5 de jul. de 2011

7 Wonders

Eu cheguei a testar uma partida de 7 Wonders em Essen, no ano passado, mas naquela partida não achei o jogo muito excepcional, talvez devido a muvuca da feira, talvez devido aos demais jogadores... não sem bem ao certo. Felizmente resolvi tentar novamente e, quase um ano depois, passei a apreciar muito mais o jogo do que na minha primeira partida...
7 Wonders é um jogo de Antoine Bauza, figurinha carimbada da Repos Production, primeira produtora do jogo antes dele estourar mundo afora e ganhar o Spiel des Jahres (Jogo do Ano) na Alemanha. Antoine empresta uma série de componentes já conhecidos de outros jogos, como Fairy Tale e até mesmo o clássico Siedler von Catan, mas de uma forma a tornar a composição final muito bem feita.
Neste jogo, que na verdade é um jogo de cartas, cada jogador controla uma das nações responsável pela construção de uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Ao longo do jogo as cartas podem ter os mais diferentes sentidos: produtoras (que geram matérias primas), manufaturas (que geram produtos manufaturados), construções comerciais (que permitem compra de matérias primas dos vizinhos de forma mais barata), militares (que dão pontos de batalha), científicas (que valem pontos cumulativos ao final do jogo), guildas (que geram bônus ao final do jogo) e construções "azuis" (que simplesmente trazem pontos).
O jogo se passa ao longo de 3 eras, nas quais cada jogador recebe 7 cartas. Destas, ele escolhe uma que quer utilizar (construir) e passa as restantes para o jogador vizinho. Isto é repetido até que todas as cartas sejam utilizadas, momento em que uma era acaba.
Para construir uma carta, o jogador deve pagar o custo de construção (geralmente uma combinação de matérias primas e produtos manufaturados). Se ele não possuir tudo que necessita, ele ainda pode comprar as matérias restantes dos vizinhos. Algumas cartas podem ser construídas de graça caso o jogador tenha construído, em rodadas anteriores, um pré-requisito.
Ao final de cada era, cada jogador compara pontos de batalha com seus dois vizinhos. O ganhador leva mais alguns pontos de vitória para casa.
Além de tudo isto, cada jogador pode, também, construir a maravilha de sua nação. Isto não apenas lhe dá mais alguns pontos de vitória, mas também leva a algumas vantagens especiais que variam de nação em nação.
Como pode ser observado, a pontuação não é uma coisa muito simples com tantas formas diferentes de se ganhar pontos. Aparentemente a melhor estratégia é a mista, não focando os pontos em apenas uma área, mas distribuindo os mesmos ao longo das diversas formas de pontuação. Interessante é que, mesmo com uma forma de pontuação complexa, o jogo é bastante simples e fácil de ser aprendido. Uma partida, praticamente independente da quantidade de jogadores (podem ser até 7), não dura mais do que 45 minutos, tornado-o uma boa opção para se jogar entre outras partidas mais pesadas.
Infelizmente o jogo não possui apenas elogios: a caixa é enorme pelo conteúdo da mesma. Facilmente tudo caberia em uma caixa com menos da metade do tamanho (e isto é importante para aqueles que estão sem lugar no armário). Adicionalmente, aqueles pobres infelizes que compraram a primeira edição da Repos logo perceberam que as cartas possuíam uma qualidade bem ruim o que, para um jogo baseado em embaralhar continuamente o deck, significa que você vai ficar sem cartas em pouco tempo.
E o curioso é que o problema parece ter se repetido com a expansão de 7 Wonders: Leaders, cuja cor do fundo das cartas não bate direito com a cor das cartas do jogo básico.
Independente destas trapalhadas da Repos, o jogo é bem bacana, com um tema legal e uma boa jogabilidade.
Escala: 0 a 10

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