário. Pouquíssimos locais tinham funcionamento após escurecer e, geralmente, eles necessitavam de reservas antecipadas que já estavam esgotadas a meses.

Isto significa que  muito do seu dia pode ficar completamente inútil se você não planejar bem o que fazer e quando fazer, encaixando os locais próximos e levando em consideração o tempo de translado entre um local e outro.

Em compensação, muitos parques e passeios naturais são abertos 24h ou, quando não o são, geralmente já estão abertos às 7:00am ou, mais tardar, às 8:00am e fecham só após escurecer, o que pode ser facilmente encaixado em qualquer horário do seu dia de turismo.

Em nosso caso, por exemplo, geralmente fazíamos algo nestes locais mais flexíveis (e na maioria das vezes gratuitos) no início do dia, depois seguíamos para as atrações com horário de funcionamento e, se ainda havia tempo, seguíamos para outros locais abertos 24h.

Mas após planejar seu dia, sempre é bom verificar se você precisa comprar entradas antecipadas.

Embora muitos locais não tenham problema nenhum em chegar e comprar a entrada na hora, como os Zoológicos de Wellington e Auckland e os passeios de barco de Paihia, muitos outros locais precisam de planejamento, ou você simplesmente não conseguirá entrar.

Uma dica é verificar os sites dos locais que você planeja visitar. Entre neles e veja se você conseguiria comprar entradas para hoje mesmo ou amanhã. Se tiverem muitas vagas, significa que os ingressos não esgotam tão facilmente e você pode arriscar. Se você não conseguiria, aí é bom se planejar e comprar os ingressos antecipadamente.

Alguns locais, como Hobbiton, visitas a Weta, cavernas de Glowing Worms e diversos passeios noturnos, são tão disputados que você terá de comprar os ingressos com semanas de antecedência (entradas para jantar em Hobbiton ou visitar Zealandia à noite tem ingressos esgotados pelos próximos 3 meses no momento que escrevo isto).

O jeito é organizar estes passeios mais concorridos e montar sua viagem ao redor deles.

E já que estamos falando de comprar entradas, uma outra dica que nos foi passada pela dona de um dos locais onde ficamos: sites de descontos!

Existem 2 sites de descontos locais na Nova Zelândia, onde você pode encontrar ingressos substancialmente mais baratos (compramos a viagem de barco para ver o Hole in the Rock com 50% de desconto): GrabOne e BookMe. Basta escolher a cidade onde você está ou estará e o site mostrará uma série de atividades onde você pode comprar ingressos com descontos.

O problema são as letras miúdas... muitos dos descontos mais significativos dependem de você entrar em horários pouco usuais, como entre 13:00 e 14:00 ou com apenas 1 hora antes do local fechar.

Os dois sites valem muito a pena e economizamos muito por lá, mas você tem que estudar direito se o desconto vale em relação às condições. Por exemplo, não adianta pagar 30% a menos se você só terá uma hora para visitar um parque geotermal cuja trilha dura 2 horas.

O que me lembra de mais um detalhe interessante: tempo de visitação.

Nestes dois sites de desconto são mostrados o tempo médio de visitação de cada local, mas, na minha experiência, você pode colocar 50% a mais em todos os horários mostrados lá, salvo algo que você já tenha visto antes (como seu 5º parque geotermal).

E quando se trata de caminhadas, coisa que nós gostamos muito de fazer, aí pode colocar 50% a mais de tempo em tudo, ou até dobrar o tempo mostrado se você for apreciando a caminhada. Na nossa experiência, os tempos de caminhadas de tudo na Nova Zelândia é extremamente subestimado.

Embora os caminhos sejam extremamente bem indicados em praticamente todo lugar que fomos, muitos mostram apenas o tempo de caminhada, e ainda pode haver uma pegadinha: round, one way, two way. Se um caminho é round, o tempo mostrado é para dar uma volta e chegar  novamente de onde você saiu. Agora se o tempo é one way, significa que para ir e voltar você tem que dobrar o tempo mostrado, embora em alguns lugares mostre two way, que já seria a ida e volta.

E como regra, sempre é bom tirar uma foto do mapa no início da caminhada (muitos lugares tem um bom mapa no início das trilhas).

29 de mar. de 2023

Nova Zelândia - Parte 1

Recentemente eu fiz uma grande viagem de férias pela ilha norte da Nova Zelândia e, a despeito de ter preparado bem a viagem, muita coisa sobre a Nova Zelândia eu só aprendi ou descobri ao chegar lá.

Por este motivo, resolvi escrever um pouco não sobre a viagem em si, mas sobre algumas dicas importantes que eu acho que deveriam ser mais divulgadas para quem desejar se aventurar pelas terras daquele pais tão diferente e, em alguns aspectos, tão similar ao nosso.

E a primeira de todas: se você for alugar um carro, lembre-se que eles tem direção inglesa! Tudo bem, isto não é uma dica tão desconhecida, mas sempre é bom relembrar que não apenas a direção fica do "lado errado" do veículo como também o sentido das ruas e, principalmente, o sentido das rotatórias (e são muitas rotatórias!!!), que devem ser rodadas no sentido horário e quem vem da direita tem a preferência!

Além disso, um outro detalhe da mão inglesa: você ultrapassa pela direita! A pista para veículos lentos, e recomendo que você se comporte como um veículo lento pelo menos durante o período de adaptação, é a pista esquerda!

Parece simples, mas na prática, não é! Eu quase me envolvi algumas vezes em acidentes e se não fosse minha esposa estar junto comigo também prestando atenção teria sido muito difícil, logo, ou você pensa em fazer uma viagem sem carro ou já se prepara para algumas semanas estressantes lutando contra sua memória muscular a cada segundo atrás do volante.

Mas se você pensa que este é o único problema em relação a dirigir na Nova Zelândia, está bem enganado, porque além desta dificuldade, muitas outras coisas só foram descobertas lá.

A primeira delas: pedágio! Embora poucas rodovias sejam pedagiadas, eventualmente você acabará passando por uma e, ao contrário do Brasil, você não paga com moeda física. Na verdade, o que seria o posto de pedágio são um monte de câmeras, as quais reconhecem sua placa e colocam uma "nota de débido" na placa de seu carro.

Para poder pagar, você tem 5 dias para acessar o site oficial do departamento de estradas e rodagem (https://tollingonline.nzta.govt.nz/#/purchasetrips/prerequisites), clicar em aceitar no final da página e seguir adiante, o que o leva para um formulário no qual você consegue colocar a placa do veículo e o sistema já traz o quanto você deve. A partir daí o pagamento é feito com cartão de crédito.

O problema de não fazer isto em até 5 dias da passagem no pedágio, é que o departamento de estradas e rodagem irá gerar um boleto de pagamento diretamente para a locadora, acrescido de uma multinha. A locadora, espertamente, irá cobrar uma taxa extra de tratativa para este pagamento e o que seria um pagamento de 5 dólares canadenses de pedágio torna-se, dependendo da locadora, de até 50 dólares pela módica multa + taxa.

Outro grande problema, a depender de onde você vai: estacionamento.

Na maioria esmagadora dos locais onde eu estive, estacionamento não era, de verdade, um grande problema. As vagas são enormes e, mesmo com mão inglesa, fáceis de entrar e manobrar. Mas uma coisa você deve tomar cuidado, mesmo nas cidades menos cheias, onde vagas não são um problema: tempo de estacionamento.

Limite de 60 minutos
A maioria dos locais de estacionamento tem placas indicando a quantidade de minutos máxima que seu veículo pode permanecer. Embora não tenha visto nenhum controle e não exista um local para indicar a hora de chegada, diversos moradores locais disseram que este controle é realizado e se seu veículo ficar mais tempo que o indicado, você receberá uma multa na placa, ou seja, diretamente para a locadora, o que irá lhe acarretar dor de cabeça provavelmente após o final de sua viagem.

O segredo é procurar os locais sem tempo fixo. Marinas, pontos turísticos, museus... muitos destes locais tem vagas sem tempo ou com tempo expandido, o que facilita utilizar eles como pontos de estacionamento e, de lá, andar um pouco.

Já nos grandes centros (Auckland, Wellington, Hamilton) o estacionamento pode se tornar facilmente uma grande dor de cabeça.

No centro de Auckland, por exemplo, vagas de rua são difíceis de encontrar e o limite de tempo nunca é superior a 180 minutos, na melhor das hipóteses. Pegar um estacionamento é a melhor opção e, mesmo assim, é uma opção bem cara, porque não sairá menos de 30 dólares por parada.

Em Wellington é pior ainda. No centro as vagas em geral são de 60 minutos e os estacionamentos mais caros ainda. Existe um complexo de estacionamento chamado Clifton Car Park que fica a 15 minutos do cable car, que oferece o melhor custo benefício, chegando a 20 dólares por um dia inteiro de estacionamento, o que o torna uma ótima opção para parar bem cedo e fazer o centro da cidade a pé. De lá você consegue visitar praticamente tudo o que existe de turístico usual, mas vai exigir das suas pernas.

Uma outra opção em Wellington, porém mais cara, é estacionar no museu Te Papa. O estacionamento não ficará tão barato, mas ele não tem limite e também é extremamente central, podendo ser outra opção flexível e que não exigirá que você tenha que ficar trocando de vaga a cada duas horas.

E por fim, em se tratando de carro, estradas e ruas também tem seus segredos!

A maioria esmagadora das estradas na ilha norte, incluindo "grandes" rodovias, são compostas de pistas simples, mão dupla, sem canteiro central e sem acostamento! E muitas delas cheias de curvas montanha acima e montanha abaixo, em diversas ocasiões, inclusive sem guard rail.

Isto significa: atenção redobrada! Você nunca sabe quando um local está vindo após uma curva comendo parte da sua pista! Acreditem: isto aconteceu muito mais vezes comigo do que gosto de lembrar...

Adicionalmente, a velocidade limite geral na Nova Zelândia é de 100 km/h, salvo outra informação. Dentro das cidades ela cai corriqueiramente para 50 km/h e nas zonas escolares chega a 30 km/h. Não vi radares eletrônicos, mas vi muitos policiais controlando, tanto dentro de cidades como fora de cidades.

Recomendação 35km/h
Em compensação, uma coisa interessante e que poderia até ser adicionado na sinalização brasileira, é que muitas curvas mostram uma velocidade recomendada. Esta indicação não é o limite de velocidade, mas sim a velocidade na qual você consegue fazer aquela curva de forma segura, independente das condições.

Outro detalhe importante é que muitas pontes (muitas mesmo) são de pista simples, mesmo em rodovias. E nestas pontes você precisa ficar atento a quem tem a prioridade de passagem. Uma placa na chegada da ponte mostra uma seta para você e uma para o outro sentido. A seta maior indica a preferência na passagem. Muita atenção nestas situações!

E por fim, obras. As estradas da Nova Zelândia estão constantemente em reparos e obras, indicados por cones (o pessoal que coloca cones em ruas e estradas são bem eficazes... hehehehehehehe) e, usualmente, velocidades temporárias. Se você ver uma velocidade temporária de 50 ou 30 km/h em uma estrada normalmente sem limite (100 km/h), cuidado! Em muitos casos pode ser que um pedaço da estrada tenha afundado ou deslizado e você se verá em uma situação de pista menor que simples rapidamente.

E em situações mais críticas, uma determinada rodovia é simplesmente fechada! Indicativos de rotas alternativas são marcados com placas contendo um quadrado com fundo colorido. Mas não confie nelas! O pessoal acredita que você sabe onde quer chegar e os sistemas de navegadores (já falo sobre eles) não te ajudam muito nestas situações. Por sorte, embora as pistas não sejam uma Brastemp, elas são muitas, e opções geralmente não faltam.

Já quando falamos de cidades a situação é muito melhor. Geralmente elas são bem sinalizadas e você deverá tomar cuidado principalmente com as faixas de pedestre, que tem a preferência sobre o trânsito de carros em quase todos os locais, incluindo em muitas curvas a direita e a esquerda.

Apenas um detalhe a parte: Wellington. A cidade foi realmente criada em uma região proveniente de atrito de placas tectônicas, o que significa que ela é cheia de altos e baixos (e muito propensa a terremotos). Isto em si não seria um problema, não fosse o caso das ruas serem estreitas, mão dupla, com ônibus e, geralmente, ainda terem locais estacionados no que eu considero estacionamentos irregulares. Uma rua desta forma, no Brasil, muito provavelmente teria sido convertida a muito tempo em mão única e pista simples... mas não lá...

Por fim, navegadores e GPSs também podem ser uma dor de cabeça.

De forma resumida: o Waze, navegador padrão de muitos no Brasil, é uma M#$%&@ sem tamanho e mal cheirosa na Nova Zelândia. Ele não leva você para o local correto, pega caminhos literalmente bizarros e demora a se corrigir.

Depois de falar com o pessoal que mora lá, todos foram categóricos em dizer que Waze realmente não presta para uso cotidiano por lá.

O navegador de escolha na Nova Zelândia é o Google Maps! Além de você poder baixar os mapas offline (o que evita você ter uma conexão contínua 3G) ele acerta muito melhor os caminhos e te leva com precisão onde precisa. O único inconveniente é ouvir a navegação em português de Portugal (pelo menos no iPhone).

Um último detalhe: combustível. Embora eu falarei sobre isto em outro post, também é bom citar aqui que a maioria esmagadora de postos de combustível tem pagamento diretamente nas bombas ou em uma máquina central, não aceitando dinheiro. Tudo é feito via pagamento com cartão. São poucos postos onde consegui pagar com dinheiro, e somente em horário comercial...

26 de mar. de 2023

20.000 Léguas Submarinas

 Continuando minha leitura dos livros de Julio Verne, cheguei a um dos mais clássicos, se não o mais clássico, deles: 20.000 Léguas Submarinas, o qual terminei durante minha viagem de férias.

O livro conta a história do naturalista Aronax, seu auxiliar Conseil, e o arpoador Ned Land que, após o naufrágio de seu navio, ordenado para caçar o “animal” que vinha assombrando os mares, acabam resgatados pelo famoso capitão Nemo. O animal nada mais era do que o Nautilus, o engenhoso submarino, provido de força elétrica e espantoso em toda sua construção.

Aos náufragos é feita uma oferta: eles seriam livres dentro do Nautilus, mas nunca mais poderiam deixar o submarino. Em troca eles teriam oportunidade de conhecer um mundo nunca antes visto por outros humanos.

Ao longo de 7 meses os três companheiros visitam locais inimagináveis, como a própria Atlântida e o polo sul, enfrentando junto do destemido capitão Nemo diversas aventuras, como o ataque do octópode gigante que, muito diferente do mostrado nos filmes, não é apenas um, mas um grupo que acaba matando um dos tripulantes.

Também muito diferente de todos os filmes, nunca chegamos a descobrir as reais motivações de Nemo, e o livro termina sem que saibamos sequer de o Nautilus sobreviveu ao Maelstrom ou não.

Curioso que mesmo os motivos que levam o estudioso Aronax a sair do submarino são estranhos e pouco convincentes, coisa que nos filmes também é retratada de forma diferente.

Ainda assim, o livro é muito mais do que vemos no cinema e em qualquer adaptação que já houvera lido, escutado ou assistido, porém, também muito menos por todos estes pontos abertos que deixam o leitor à própria sorte.

Como adendo, finalmente consegui compreender o título do livro: a distância total percorrida pelos companheiros enquanto em poder do Capitão Nemo.