29 de set. de 2013

Alhambra

Como relembrar é viver, estes dias resolvi jogar Alhambra, um jogo publicado ela Queen Games em 2003 (nossa, já faz 10 anos...), e resolví escrever um pouco sobre ele para os saudosistas ou mesmo para os jogadores que passaram 10 anos congelados e ainda não conhecem.
Alhambra é um jogo de Dirk Henn (autor de Wallenstein e Shogun), com arte de Jörg Asselborn e Christof Tisch, e ganhou o prêmio de Jogo do Ano (Spiel des Jahres) na Alemanha em 2003.
Em Alhambra, cada jogador é um arquiteto que pretende construir a melhor e mais imponente Alhambra (construção típica do sul da Espanha no final do século XIII). Cada jogador começa um apenas uma fonte e, ao longo do jogo, vai comprando mais construções que estão disponíveis pelos 4 diferentes construtores.
Quando um jogador tem a vez e pode escolher uma entre três opções de jogadas: comprar construções, comprar dinheiro ou reconstruir sua Alhambra.
A primeira opção (comprar construções) é a mais básica do jogo no que tange aumentar sua
Exemplo de Construções
Foto: Geert VG
Alhambra. Sempre estão disponíveis 4 construções diferentes, uma ofertada por cada um dos 4 construtores. A propósito, construtores: cada um deles oferece uma por um determinado tipo de dinheiro e não é aceita moeda errada e nem tampouco é dado troco.
Após comprar uma construção a mesma deve ser ajustada à sua Alhambra de modo que sempre seja possível chegar a pé, sem ter que atravessar nenhum muro, até a fonte inicial da Alhambra.
Se um jogador conseguir comprar uma construção pelo valor exato, então ele pode imediatamente jogar novamente.
Exemplo de Dinheiro
Foto: Gert VG
A segunda opção de jogada (comprar dinheiro) é o modo como você adquire a moeda para comprar construções. Sempre estão abertas 4 notas de dinheiro aleatórias para os jogadores. Estas notas estão disponíveis nos valores 1 a 8 e nas 4 moedas diferentes. O jogador que escolher esta opção pode pegar uma das 4 notas abertas quaisquer ou uma quantidade qualquer de notas desde que o total financeiro delas não ultrapasse 5.
A terceira opção (reconstruir o Alhambra) serve para os jogadores poderem mover as peças dentro de sue próprio Alhambra, colocando-as em locais mais favoráveis.
Três vezes durante o jogo é realizada uma pontuação. Os jogadores que possuírem a maior quantidade de construções de um determinado tipo recebe pontos, bem como são distribuídos pontos pela quantidade de muros que existem em cada Alhambra.
Assim que acabam as construções, acaba o jogo e o jogador com mais pontos ganha.
As regras de Alhambra são simples e a jogabilidade é muito boa para um family game. No meio tempo existem 7 expansões diferentes para o jogo (cada uma, normalmente, com 3 possibilidades de alteração do jogo), que podem ser jogadas separadas ou combinadas.
O jogo, apesar de antigo, é muito bom e um excelente começo para uma nova coleção.
Nota 7 de 10

22 de set. de 2013

Seasons

Já fazia algum tempo que não escrevia sobre jogos, então hoje acordei e resolvi escrever sobre um que joguei com um casal de amigos ontem: Seasons.
Seasons é um dos poucos jogos de Régis Bonnessée (só conheco o bem antigo mas interessante Himalaya dele), publicado pela Libellud, com uma arte fantástica de Naïade, onde casa jogador é um feiticeiro que está participando do torneio das 12 estações para escolher o melhor entre eles.
O jogo possui 2 etapas: escolha de cartas e jogo propriamente dito. Durante a escolha de cartas, cada jogador recebe 9 cartas que representam as magias que estarão disponíveis ao longo do jogo para serem realizadas.
Exemplo de carta de magia
(Foto de László Stadler)

