24 de jul. de 2011

Antics!

Ontem teve Curitiba Lúdica, o encontro de jogadores da Confraria Lúdica Internacional, e eu estava lá para encontrar amigos e, claro, jogar bastante. Ensinei Ensinei alguns jogos e joguei outros, mas o que eu realmente estava esperando para testar era minha cópia de Antics!
Antics! é o sétimo jogo da Fragor Games, com certeza a mais internacional das pequenas empresas de jogos. Situada na Escócia e fundada em 2004 pelos irmãos Fraser e Gordon Lamont (Fra-Gor) eles só publicam jogos de própria autoria em quantidades limitadas que, geralmente, esgotam durante o próprio lançamento em Essen. Até a ilustradora da grande maioria dos jogos é da família: Judith Lamont.
Mas mesmo sendo uma empresa relativamente pequena, não quer dizer que a qualidade seja ruim. Muito pelo contrário: a Fragor tem primado a cada ano por manter uma qualidade muito acima do normal no mercado de jogos, com peças de papelão de 0,4 a 0,5cm de espessura, cartas laminadas, peças de madeira exclusivas e, quando necessário, miniaturas excepcionalmente elaboradas e pintadas.
Até o momento, cada jogo deles é focado em um animal diferente (cães, ratos, alces) e neste o tema são formigas.
Cada jogador controla um grupo de formigas que, a partir de um formigueiro central se espalham pelo tabuleiro em busca de alimentos na forma de folhas e de insetos mortos.
O curioso do jogo é que as ações de cada jogador (3 por rodada) são escolhidas através da colocação de um marcador no "formigueiro" do jogador (uma montagem de 6 hexágonos no início do jogo), exatamente sobre o hexágono que marca a ação desejada. Ao longo do jogo os jogadores compram mais peças de formigueiro compostas de 2 hexágonos conectados (muito parecido com Einfach Genial, que foi inclusive utilizado pelos irmãos Lamont no protótipo) que devem ser conectadas ao formigueiro principal ou lateralmente ou sobre outras peças, cobrindo determinadas ações com outras novas e mais poderosas (ações em níveis mais altos do formigueiro são bem mais eficazes que as do primeiro andar). Isto faz com que os jogadores tenham que pensar bem sobre quais ações devem ser cobertas para darem lugar a outras e assim por diante.
Adicionalmente, os insetos trazidos ao formigueiro também tem de ser acomodados sobre um dos hexágonos livres, travando o mesmo, o que significa que a ação travada não poderá ser mais utilizada e que nenhuma nova peça de formigueiro poderá ser construída em cima do hexágono onde se encontra o inseto.
No fim do jogo o formigueiro de um jogador nem lembra mais o formigueiro inicial, como pode ser visto na foto de Daniel Danzer, ao lado.
Existem 6 tipos de presas espalhadas pelo tabuleiro e, para cada uma delas, 3 pedaços que podem ser recolhidos pelas formigas. O jogo acaba assim que todos os 3 pedaços de todas menos 1 presa tenham sido recolhidos pelos jogadores ou tenham sido comidos pelos tamanduás que esporadicamente aparecem no jogo para comer alguma coisa (de vez em quando as próprias formigas).
Quando o jogo termina, contam-se pontos por cada espécie de presa trazida ao formigueiro e por folhas folhas verdes e marrons.
Embora trazer as presas e folhas para o formigueiro seja o que dá os pontos, o jogo foca-se mesmo na construção e expansão planejada de seu "formigueiro", pois é de lá que saem as ordens, as quais tem que se manter mais ou menos balanceadas ao longo de todo o jogo (não adianta você gerar um monte de formigas se você não tiver uma ordem de mesma força para colocar todas elas no tabuleiro, por exemplo).
Um mecanismo bastante interessante e inovador que eu não conhecia em nenhum outro jogo até então.
Escala: 1 a 10

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