12 de nov. de 2011

Pantheon

Ontem foi a vez de mais uma estréia: Pantheon, de Michael Tummelhofer (na verdade, um pseudônimo para Bernd Brunnhofer). Michael (ou Bernd) não tem muitos jogos na carteira, mas os que tem, são muito bons, como o caso de Sankt Petersburg ou Stone Age.
Em Pantheon os jogadores controlam o destino de 6 civilizações, tentando fazer oferentas aos Deuses de modo a conseguir as graças dos mesmos.
Um jogo é composto da ascenção e declínio de 6 das 8 civilizações existentes. A primeira fase do jogo, a ascenção, é simplesmente uma preparação do tabuleiro para o jogo própriamente dito, através da colocação da civilização no tabuleiro, bem como a distribuição de novos Deuses e de novos bônus.
O jogo propriamente dito é jogado na segunda fase. Agora os jogadores, em rodadas, podem cada um, realizar uma de 4 possibilidades: movimento, compra, oferenda ou recursos.
Se um jogador escolher movimento, ele poderá sair do berço da civilização atual em direção às posições dos bônus (que trazem vantangens interessantes) ou para a os pontos específicos de construção de colunas (que trazem pontos exponenciais no final do jogo). Para tanto, os jogadores gastam cartas de movimento para permitirem a colocação de pequenos tokens em formatos de pés no tabuleiro. A utilização desta ação também tem uma desvantagem: após o jogador ativo ter realizado seu movimento, todos os demais jogadores podem realizar, cada um, um movimento sem gastar sua ação; mas também tem uma vantagem: ele permite a colocação de uma peça de pé no tabuleiro sem gastar cartas para isto.
A segunda opção de ação são as compras. Aqui o jogador utiliza dinheiro (também em forma de cartas) para comprar mais pés ou colunas do estoque comum (você só pode colocar no tabuleiro o que já tiver comprado para seu estoque pessoal), oferendas fixas (que serão utilizadas para aliciar os Deuses) ou mesmo o direito de colocar peças no tabuleiro.
A terceira opção são os Deuses. Através de combinações específicas de oferentas, na forma de oferendas fixas (as quais são compradas e permanecem a disposição do jogador a cada nova rodada) ou de cartas de oferenda. A aquisição de um Deus, além de trazer pontos, também traz vantagens exclusivas na forma de bônus especiais para determinadas ações, os quais podem ser decisivos para o resultado do jogo.
A última opção são as cartas de recursos. Se o jogador não tiver mais nada para fazer ele pode comprar 3 cartas do monte de recursos. Estas cartas podem ser de diversos tipos, conforme já citado: cartas de movimento (que permitem colocar peças o tabuleiro), de oferenda (que permitem aliciar Deuses) e dinheiro (para a compra de novas peças ou de oferendas fixas).
Assim que um jogador chegar ao último bônus da civilização atual ou o último Deus for arrematado, acaba a fase de jogo e segue-se para a terceira e última fase da atual civilização: declínio. Nesta fase todas peças de movimento em formato de pés são retiradas do tabuleiro e retornam para os estoques dos respectivos jogadores. As colunas permanecem no tabuleiro para serem pontuadas.
Após a terceira civilização e a sexta e última civilização, é realizada uma pontuação, na qual vários quesitos são computados, entre eles, a quantidade de colunas construídas por cada jogador.
Ao final da pontuação da sexta civilização, termina o jogo e aquele que tiver mais pontos ganha o jogo.
Com ilustrações do conhecido Franz Vohwinkel (Asara, Chinatown e Die Händler von Genua, por exemplo) o jogo, além de ser bom, também é bonito.
Embora a explicação das diversas possibilidades pode ser um tanto assustadora para jogadores novos, depois da primeira rodada as opções de jogo já ficam bem claras e o jogo, mesmo sendo um jogo estratégico, anda muito bem.
Com certeza vale a pena.
de 1 a 10

Um comentário: