26 de ago. de 2023

Uma Cidade Flutuante

Continuando minha aventura literária de Júlio Verne, chegamos a Uma Cidade Flutuante, o qual narra as aventuras principalmente da travessia do atlântico dentro do Great Western, um navio de proporções enormes para a época, e que fora utilizado para passar o cabo telegráfico submarino anos antes da narrativa.

O livro, acompanha um dos viajantes que, por acaso, acaba encontrando um camarada antigo que busca atravessar o atlântico para se recobrar de uma desilusão amorosa. Mas para dar algum sentido ao livro, sua amada acaba casando obrigada com um patife, o qual se encontrava no navio, dando algum fundo para o livro que, em sua maior parte, simplesmente narra o cotidiano fantástico de um navio transatlântico naqueles tempos.

Sem a figura usual do cientista sabe-tudo, comum em vários livros de Julio Verne, este acaba sendo, comparado a muitos outros, apenas uma descrição técnica de como as coisas aconteciam e se desenrolavam durante uma viagem daquela magnitude, parando esporadicamente para acompanhar a vida dos hóspedes do navio.

Adicionalmente, soma-se que, neste livro, a única personagem feminina é vista como completamente desamparada e sem nenhuma chance de nada, a não ser que alguém venha resgatá-la... bom, até para quando foi escrito acho que isto era um pouco subestimar o poder feminino.

Em resumo, até agora o livro que menos me agradou de todos os que já li.