10 de jul. de 2011

Die Burgen von Burgund

Nesta semana experimentei Die Burgen von Burgund, o 14o jogo da série de caixas grandes da Alea, e quinto do Stefan Feld dentro da Alea (um casamento que, aparentemente, está dando muito certo já que todas as últimas caixas grandes da Alea são do Feld).
O jogo é um dice placement, ou seja, os jogadores rolam dados e decidem qual ação eles querem fazer com base nos resultados obtidos. Mas o curioso é que o jogo foi feito de tal forma que não acaba se tornando dependente apenas da sorte nos dados.
Cada jogador possui um pequeno tabuleiro que mostra um castelo e as redondezas dele, divididas em áreas de diversas cores (azul para rios, verde para fazendas, verde escuro para castelos, cinza para minas, marrom para cidade e amarelo para peças especiais), além de um depósito de mercadorias e uma pequena área de peças em construção.. Além disto, no tabuleiro central são mostrados armazéns e construções à disposição dos jogadores. Cada armazém ou construção está associado a um número de 1 a 6.
A cada nova rodada uma mercadoria chega a um armazém aleatório e cada jogador rola seus 2 dados, com os quais ele pode fazer, basicamente, 4 ações: trazer construções do tabuleiro principal para a área de construção de seu principado (desde que um de seus dados bata com o número associado a esta construção no tabuleiro principal), levar uma construção de sua área de construções para o mapa do principado (desde que um de seus dados bata com o número mostrado no campo correspondente do mapa do principado), vender mercadorias (desde que um de seus dados bata com o valor de uma de suas mercadorias armazenadas, lhe rendendo pontos de vitória e dinheiro) ou comprar trabalhadores (que servem justamente para alterar o resultado dos dados).
O grande lance do jogo é que cada nova construção colocada no mapa do principado possui alguma consequência imediata como, por exemplo, permitir a construção de outra peça qualquer sem ter que possuir um dado correspondente. Isto significa que os jogadores podem planejar "combos" em avançado e, através da utilização de trabalhadores, colocar estes combos em funcionamento (ou, ai sim com alguma sorte, dar certo de rolar o número desejado nos dados... hehehehehehe...)
A pontuação final chega de diversas formas: exportando mercadorias, fechando áreas da mesma cor, obtendo pontos extras de construções amarelas e fazendo tudo isto antes dos oponentes.
As ilustração de Julien Delval (o mesmo de Battlelore, Memoir 44, Citadels ou Dominion) e Harald Lieske (este mais desconhecido) são muito bem feitas e dão um toque especial ao jogo.
Mesmo com menos jogadores a jogabilidade é boa, pois existem menos construções à disposição dos jogadores.
A única ressalva é a qualidade do material da Alea. Embora em comparação com o Brasil o material seja excelente, pela qualidade dos jogos que a Alea produz, ela deixa a desejar na qualidade dos componentes, principalmente nas pecinhas destacáveis. Diversas outras empresas menores do que ela (como o caso da 2F) já produzem com cartolina com pelo menos o dobro da gramatura que a Alea utiliza, tornando os componentes não somente mais resistentes, como também mais fáceis de destacar e mais bonitos.
Escala: 0 a 10

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