27 de abr. de 2012

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

Semana passada terminei de ler Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, primeiro livro da trilogia Millennium, do sueco Stieg Larsson, que anda muito na moda ultimamente, depois de ter sido adaptado para o cinema americano em uma supreprodução com Daniel Craig (infelizmente uma versão torpe demais quando comparada a qualidade do livro).
A primeira impressão que se tem do livro é a de um mastodonte de quase 600 páginas com letras relativamente pequenas. Bom, isto é verdade, mas o livro é tão bem escrito que você não tem vontade de largar o mesmo, principalmente após a metade dele, quando a história principal realmente começa a caminhar.
Falando em história, as mais de 500 páginas servem, basicamentem para a apresentação dos personagens principais: Mikael Blonkvist, jornalista acusado e condenado (injustamente) de difamação de um poderoso empresário e editor chefe da revista Millennium e Listeth Salander, hacker extremamente inteligente e desligada dos padrões convencionais da sociedade.
O autor nos mostra, ao longo de todo o primeiro volume, quem são estas pessoas, mostrando cada faceta delas, sem deixar sempre alguns pontos em aberto para os dois volumes subsequentes e, para preencher as lacunas, mostrando o encontro dos dois personagens principais, um romance policial fantástico.
Mikael, fora da revista devido ao processo, aceita um contrato para revisar os arquivos do desaparecimento de Harriet Vanger, filha de outro poderoso líder da indústria sueca. O problema é que o caso tem mais de 20 anos e continua sem nenhuma pista nova.
Larsson escreve sem nenhuma censura, descrevendo cenas fortes, que definitivamente não são para qualquer um, mas o livro é maestral e quero logo ler os demais.
Ponto fraco da edição brasileira: a tradução não é do original, mas uma tradução da tradução francesa. Alguns colegas já leram a versão de tradução direta sueco-inglês e, na sequência, continuaram com o segundo volume da edição brasileira e, na opinião deles a versão nacional perde bastante, o que seria de se esperar de uma tradução feita baseada em outra tradução.
Mais um detalhe, se quiserem ver o filme, procurem a versão sueca (Män som hatar kvinnor). Sim, a versão americana é uma versão piorada da versão muito mais fiel ao livro feita na Suécia em 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário