29 de dez. de 2012

A Menina que Navegou ao Reino Encantado (no barco que ela mesma fez)

Acabai de ler A Menina que Navegou ao Reino Encantado (no barco que ela mesma fez), de Catherynne M. Valente, publicado no Brasil em uma bela encadernação pela editora Leya.
Embora a escritora possua vários livros (principalmente de ficção) em língua inglesa, esta é sua primeira obra traduzida para o português.
O livro conta a história de Setembro, uma garota que vivia em Omaha durante algum período supostamente bélico da história da  humanidade, e resolveu abandonar tudo e todos quanto o Vento Verde aparece em sua janela e a convida a viajar para o Reino Encantado.
Uma vez lá, ela descobre que o Reino Encantado não parece ser mais tão encantado, não devido a ausência dos mais diversos seres encantados (pois isto é o que não falta por lá), mas sim devido às inúmeras imposições da governante atual, a Marquesa.
Setembro será levada de encontro a uma série de acontecimentos que a colocarão lutando contra esta tal Marquesa, passando por diversas aventuras à medida que amadurece e torna-se uma menina muito diferente daquela que resolveu largar tudo e seguir o Vento Verde.
Na verdade o livro me deixou com sentimentos mistos.
A história é tão cheia de referências a outras obras de fantasia, incrustadas nas suas entrelinhas, e escrita de um jeito completamente ilógico que parece ser obra de um devaneio completo, principalmente até o terceiro capítulo.
Se você sobreviveu a estes, então as chances que que possa vir a gostar do livro são boas, porque daí em diante a aventura realmente começa e o livro toma corpo. Os devaneios perdem o grau de importância para a compreensão do livro e de tudo o que está acontecento e, chegando próximo do final, eu não queria mais parar.
Infelizmente, alguns, mesmo passando os capítulos iniciais, não vão gostar do livro (como foi o caso da minha esposa). Simplesmente floreios e loucuras demais...
Ponto positivo adicional: as ilustrações em preto e branco de Ana Juan são fantásticas.
Ponto negativo adicional: o título foi mal traduzido. Até entendo porque, mas foi mal traduzido do mesmo modo (quem efetivamente ler o livro provavelmente concordará comigo... nada mais será dito para não comprometer parte do livro).
No fim das contas, para mim, a história foi boa, mas poderia ser melhor. Se vale a pena comprar? Vou me abster nesta...

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