26 de jun. de 2011

Vinhos

Esta semana, devido ao feriado, tive oportunidade de jogar duas partidas de Vinhos, um dos jogos mais bem falados da feira de Essen 2010. Vinhos é o primeiro jogo (e único até o momento) de Vital Lacerda, um autor português que, até o momento, só havia publicado expansões tipo fan-made.
Em Vinhos os jogadores encarnam no papel de produtores de (momento de surpresa) vinhos... huahuahuahua (claro que piada é sem graça, mas também é indispensável...)
Ao longo de 6 anos e três feiras de apresentação de vinhos, os jogadores devem comprar vinícolas, produtoras, adegas, enologistas e especialistas, além de vender o vinho em Portugal ou exportá-lo.
O dinheiro no jogo é curto e existe uma mecânica bem interessante: a venda de vinhos não te dá dinheiro, e sim, saldo no banco. Para poder usar o dinheiro do banco você deve gastar uma jogada para ir ao banco e sacar dinheiro.
Todo o ano suas vinícolas produzem novos vinhos. A qualidade deste vinho (que também leva ao preço de venda) depende da quantidade de vinícolas, produtoras e enologistas que você possui, somado ou subtraído da safra (uma previsão do tempo é aberta a cada ano para mostrar se a safra será boa ou ruim). O valor de venda, além da qualidade do vinho, leva em consideração se você possui adegas e a idade de armazenamento do vinho, somado ao renome da região de onde vem as uvas.
Ao final do terceiro, quinto e sexto ano os jogadores vão à feira nacional de vinhos, onde deverão apresentar um de seus vinhos ao público. Lá os jogadores colocam os seus especialistas para fazerem propaganda de seus vinhos e, com isto, ganhar pontos de feiras. Ao final de cada feira os jogadores com mais pontos de feira ganham pontos de vitória.
A exportação de vinhos não traz nenhum dinheiro, mas sim, pontos de vitória.
Em uma primeira explicação o jogo parece ser ultra-complexo, mas isto não é bem verdade. A despeito da quantidade de peças, opções e variáveis, a mecânica do jogo não é muito complicada e, após a primeira partida, os jogadores se sentem mais a vontade com o jogo (o que não quer dizer que as decisões sejam simples).
Infelizmente eu senti um certo efeito run-away para o primeiro jogador (quem joga primeiro tem vantagem). Não é um efeito excessivamente pronunciado, mas existe.
Independente disto, achei um excelente jogo, sem dependência nenhuma de idioma e com o tabuleiro escrito em português (pelo menos na maioria das versões), incluindo a capa: "Boa é a vida, mas melhor é o Vinho!"
Curiosamente, ele foi lançado no mesmo ano em que Gran Cru (espero testar esta semana), que trata exatamente do mesmo tema: fabricação de vinhos... coincidência? ;-)

Escala de 1 a 10

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