9 de jan. de 2011

Pra não dizer que não falei da Dilma...

Ou "vamos falar dela enquanto a censura não vem", muito embora nossa presidente tenha reiterado em seu discurso de posse que ela "prefere o barulho da imprensa ao silêncio das ditaduras".
Curiosamente, no primeiro plano de governo quando da candidatura da Dilma, era citado um tipo de controle da informação que lembrava muito uma censura. Claro, isto foi rapidamente retirado do programa de governo (assim que foi divulgado em revistas e jornais.).
Além disto vale lembrar que a Dilma lutou pela implantação de um sistema comunista pleno no Brasil. Será que existe liberdade de imprensa em Cuba?

Bom, ideologias a parte, Lula saiu como Herói que subiu ao poder e trouxe uma economia estável e inclusão social ao Brasil.
Não podemos esquecer que Lula assumiu após a sedimentação de uma economia estável que vinha de dois mandados de FHC, o que facilitou em muito o trabalho de Lula, dando continuidade a uma política econômica já implamentada e que, em grande parte, possibilitou os avanços sociais do governo Lula.
Além disto a crise mundial que afetou relativamente pouco ao Brasil deve-se muito menos à equipe de Lula e muito a uma conjunção de fatores que evitavam certos tipos de investimentos brasileiros na bolha que estourou.
E outra verdade é que muitos dos erros do governo foram "perdoados" ou "esquecidos" devido aos bons resultados gerais (será que ninguém realmente lembra de mensalão, Lulinha e Telemar, cartões corporativos, polêmica com o Irã, atletas cubanos deportados e, mais recentemente, a acessora da Dilma).

Infelizmente nossa presidente Dilma herda de Lula um país com maior inclusão social, mas com sérios problemas que ele simplesmente deixou para trás.
A inflação nunca foi tão alta (ficamos com quase 6% em 2010 contra uma meta de 4,5%). Isto significa que aquela maravilha de economia estável com a qual Lula recebeu seu primeiro mandato não é mais a mesma passada adiante para Dilma.
Além disto ainda temos a questão do terrorista Cesare Battisti que lula, em seu último dia de mandato, resolveu não deportar e deixar o abacaxi para Dilma. A crise internacional relativo a este tema tem aumentado e os argumentos utilizados para manter o cara aqui são, no mínimo, fracos.
E, apesar de uma maioria esmagadora de PT em todas as instâncias, mesmo o seu colega de mandato, o PMDB, já dá sinais de uma crise política.
Tomara que ela saiba como administrar isto em favor do Brasileiros, como ela insistentemente citou em seu discurso de posse, e não em favor de sua acessora (que, aliás, saiu impune de toda a história).

E falando em discurso, quando a presidente tentava sair do roteiro ela de cada gafe.
A primeira foi quando ela diz que precisamos "desenvolver a biodiversidade". Talvez ela queira importar algumas espécies novas para este "desenvolvimento".
Lá pelos 11 minutos ela cita "um passo decisível e irrevogável". Fala sério: decisível? Eu procurei no Aurélio e a palavra não está lá.
Em torno de 14 minutos ela cita: "Continuaremos fortalecendo nossas reservas externas para garantir o equilíbrio das contas externas e bloquear a impedir a vulnerabilidade externa", quando no papel deveria ter terminado em "contas".
E nos 26 minutos ela diz "Mas o caminho para uma nação desenvolvida não está somente no campo econômico ou no campo do desenvolvimento econômico pura e simplesmente" quando o discurso oficial  ia apenas até o primeiro "campo econônimo".

Tudo bem, primeira mulher presidente, podia estar nervosa. Errou e improvisou pouco perto do antecessor.
Espero que a quantidade de erros também seja pequena no quando se tratar de administrar o país.

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