12 de dez. de 2011

Resumo Político

Estou meio lento com os posts no final do ano... Não ando jogando muito, então não tem jogos novos para escrever. Embora tenha ganho um monte de livros de aniversário, ainda estou lendo um bem grosso e em alemão, então nada de resenhas. E com a quantidade de seriados gravados, nem filmes na TV estou vendo.
De qualquer modo, com o final do ano se aproximando e lembrando que faz um tempão que eu não falo nada de política, vamos recapitular uma coisa que pode ter passado despercebida por um monte de gente: será que vocês repararam que mudaram 7 ministros ao longo deste ano (que ainda nem acabou)???? Sete???? Primeiro, como é que alguém consegue governar assim, com gente teoricamente de confiança indo e vindo e sendo trocada como se troca de camisa. Segundo, a maioria deles por escândalos e corrupção.
Relembrando: em junho foi a vez do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que caiu após não conseguir explicar um aumento de 25 vezes em seu patrimônio na espantosa marca de apenas 4 anos, além da descoberta de que ele morava em apartamento alugado por uma empresa de fachada e dois laranjas. Sai PT e entra PT, a nova ministra é Gleisi Hoffmann.
Quase um mês, no início de julho depois foi a vez do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, demitido após uma série de acusações de superfaturamento e propina nas obras do referido ministério. Após o caso vir a tona e ser mostrado outro acúmulo de bens extratosférico (mais de 86% em apenas 2 anos), não houve outra alternativa a não ser mandar ele embora. Sai PR e entra PR, o novo ministro é Paulo Sérgio Passos.
Mais uma vez, quase um mês após a queda anterior, no início de agosto foi a vez do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Mas desta vez a queda não foi motivada por alegações de corrupção, mas sim por desavenças do ministro com a presidente. Ao que tudo indica ele simplesmente não concordava com tudo o que a presidente falava e achava o governo medíocre, o que levou à sua exclusão. Sao PMDB e entra PT (de boba a Dilma não tem nada, afinal para que colocar outro partido???), o novo ministro é Celso Amorim.
Nem quinze dias depois é a vez do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Como de costume, este também caiu por acusações de corrupção, pagamento de propinas e utilização de "favores" de empresas, como a utilização de jatinhos para suas viagens e de seu filho. Sai PMDB e entra PMDB, o novo ministro é Mendes Ribeiro.
Exatamente um mês depois, em setembro, chega a vez do ministro do Turismo, Pedro Novais. Após quase um mês em que não faltavam denúncias novas a cada dia (pagamento da governanta com dinheiro da câmara, uso do dinheiro público para pagar um motel, funcionário público usado como motorista da esposa além de ser flagrado em escutas solicitando uma ajuda a um empresário para um aliado dele) finalmente ele deixa o cargo. Sai PMDB e entra PMDB, o novo ministro é Gastão Vieira.
Passou-se mais de um mês sem nenhuma queda, mas no final de outubro vem o ministro dos Esportes, Orlando Silva. Este começou a cair após denúncias de corrupção e envolvimento direto com desvio de dinheiro público, mas ele caiu mesmo quando o STF resolveu abrir um inquérito contra ele. Sai PCdoB e entra PCdoB, o novo ministro é Aldo Rebelo.
Para completar a novela, este mês caiu finalmente o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A queda deste também foi devida a denúncias de corrupção que envolviam desvio de verba pública para os caixas do PDT. Mesmo após ter dito que só sairia "abatido por bala" ele acabou se demitindo, um jeito menos ruim de dizer que ele não tinha como ficar mais um dia com o ministério. Sai PDT e, interinamente, entra PDT, o novo ministro, por enquanto, é Paulo Roberto Pinto.
Como se toda esta dança ministerial não bastasse, ainda aparece esta idéia absurda de criar mais dois novos estados no Brasil: Tapajós e Carajás. Como é que alguém realmente consegue pensar em uma coisa como esta sem antes lembrar que a criação de estados novos (que aliás a gente já tem de monte) acarreta em um custo exorbitante para os cofres públicos. Cada novo estado pode chegar a custar até um bilhão de reais anuais ao dinheiro do contribuinte. Só de políticos, seriam mais três senadores, oito deputados federais e 28 deputados estaduais, sem contar os gabinetes envolvidos. Será que realmente o Brasil precisa disto?????

Vamos esperar que o ano novo seja mais estável e comedido para nosso governo...

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