Após ler o que cada magia faz, os jogadores escolhe uma para colocarem em seu grimório, ou seja, para poder ser utilizada durante seu jogo, e passam as 8 demais cartas para o próximo jogador. Das 8 cartas recebidas, mais uma vez o jogador escolhe uma para si e passa as demais adiante até que ele fique com 9 cartas escolhidas em seu grimório.
Adicionalmente, cada jogador ainda precisa escolher quais cartas estarão disponíveis a cada ano. No primeiro no (12 meses) apenas 3 cartas ficam à disposição do jogador. Assim que começa o segundo ano, outras 3 cartas são adicionadas à mão do jogador e no início do terceiro e último ano, as últimas três cartas ficam à disposição do jogador.
O jogo em si consiste de rodadas na qual, o jogador da vez, rola uma certa quantidade de dados especiais (sempre um a mais que a quantidade de jogadores na partida). Existe um set de dados para cada uma das 4 estações do ano e os dados permitem fazer diversas coisas, sendo que a mais importante é receber energia na forma de mana em 4 diferentes formatos: terra, água, ar e fogo. Estes manas servem para, em combinações específicas, permitirem que o jogador caste uma de suas magias (ou seja, baixe uma de suas cartas).
Assim que uma carta é baixada, ela adiciona seu efeito ao jogo, que pode ir desde ganhar pontos até destruir magias dos oponentes ou mesmo roubar pontos ou energias dos oponentes. Como existe um número de cartas enormes e apenas uma parcela delas entra em jogo por partida, cada novo jogo pode ser bem diferente dos anteriores, o que é muito bom para quem gosta de jogar muito o mesmo jogo.
Além de fornecerem energia, os dados também podem fazer você comprar uma magia nova do monte, transmutar energias que você tenha de sobra em pontos de vitória ou ganhar experiência (que permite que você baixe mais magias).
Cada jogador escolhe um dado que irá utilizar nesta rodada e, após a jogada de cada um, o dado que não foi escolhido será utilizado para definir a velocidade do jogo (ele pode fazer com que o marcador de rodadas avance de 1 a 3 espaços).
Dados
(Foto de Markus Unger)
Cada set de dados possui combinações diferentes de manas, por exemplo, no inverno (dados azuis) é impossível conseguir mana de fogo, e assim por diante, o que faz com que os jogadores tenham que pensar nas cartas que possuem na mão e coletar as manas que são necessárias para usá-las no momento oportuno.
Ao final de 3 anos (ou 12 estações), o jogo acaba e são contados pontos. Aos pontos de vitória ganhos durante o jogo são adicionados os pontos de prestígio de cada magia utilizada pelos feiticeiros, bem como pontos bônus que alguma magia porventura traga. Cada magia que sobre na mão de um jogador vale pontos negativos, ou seja, os jogadores devem tentar ao máximo utilizar ou se livrar das suas 9 cartas iniciais.
Eu achei o jogo muito interessante e bem divertido, com as magias alterando bastante e fazendo com que cada partida seja um pouco diferente da anterior.

Nota 8 de 10

21 de set. de 2013

Extintores de Incêndio e leis estranhas

No final de semana passado acabei tendo que ir ao Hospital XV, aqui em Curitiba. Quando tive que esperar no corredor por uns 15 minutos, fiz uma coisa que costumo fazer para matar o tempo: ler qualquer coisa ao meu alcance. E neste dia a primeira coisa com muito texto que encontrei foi o extintor de incêndio do hospital.
O que me chamou atenção foi que, na parte de "dados técnicos", destacada na foto a direita que eu tirei do extintor, não estava marcado qual dos pós estava contido no extintor. Normalmente quando eu vejo um campo com várias opções em uma embalagem ou etiqueta eu espero que uma das opções esteja marcada.
Este detalhe me fez prestar mais atenção no extintor e continuar a ler o que estava escrito na etiqueta do fabricante.
E olha que, logo ao lado, a "capacidade extintora" (destacada na foto a esquerda) dele também não estava marcada, ao contrário do "peso líquido", que mostra que o fabricante estava identificando pelo menos uma das informações de sua etiqueta.
Resolvi pesquisar um pouco e encontrei uma norma do INMETRO que diz que estas informações são prescritivas, ou seja, deveriam estar presentes e serem verificadas a cada inspeção do extintor.
E aí vem o mais curioso: como é que o extintor foi certificado pelo menos 4 vezes, com selo de verificação e tudo, e ninguém olhou para este ponto da norma de inspeção?
Eu sei que o Brasil é cheio de normas que não tem absolutamente nada a ver e que muitas deles deveriam ser saneadas e melhoradas, mas se uma norma existe, porque simplesmente não é cumprida? E se são feitas normas complexas que não são cumpridas nem fiscalizadas, porque fazê-las em primeiro lugar?

9 de set. de 2013

Concessionária VW fechada a 11 anos ainda tem estoque 0Km

Quando recebi esta notícia de um amigo meu, resolvi pesquisar mais um pouco... E não é que é verdade mesmo.
A Covipa, em Estrela, no Rio Grande do Sul, foi fechada por seu dono a 11 anos, quando a Volkswagen aumentou as cotas de venda e o proprietário achou que não valia mais a pena manter as portas abertas.
Mas o mais curioso é que, mesmo após 11 anos fechada, a Covipa ainda é mantida como se estivesse funcionando, pois seu dono ainda passa todos os dias para fazer a limpeza de tudo e, creiam ou não, ela ainda tem uma frota de veículos 0Km de 11 anos atrás, incluindo fuscas, kombis, santanas e quantums.
Fala se não é impressionante???
A reportagem pode ser conferida aqui.

4 de set. de 2013

Esqueçam o filme do Jobs... :-)

Com a chegada às telas da biografia (que aparentemente é uma m@$&*) de Steve Jobs, o pessoal da Official Comedy resolver imaginar o que seria uma biografia de nada menos que Gates.
Vejam só... hehehehehehehehehe...

2 de set. de 2013

Como a entresafra de seriados está acontecendo, passei a assistir mais filmes, e lá vão 20 pequenas resenhas:
Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules: Não gostei muito do primeiro, mas como este já estava gravado, resolvi dar uma chance. Me dei mal... É tão ruim quanto o anterior. Para ter uma idéia de como não gostei, desisti de ler os livros por causa do filme...
Shen hua: Jackie Chan é um arqueologista que começa a ter estranhos sonhos sobre uma vida passada, que mostram-se reais quando um amigo dele o convida a procurar uma fonte de poder imenso. Juntos ele irão enfrentar o poder de uma corporação que também está em busca da mesma coisa. Meia boca, com um final que não gostei muito...
The Godfather: Primeiro filme da trilogia (que originalmente eram apenas 2 filmes) que mostra a história de Don Corleone, um mafioso italiano que protege seus "sobrinhos". Quando uma guerra das gangues ameaça explodir seu filho mais novo, Michael, terá que assumir os negócios, mesmo contra vontade. Excepcional.
iSteve: Comédia baseada na vida de Steve Jobs, feita às pressas para sair antes do filme "sério" sobre sua vida. De verdade: nem como comédia é lá grande coisa, com piadas fracas e sem muito o que valha a pena (se bem que o filme sério também parece ser uma "piada"... hehehehehehehe).
The Lorax (2012): Em um mundo em que todas as árvores foram cortadas, um jovem apaixonado sai em busca da única coisa que fará com que sua amada olhe para ele: uma planta. Mas ele terá que enfrentar uma mega-corporação que não quer que ele encontre a última planta do planeta.
The Godfather: Part II: Agora que Don Corleone está morto, seu filho Michael assume de vez os negócios da família e se mostra um Don muito mais rígido que seu pai algum dia foi, fazendo de tudo para garantir a honra da família. Muito bom, porém ainda acho o primeiro melhor.
Ice Age: Continental Drift: Agora que o gelo está derretendo, os continentes também começam a se separar e Manny, Diego e Sid acabam se separando dos demais e terão que enfrentar os perigos do mar para poderem reencontrar a família.
Kari-gurashi no Arietti: Uma família de pequenos seres que vivem escondidos é descoberta por um garoto doente que vem morar em uma velha casa de campo para se preparar para uma dura cirurgia. Infelizmente, com esta descoberta, o segredo da existência dos pequeninos agora corre perigo. Filme ótimo, mas não gostei do fim.
This Means War: Dois espiões muito amigos acabam conhecendo e se apaixonando pela mesma mulher. Isto significa uma guerra sem limites entre ambos, colocando em risco até a segurança do país. Eu torcia pelo outro... :-(
Oscar: Uma das mais hilárias comédias que eu já vi. Na verdade é uma refilmagem de um filme muito mais antigo que conta a história de uma mafioso que quer se tornar bancário. Pena que pouca gente conhece.
The Iron Lady: Biografia de Margaret Thatcher, contando desde seu humilde começo como filha de um comerciante ao final da segunda guerra até sua ascensão e queda como primeira ministra britânica. Infelizmente o filme foca demais nos problemas de saúde dela em seus últimos anos, mas mesmo assim é bom.
The Muppets Take Manhattan: Após sua formatura, os Muppets vão para Manhattan tentar fazer um musical na Broadway. Infelizmente as coisas não dão muito certo e bem quando eles conseguem o musical Caco perde a memória. Com certeza vale a pena apenas para ver os hilários muppets cantando e fazendo muita bagunça...
John Carter: John é sobrevivente da guerra civil americana que, de um momento para outro, se vê transportado para Marte, que não apenas não é um planeta morto, mas cheio de vida, como também está em guerra civil e, mesmo sem querer, ele será peça chave para solucionar esta guerra. Adaptação bem interessante dos livros de Edgar Rice Burrougs (o mesmo do Tarzan).
Despicable Me: Nesta excelente animação de um estúdio novo (Illumination) Gru quer ser o maior vilão do mundo ao roubar a Lua, passando a perna em seu rival, o Vetor, mas para fazer isto ele precisa de 3 garotinhas pelas quais ele começa a se afeiçoar. Excelente mesmo...
Ice Age: Um mamute, uma preguica e um tigre Dente-de-Sabre acabam se unindo para levar um bebê novamente para seus pais. O que o grupo não sabe é que o tigre tem suas próprias motivacoes. Excelente animacao digital que rendeu 3 sequências também ótimas. Detalhe especial para o Scrat, o esquilo hilário...
Total Recall (2012): Readaptação do filme de 1990 no qual Denis Quaid, um operário comum, após ir a Recall, uma empresa que implanta memórias de viagens diretamente em seu cérebro, descobre ser um agente secreto e peça chave para derrubar um regime tirano. Muito louco e muito bom (tanto quanto o primeiro).
Peter Pan: Excelente adaptação da Disney contando a história de como Peter Pan, um garoto que não quer crescer, encontra Wendy e seus dois irmãos e os leva para um passeio pela Terra do Nunca, onde eles enfrentarão o perigoso Capitão Gancho. Muito 10...
Casino Royale: Excelente reboot para 007, contando como ele se torna um 00 com permissão para matar e suas primeiras missões. Mostrando um James Bond muito mais "real" que os anteriores, porém ainda sem perder o charme da franquia... vale a pena...
Quantum of Solace: Continuação imediata de Cassino Royale, o novato James Bond vai atrás dos assassinos de Vesper, descobrindo uma organização criminosa muito maior do que se desconfiava. Da primeira vez que assisti, achei o filme meio sal, mas agora, assistindo aos três juntos, este também não deixa nada a desejar...
Skyfall: Após 007 ser declarado morto e retornar à ativa, sua lealdade começa a ser questionada, ao mesmo tempo em que o MI6 é atacado por um rival excepcional que ameaça a vida de M. Com um desfecho impressionante, eu realmente espero que Daniel Craig faça mais alguns 007s.

Por enquanto é só, mas se novos seriados não começarem a aparecer logo, então em breve tem mais 20 filmes por aqui... hehehehehehehehe...